quinta-feira, 30 de maio de 2013
Direita inteligente e direita emburrecedora
Meu amigo Alexandre Figueiredo aponta em seus blogues O Kylocyclo e Mingau de Aço as origens arenistas dos concessionários da rádio UOL 89 FM, e que isso estaria na raiz dos motivos que fazem a programação da rádio ser tão pasteurizada. Praticamente uma Jovem Pan de guitarras.
Devo fazer uns acréscimos que talvez o amigo jornalista não tenha feito. Levando em consideração as origens ideológicas dos Camargo (os concessionários da UOL 89 FM) e a proposta emburrecedora da rádio roque deles (querem nivelar os bons nomes da história do rock com as bandas chinfrins que apresentam, algumas delas sequer sendo bandas de rock de fato), devemos dizer que a UOL 89 FM representa a banda podre da direita: a direita emburrecedora. Aquela que procura reservar apenas para si e as elites dirigentes tudo que seja culto e inteligente, deixando para a massa da população apenas o emburrecimento generalizado da cultura de cabresto. Inclusive as bandas de roque que se aliam a essa cultura. Não representa a direita inteligente, que procura convencer com argumentos inteligentes e não represa o que é culto e inteligente para si mesma. Neil Young e Joey Ramone representam essa ala inteligente da direita. E não será o Alexandre nem ninguém que me convencerá que esses caras não mostram inteligência no que falam e fazem.
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Marcelo Delfino
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quinta-feira, maio 30, 2013
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Os partidos de mentirinha
Resposta para Correio do Brasil:
Precisou apenas aparecer uma personalidade pública dizendo que o país tem partidos de mentirinha pra nossa laboriosa classe política dar pití, como seria esperado. Num país onde não há partidos nacionalistas, nem de direita assumida nem conservadores assumidos, só há partidos genéricos. Praticamente apenas partidos de mentirinha disputam eleições no Brasil. Maus exemplos não faltam. Não dá para levar a sério dois partidos que extirparam o "Liberal" até do nome: DEM e PR. Temos um partido social-democrata que é de "gente diferenciada" e antissocial. O PTB não é trabalhista, o PP não é progressista, o PSB não é socialista e o PMDB pisoteia a história do MDB. O pessoal do PC do B anda muito bem relacionado com a alta burguesia internacional, notadamente a ligada à FIFA e ao COI. Os partidos com C de Cristão são antros de fariseus. Os fariseus tem má fama desde sempre, até na Bíblia, que eles não seguem. O pessoal da ultra-esquerda é falso por natureza. Por fim, aquele Partido de Traidores está longe de defender o trabalho, trabalhadores ou qualquer coisa parecida, variação ou contração.
Como dizia Cazuza: meu partido é um coração partido e as ilusões estão todas perdidas. Deve haver milhões de brasileiros na mesma situação.
Precisou apenas aparecer uma personalidade pública dizendo que o país tem partidos de mentirinha pra nossa laboriosa classe política dar pití, como seria esperado. Num país onde não há partidos nacionalistas, nem de direita assumida nem conservadores assumidos, só há partidos genéricos. Praticamente apenas partidos de mentirinha disputam eleições no Brasil. Maus exemplos não faltam. Não dá para levar a sério dois partidos que extirparam o "Liberal" até do nome: DEM e PR. Temos um partido social-democrata que é de "gente diferenciada" e antissocial. O PTB não é trabalhista, o PP não é progressista, o PSB não é socialista e o PMDB pisoteia a história do MDB. O pessoal do PC do B anda muito bem relacionado com a alta burguesia internacional, notadamente a ligada à FIFA e ao COI. Os partidos com C de Cristão são antros de fariseus. Os fariseus tem má fama desde sempre, até na Bíblia, que eles não seguem. O pessoal da ultra-esquerda é falso por natureza. Por fim, aquele Partido de Traidores está longe de defender o trabalho, trabalhadores ou qualquer coisa parecida, variação ou contração.
Como dizia Cazuza: meu partido é um coração partido e as ilusões estão todas perdidas. Deve haver milhões de brasileiros na mesma situação.
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Marcelo Delfino
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sexta-feira, 24 de maio de 2013
Ritalina já está voltando as prateleira das drogarias do Brasil
A Ritalina voltou a ser distribuida e vendida no territória nacional. Já é possível encontrar a Ritalina em algumas redes dos grandes centros do país. A própria Novartis emitiu um comunicado de que já é possível encontrar em algumas lojas do país, porém a distrubuição ainda não está regular, ou seja, boa parte das redes de drogarias ainda não receberam a Ritalina. Já é possivel encontrar em algumas redes como a Drogasil, conforme um leitor do blog TDAH-reconstruindo a vida relatou no mesmo, na parte de comentários. Já as demais deverão receber na semana que vem, quando a distribução e comercialização voltará ao normal .A Novartis em seu site comunica a volta da comercialização da Ritalina no Brasil, conforme texto abaixo. Felizmente a Novartis cumpriu a sua palavra.
Comunicado – Ritalina 10 mg
A
Novartis esclarece que em decorrência de uma série de medidas adicionais
colocadas em prática nas últimas semanas, o medicamento Ritalina®
10mg (cloridrato de metilfenidato), nas apresentações de 20 e 60 comprimidos,
já está sendo abastecido em todo o mercado nacional.
Algumas
capitais e regiões metropolitanas já disponibilizam o produto desde o início da
segunda quinzena do mês de maio e as demais cidades estão recebendo o
medicamento de distribuidores e passarão a disponibilizá-lo já nos próximos
dias.
A
falta temporária do medicamento ocorreu devido a circunstâncias operacionais
que afetaram seu processo produtivo no país. A empresa tomou todas as
providências que estavam ao seu alcance para regularizar a comercialização do
medicamento no menor tempo possível, por conta de sua importância para a
continuidade do tratamento dos pacientes.
Em
caso de dúvidas, pacientes e cuidadores podem entrar em contato com o Serviço
de Informações ao Cliente (SIC) Novartis, no 0800 888 3003 ou sic.novartis@novartis.com.
Site da Novartis
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Percepções de um Francês que vive no Brasil
Muita gente que viaja para o exterior ou vive lá, costuma descrever como é a vida no país que está visitando ou vivendo. Ha aqueles que criam blogs sobre isso e os brasileiros são mestres em criar tais tipos de blogs. Por conta disso, nós do Fatos Gerais decidimos pesquisar na internet se existem também blogs de estrangeiros que vivem no Brasil ou estão no nosso país por visita e que assim como nós também não se contentam em descrever suas experiências e opiniões apenas para parentes e amigos. Nessa busca, encontramos um blog de um francês que vive no Brasil e que por sua vez trabalha na filial do Google no país. Neste blog, ele descreve numa única postagem como é a vida no Brasil e como são os brasileiros. Tal postagem lembra muito o que é descrito nos blogs do nossos colaboradores Marcelo Delfino, Marcelo Pereira e Alexandre Figueiredo, porém sob a visão de alguém de fora do país, ainda que radicado no mesmo. O nome do blogueiro é Olivier Teboul e é bem curioso o que ele escreve, não há como não dar razão a ele, embora sua visão ainda seja limitada, porém ele foi bem preciso no que escreveu. Leiam e tirem suas conclusões.
Curiosidades Brasileiras
Aqui são umas das minhas observações, as vezes um pouco exageradas, sobre o Brasil. Nada serio.
- Aqui no Brasil, tudo se organiza em fila: fila para pagar, fila para pedir, fila para entrar, fila para sair e fila para esperar a próxima fila. E duas pessoas ja bastam para constituir uma fila.
- Aqui no Brasil, o ano começa “depois do Carnaval”.
- Aqui no Brasil, não se pode tocar a comida com as mãos. No MacDonalds, hamburger se come dentro de um guardanapo. Toda mesa de bar, restaurante ou lanchonete tem um distribuidor de guardanapos e de palitos. Mas esses guardanapos são quase de plastico, nada de suave ou agradável. O objetivo não é de limpar suas mãos ou sua boca mas é de pegar a comida com as mãos sem deixar papel nem na comida nem nas mãos.
- Aqui no Brasil todo é gay (ou ‘viado’). Beber chá: e gay. Pedir um coca zero: é gay. Jogar vólei: é gay. Beber vinho: é gay. Não gostar de futebol: é gay. Ser francês: é gay, ser gaúcho: gay, ser mineiro: gay. Prestar atenção em como se vestir: é gay. Não falar que algo e gay : também é gay.
- Aqui no Brasil, os homens não sabem fazer nada das tarefas do dia a dia: não sabem faxinar, nem usar uma maquina de lavar. Não sabem cozinhar, nem a nível de sobrevivência: fazer arroz ou massa. Não podem consertar um botão de camisa. Também não sabem coisas que estão consideradas fora como extremamente masculinas como trocar uma roda de carro. Fui realmente criado em outro mundo...
- Aqui no Brasil, sinais exteriores de riqueza são muito comuns: carros importados, restaurantes caríssimos em bairros chiques, clubes seletivos cujos cotas atingem valores estratosféricas.
- Aqui no Brasil, os casais sentam um do lado do outro nos bares e restaurantes como se eles estivessem dentro de um carro.
- Aqui no Brasil, os homens se vestem mal em geral ou seja não ligam. Sapatos para correr se usam no dia a dia, sair de short, chinelos e camisetas qualquer e comum. Comum também é sair de roupas de esportes mas sem a intenção de praticar esporte. Se vestir bem também é meio gay.
- Aqui no Brasil, o cliente não pede cerveja pro garção, o garção traz a cerveja de qualquer jeito.
- Aqui no Brasil, todo mundo torce para um time, de perto ou de longe.
- Aqui no Brasil, sempre tem um padre falando na televisão ou na radio.
- Aqui no Brasil, a vida vai devagar. E normal estar preso no transito o dia todo. Mas não durma no semáforo não. Ai tem que ser rápido e sair ate antes do semáforo passar no verde. Não depende se tiver muitas pessoas atrás, nem se estiverem atrasados. Também é normal ficar 10 minutos na fila do supermercado embora que tenha só uma pessoa na sua frente. Ai demora para passar os artigos, e muitas vezes a pessoa da caixa tem que digitar os códigos de barra na mão ou pedir ajuda para outro funcionário para achar o preço de um artigo. Mas, na hora de retirar o cartão de credito, ai tem que ser rápido. Não é brincadeira, se não retirar o cartão na hora, a mesma moça da caixa que tomou 10 minutos para 10 artigos vai falar agressivamente para você agilizar: “pode retirar o cartão!”.
- Aqui no Brasil, os chineses são japoneses.
- Aqui no Brasil, a música faz parte da vida. Qualquer lugar tem musica ao vivo. Muitos brasileiros sabem tocar violão embora que não consideram que toquem se perguntar pra eles. Tem músicos talentosos, mas não tantos tocam as musicas deles. Bares estão cheios de bandas de cover.
- Aqui no Brasil, a política não funciona só na dimensão esquerda - direita. Brasil é um pais de esquerda em vários aspectos e de direita em outros. Por exemplo, se pode perder seu emprego de um dia pra outro quase sem aviso. Tem uma diferencia enorme entre os pobres e os ricos. Ganhar vinte vezes o salario minimo é bastante comum, e ganhar o salario minimo ainda mais. As crianças de classe media ou alta estudam quase todos em escolas particulares, as igrejas tem um impacto muito importante sobre decisões politicas. E de outro lado, existe um sistema de saúde publico, o estado tem muitas empresas, tem muitos funcionários públicos, tem bastante ajuda para erradicar a pobreza em regiões menos desenvolvidas do país. O mesmo governo é uma mistura de política conservadora, liberal e socialista.
- Aqui no Brasil, e comum de conhecer alguem, bater um papo, falar “a gente se vê, vamos combinar, ta?”, e nem trocar telefone.
- Aqui no Brasil, a palavra “aparecer” em geral significa, “não aparecer”. Exemplo: “Vou aparecer mais tarde” significa na pratica “não vou não”.
- Aqui no Brasil, o clima é muito bom. Tem bastante sol, não esta frio, todas as condicões estão reunidas para poder curtir atividades fora. Porem, os domingos, se quiser encontrar uma alma viva no meio da tarde, tem que ir pro shopping. As ruas estão as moscas, mas os shopping estão lotados. Shopping é a coisa mais sem graça do Brasil.
- Aqui no Brasil, novela é mais importante do que cinema. Mas o cinema nacional é bom.
- Aqui no Brasil, não falta espaço. Falam que o pais tem dimensões continentais. E é verdade, daria para caber a humanidade inteira no Brasil. Mas então se tiver tanto espaço, por que é que as garagens dos prédios são tão estreitos? Porque existe até o conceito de vaga presa?
- Aqui no Brasil, comida salgada é muito salgada e comida dolce é muito doce. Ate comida é muita comida.
- Aqui no Brasil, se produz o melhor café do mundo e em grandes quantidades. Uma pena que em geral se prepare muito mal e cheio de açúcar.
- Aqui no Brasil, praias bonitas não faltam. Porem, a maioria dos brasileiros viajam todos para as mesmas praias, Búzios, Porto de Galinhas, Jericoacoara, etc.
- Aqui no Brasil, futebol é quase religião e cada time uma capela.
- Aqui no Brasil, as pessoas acham que dirigir mal, ter transito, obras com atraso, corrupção, burocracia, falta de educação, são conceitos especificamente brasileiros. Mas nunca fui num pais onde as pessoas dirigem bem, onde nunca tem transito, onde as obras terminam na data prevista, onde corrupção é só uma teoria, onde não tem papelada para tudo e onde tudo mundo é bem educado!
- Aqui no Brasil, esporte é ou academia ou futebol. Uma pena que só o futebol seja olímpico.
- Aqui no Brasil, existe três padrões de tomadas. Vai entender porque...
- Aqui no Brasil, não se assuste se estiver convidado para uma festa de aniversário de dois anos de uma criança. Vai ter mais adultos do que crianças, e mais cerveja do que suco de laranja. Também não se assuste se parece mais com a coroação de um imperador romano do que como o aniversário de dois anos. E ‘normal’.
- Aqui no Brasil, nõ tem o conceito de refeição com entrada, prato principal, queijo, e sobremesa separados. Em geral se faz um prato com tudo: verdura, carne, queijo, arroz e feijão. Dai sempre acaba comer uma mistura de todo.
- Aqui no Brasil, o Deus esta muito presente... pelo menos na linguagem: ‘vai com o Deus’, ‘se Deus quiser’, ‘Deus me livre’, ‘ai meu Deus’, ‘graças a Deus’, ‘pelo amor de Deus’. Ainda bem que ele é Brasileiro.
- Aqui no Brasil, cada vez que ouço a palavra ‘Blitz’, tenho a impressão que a Alemanha vai invadir de novo. Reminiscência da consciência coletiva francesa...
- Aqui no Brasil, pais com muita ascendência italiana, tem uma lei que se chama ‘lei do silencio’. Que mau gosto! Parece que esqueceram que la na Itália, a lei do silencio (também chamada de “omerta”) se refere a uma pratica da mafia que se vinga das pessoas que denunciam suas atividades criminais.
- Aqui no Brasil, se acha tudo tipo de nomes, e muitos nomes americanos abrasileirados: Gilson, Rickson, Denilson, Maicon, etc.
- Aqui no Brasil, quando comprar tem que negociar.
- Aqui no Brasil, os homens se abraçam muito. Mas não é só um abraço: se abraça, se toca os ombros, a barriga ou as costas. Mas nunca se beija. Isso também é gay.
- Aqui no Brasil, o polegar erguido é sinal pra tudo : “Ta bom?”, “obrigado”, “desculpa”.
- Aqui no Brasil, quando um filme passa na televisão, não passa uma vez só. Se perder pode ficar tranquilo que vai passar mais umas dez outras vezes nos próximos dias. Assim já vi "Hitch" umas quatro vezes sem querer assistir nenhuma.
- Aqui no Brasil, tem um jeito estranho de falar coisas muito comuns. Por exemplo, quando encontrar uma pessoa, pode falar “bom dia”, mas também se fala “e ai?”. E ai o que? Parece uma frase abortada. Uma resposta correta e comum a “obrigado” e “imagina”. Imagina o que? Talvez eu quem falte de imaginação.
- Aqui no Brasil, todo mundo gosta de pipoca e de cachorro quente. Não entendo.
- Aqui no Brasil, quando você tem algo pra falar, é bom avisar que vai falar antes de falar. Assim, se ouvi muito: “vou te falar uma coisa”, “deixa te falar uma coisa”, “é o seguinte”, e até o meu preferido: “olha só pra você ver”. Obrigado por me avisar, já tinha esquecido para que tinha olhos.
- Aqui no Brasil, as lojas, o negócios e os lugares sempre acham um jeito de se vender como o melhor. Já comi em em vários ‘melhor bufe da cidade’ na mesma cidade. Outro superativo de cara de pau é ‘o maior da América latina’. Não costa nada e ninguém vai ir conferir.
- Aqui no Brasil, tem uma relação ambígua e assimétrica com a América latina. A cultura do resto da América latina não entra no Brasil, mas a cultura brasileira se exporta la. Poucos são os brasileiros que conhecem artistas argentinos ou colombianos, poucos são os brasileiros que vão de ferias na América latina (a não ser Buenos Aires ou o Machu Pichu), mas eles em geral visitaram mais países europeus do que eu. O Brasil as vezes parece uma ilha gigante na América latina, embora que tenha uma fronteira com quase todos os outros países do continente.
- Aqui no Brasil, relacionamentos são codificados e cada etapa tem um rótulo: peguete, ficante, namorada, noiva, esposa, (ex-mulher...). Amor com rótulos.
- Aqui no Brasil, a comida é: arroz, feijão e mais alguma coisa.
- Aqui no Brasil, o povo é muito receptivo. E natural acolher alguem novo no seu grupo de amigos. Isso faz a maior diferencia do mundo. Obrigado brasileiros.
- Aqui no Brasil, o brasileiros acreditam pouco no Brasil. As coisas não podem funcionar totalmente ou dar certo, porque aqui, é assim, é Brasil. Tem um sentimento geral de inferioridade que é gritante. Principalmente a respeito dos Estados Unidos. To esperando o dia quando o Brasil vai abrir seus olhos.
- Aqui no Brasil, de vez em quando no vocabulário aparece uma palavra francesa. Por exemplo ‘petit gâteau’. Mas para ser entendido, tem que falar essas palavras com o sotaque local. Faz sentido mas não deixa de ser esquisito.
- Aqui no Brasil, tem um organismo chamado o DETRAN. Nem quero falar disso não, não saberia por onde começar...
- Aqui no Brasil, dentro dos carros, sempre tem uma sacola de tecido no alavanca de mudança pra colocar o lixo.
- Aqui no Brasil, os brasileiros se escovam os dentes no escritório depois do almoço.
- Aqui no Brasil, se limpa o chão com esse tipo de álcool que parece uma geleia.
- Aqui no Brasil, a versão digital de 'fazer fila' e 'digitar codigos'. No banco, pra tirar dinheiro tem dois códigos. No supermercado, o leitor de código de barra estando funcionando mal tem que digitar os códigos dos produtos. Mas os melhores são os boletos pra pagar na internet: uns 50 dígitos. Sempre tem que errar um pelo menos. Demora.
- Aqui no Brasil, o sistema sempre ta “fora do ar”. Qualquer sistema, principalmente os terminais de pagamento de cartão de credito.
- Aqui no Brasil, tem um lugar chamado cartório. Grande invenção para ser roubado direito e perder seu tempo durante horas para tarefas como certificar uma copia (que o funcionário nem vai olhar), o conferir que sua firma é sua firma.
- Aqui no Brasil, parece que a profissão onde as pessoas são mais felizes é coletor de lixo. Eles estão sempre empolgados, correndo atrás do caminhão como se fosse um trilho do carnaval. Eles também são atletas. Tens a energia de correr, jogar as sacolas, gritar, e ainda falar com as mulheres passando na rua.
- Aqui no Brasil, pode pedir a metade da pizza de um sabor e a metade de outro. Ideia simples e genial.
- Aqui no Brasil, no tem agua quente nas casas. Dai tem aquele sistema muito esperto que é o chuveiro que aquece a agua. Só tem um porem. Ou tem agua quente ou tem um vazão bom. Tem que escolher porque não da para ter os dois.
- Aqui no Brasil, as pessoas saem da casa dos pais quando casam. Assim tem bastante pessoas de 30 anos ou mais morando com os pais.
- Aqui no Brasil, tem três palavras para mandioca: mandioca, aipim e macaxeira. La na franca nem existe mandioca.
- Aqui no Brasil, tem o numero de telefone tem um DDD e também um numero de operadora. Uma complicação a mais que pode virar a maior confusão.
- Aqui no Brasil, quando encontrar com uma pessoa, se fala: “Beleza?” e a resposta pode ser “Jóia”. Traduzindo numa outra língua, parece que faz pouco sentido, ou parece um dialogo entre o Dalai-Lama e um discípulo dele. Por exemplo em inglês: “The beauty? - The joy”. Como se fosse um duelo filosófico de conceitos abstratos.
- Aqui no Brasil, a torneira sempre pinga.
- Aqui no Brasil, no taxi, nunca se paga o que esta escrito. Ou se aproxima pra cima ou pra baixo.
- Aqui no Brasil, marcar um encontro as 20:00 significa as 21:00 ou depois. Principalmente se tiver muitas pessoas envolvidas.
- Aqui em Belo Horizonte, e a menor cidade grande do mundo. 5 milhões de habitantes, mas todo mundo conhece todo mundo. Por isso que se fala que BH é um ovo. Eu diria que é um ovo frito. Assim fica mais mineiro.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Joaquim Barbosa já começa a sofrer ataques severos de setores claros ou obscuros do país
Já estão querendo derrubar o homem! Bastou ele começar a mostrar os podres que todo mundo já sabe e colocar em evidência oficial, para começar a tentar derruba-lo. Ha quem diga que depois do julgamento do Mensalão, a própria mídia que o defende e promove poderá ataca-lo. Que ele consiga resistir a tudo isso.
Brasil de Fato
Na crítica aos partidos de "mentirinha" que tornam "o Congresso um poder dominado pelo Executivo", o ministro Barbosa esqueceu de dizer que o Judiciário tem grande parte de responsabilidade nesta deformação institucional
22/05/2013
Ricardo Kotscho,
Na mesma segunda-feira em que o Estadão rompia a cortina de silêncio que protege o Judiciário de críticas, ao revelar as mordomias aéreas dos meritíssimos ministros, em reportagem de Eduardo Bresciani e Mariângela Gallucci, Joaquim Barbosa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, atacou o Congresso Nacional pela "ineficiência, inteiramente dominado pelo Executivo" e os partidos políticos em geral, que qualificou de "mentirinha".
A surpreendente reportagem do "Estadão" conta que o STF gastou, entre 2009 e 2012, R$ 608 mil só com passagens internacionais de primeira classe para esposas de ministros e outros R$ 295,5 mil em viagens dos magistrados em períodos de recesso. Além disso, o jornal denunciou que Joaquim Barbosa viajou 19 vezes por conta do STF em períodos nos quais estava de licença médica, tendo como destinos Rio, São Paulo, Fortaleza e Salvador.
Em sua longa palestra no Instituto de Educação Superior de Brasília, onde é professor, Joaquim Barbosa, que se apresentou como uma espécie de tutor dos outros poderes, não tocou neste assunto das viagens patrocinadas pelo STF, que consumiram um total de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos nos últimos três anos.
Não que o falante Barbosa tenha contado alguma grande novidade que todos os cidadãos já não saibam sobre o funcionamento do parlamento e dos partidos políticos ou tenha ofendido membros de outros poderes, mas estranhamente preferiu o silêncio quando foi perguntado, após a palestra, sobre viagens pagas pelo tribunal e licenças médicas.
Ao ouvir a pergunta, o presidente do STF, como tem acontecido em outras ocasiões recentes, quando é questionado, mostrou-se bastante irritado:
"Eu não quero falar sobre este assunto. Eu não li a matéria. Essa matéria é do seu conhecimento, não é do meu".
Pois deveria falar, já que se trata de uso de dinheiro público em proveito privado, embora o STF autorize este tipo de benefício, como informa a reportagem:
"O pagamento de passagens aéreas a dependentes de ministros é permitido, em viagens internacionais, por uma resolução de 2010, baseada em julgamento de um processo administrativo do ano anterior. O ato diz que as passagens devem ser de primeira classe e que este tipo de despesa deve ser arcado pela Corte quando a presença do parente for "indispensável" para o evento do qual o ministro participará".
Alguém sabia disso? Qual o critério de "indispensável"? No meu caso, por exemplo, mesmo a trabalho sempre gosto de viajar acompanhado da minha mulher, mas quem tem que pagar a passagem dela somos nós.
Na crítica aos partidos de "mentirinha" que tornam "o Congresso um poder dominado pelo Executivo", o ministro Barbosa esqueceu de dizer que o Judiciário tem grande parte de responsabilidade nesta deformação institucional, como bem lembrou, em artigo publicado na "Folha", o cientista político Humberto Dantas, professor do Insper, depois de listar vários casos em que o STF facilitou a proliferação de legendas.
"Diante de tais aspectos, não parece ser apenas o Executivo a furtar o Legislativo de seu papel. Não há no país poder mais criativo em matéria eleitoral que o Judiciário". Assim, que o professor Barbosa seja capaz de observar que o órgão que preside contribui para reforçar a `mentirinha´ chamada `partido político´.
Antes do dia acabar, a assessoria do presidente do STF distribuiu nota para dizer que Barbosa falou na condição de "acadêmico e professor" e não teve "a intenção de criticar ou emitir juízo de valor a respeito do Legislativo". Melhor assim, pois o presidente da Câmara, Henrique Alves, já tinha divulgado outra nota em que qualificou a manifestação do presidente do STF de "desrespeitosa".
O que mais me chama a atenção neste episódio é que nós estamos habituados a ver e ouvir todos os dias duras críticas sobre mordomias contra membros do Executivo e do Legislativo, em todos os níveis, mas que me lembre é a primeira vez que um veículo da grande imprensa trata desta questão no Supremo Tribunal Federal.
Se os viajantes fossem membros de outro poder, certamente a reportagem repercutiria nos demais veículos, ganharia ares de escândalo e logo alguém pediria a instalação de uma CPI.
Publicado originalmente no blog Balaio do Kotscho.
Jornal Brasil de Fato
Barbosa e as mordomias do STF
Na crítica aos partidos de "mentirinha" que tornam "o Congresso um poder dominado pelo Executivo", o ministro Barbosa esqueceu de dizer que o Judiciário tem grande parte de responsabilidade nesta deformação institucional
22/05/2013
Ricardo Kotscho,
Na mesma segunda-feira em que o Estadão rompia a cortina de silêncio que protege o Judiciário de críticas, ao revelar as mordomias aéreas dos meritíssimos ministros, em reportagem de Eduardo Bresciani e Mariângela Gallucci, Joaquim Barbosa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, atacou o Congresso Nacional pela "ineficiência, inteiramente dominado pelo Executivo" e os partidos políticos em geral, que qualificou de "mentirinha".
A surpreendente reportagem do "Estadão" conta que o STF gastou, entre 2009 e 2012, R$ 608 mil só com passagens internacionais de primeira classe para esposas de ministros e outros R$ 295,5 mil em viagens dos magistrados em períodos de recesso. Além disso, o jornal denunciou que Joaquim Barbosa viajou 19 vezes por conta do STF em períodos nos quais estava de licença médica, tendo como destinos Rio, São Paulo, Fortaleza e Salvador.
Em sua longa palestra no Instituto de Educação Superior de Brasília, onde é professor, Joaquim Barbosa, que se apresentou como uma espécie de tutor dos outros poderes, não tocou neste assunto das viagens patrocinadas pelo STF, que consumiram um total de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos nos últimos três anos.
Não que o falante Barbosa tenha contado alguma grande novidade que todos os cidadãos já não saibam sobre o funcionamento do parlamento e dos partidos políticos ou tenha ofendido membros de outros poderes, mas estranhamente preferiu o silêncio quando foi perguntado, após a palestra, sobre viagens pagas pelo tribunal e licenças médicas.
Ao ouvir a pergunta, o presidente do STF, como tem acontecido em outras ocasiões recentes, quando é questionado, mostrou-se bastante irritado:
"Eu não quero falar sobre este assunto. Eu não li a matéria. Essa matéria é do seu conhecimento, não é do meu".
Pois deveria falar, já que se trata de uso de dinheiro público em proveito privado, embora o STF autorize este tipo de benefício, como informa a reportagem:
"O pagamento de passagens aéreas a dependentes de ministros é permitido, em viagens internacionais, por uma resolução de 2010, baseada em julgamento de um processo administrativo do ano anterior. O ato diz que as passagens devem ser de primeira classe e que este tipo de despesa deve ser arcado pela Corte quando a presença do parente for "indispensável" para o evento do qual o ministro participará".
Alguém sabia disso? Qual o critério de "indispensável"? No meu caso, por exemplo, mesmo a trabalho sempre gosto de viajar acompanhado da minha mulher, mas quem tem que pagar a passagem dela somos nós.
Na crítica aos partidos de "mentirinha" que tornam "o Congresso um poder dominado pelo Executivo", o ministro Barbosa esqueceu de dizer que o Judiciário tem grande parte de responsabilidade nesta deformação institucional, como bem lembrou, em artigo publicado na "Folha", o cientista político Humberto Dantas, professor do Insper, depois de listar vários casos em que o STF facilitou a proliferação de legendas.
"Diante de tais aspectos, não parece ser apenas o Executivo a furtar o Legislativo de seu papel. Não há no país poder mais criativo em matéria eleitoral que o Judiciário". Assim, que o professor Barbosa seja capaz de observar que o órgão que preside contribui para reforçar a `mentirinha´ chamada `partido político´.
Antes do dia acabar, a assessoria do presidente do STF distribuiu nota para dizer que Barbosa falou na condição de "acadêmico e professor" e não teve "a intenção de criticar ou emitir juízo de valor a respeito do Legislativo". Melhor assim, pois o presidente da Câmara, Henrique Alves, já tinha divulgado outra nota em que qualificou a manifestação do presidente do STF de "desrespeitosa".
O que mais me chama a atenção neste episódio é que nós estamos habituados a ver e ouvir todos os dias duras críticas sobre mordomias contra membros do Executivo e do Legislativo, em todos os níveis, mas que me lembre é a primeira vez que um veículo da grande imprensa trata desta questão no Supremo Tribunal Federal.
Se os viajantes fossem membros de outro poder, certamente a reportagem repercutiria nos demais veículos, ganharia ares de escândalo e logo alguém pediria a instalação de uma CPI.
Publicado originalmente no blog Balaio do Kotscho.
Jornal Brasil de Fato
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Os sem-noção do 'Jornal Hoje' exibiram cena final de 'Faroeste Caboclo'
No início da tarde de ontem, o Twitter foi tomado por uma onda de indignação. E por um motivo justo. O alvo era a edição de hoje do JH, que exibiu uma reportagem sobre o novo filme Faroeste Caboclo, a ser lançado nos cinemas no próximo dia 31 e que já está sendo exibido em pré-estreias pelo país afora.
O problema é que a reportagem exibiu trechos da CENA FINAL do filme, com o destino dos principais personagens da trama.
Exibir ou contar o final de um filme é, no mínimo, uma indelicadeza com quem não viu ainda um filme que está nos cinemas ou ainda nem estreou. Na certa, os sem-noção do Jornal Hoje pensam que, como o filme foi inspirado na música homônima (um mega sucesso do rock brasileiro), todo mundo tem que saber que, de fato, o filme acaba de maneira semelhante à trama descrita na música. Como se todo mundo fosse obrigado a curtir o filme já sabendo previamente o que verá na tela e todo mundo conhecesse a música, só porque ela foi um mega sucesso nacional. Aliás, o falecido ator Marcos Paulo disse que não conhecia a música, antes de ser convidado para ser um dos atores coadjuvantes do filme.
Não assisto o Jornal Hoje porque na hora em que o programa é exibido eu estou trabalhando. Mas vi os protestos no Twitter antes de sair pro almoço. Minha mãe viu o telejornal, e chegou a comentar um ato cometido por uma das personagens na cena final. Eu já estou sabendo demais a respeito desse filme! Melhor parar por aqui, pra não incorrer no mesmo erro dos sem-noção do Jornal Hoje.
Dois tuítes sobre o fato aqui e aqui.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
PINTURA PADRONIZADA ESTARIA ESTIMULANDO IRREGULARIDADES DOS ÔNIBUS DO RJ
Um dia depois de mais um ciclista ter morrido no bairro de Pilares, depois de se chocar com um ônibus da Viação Novacap da linha 371 (Praça Seca / Praça da República), fiscais do Procon foram para diversas garagens de ônibus na cidade do Rio de Janeiro investigar irregularidades nos veículos de pelo menos quatro empresas cariocas.
As empresas foram Transportes Vila Isabel, Transportes Estrela Azul, Transportes Paranapuan e Auto Viação Jabour, conhecidas por várias queixas sobre irregularidades como ônibus enguiçados, acidentes com mortos e feridos e o simples estado de conservação das frotas, que circulam normalmente com a lataria amassada e até mesmo com baratas. 22 ônibus foram apreendidos.
A Secretaria Municipal de Transportes Rodoviários (SMTR) faz muitas cobranças e promessas, visando desde construção de vias para pedestres e ciclistas até treinamento de motoristas. Mas já existem reclamações das pessoas quanto ao poder concentrado do órgão e da complexa estrutura dos consórcios, fator que está influindo na decadência do sistema de ônibus carioca.
PADRONIZAÇÃO VISUAL ESCONDE IRREGULARIDADES
A padronização visual adotada em 2010 estaria escondendo irregularidades ocorridas nos ônibus municipais do Rio de Janeiro, fato até agora ignorado pela grande mídia, mas comprovadamente observado no cotidiano das ruas. A proibição de cada empresa de ônibus exibir sua identidade visual anda dificultando a observação dos passageiros comuns quanto à sua natureza de serviço, o que facilita a corrupção.
FOTO DIVULGADA NO FACEBOOK CONFIRMA QUE A PADRONIZAÇÃO VISUAL
DIFICULTA A ATENÇÃO DO PÚBLICO ATÉ MESMO EM MUDANÇA DE NOME DE EMPRESA.
Uma das empresas que mais se envolvem em acidentes de ônibus e veículos enguiçados é a Viação Nossa Senhora das Graças, novo nome da antiga Viação Saens Peña. A mudança só foi realmente observada na frota rodoviária, que mantém a identidade visual, enquanto a frota urbana, que adota a pintura padronizada, não apontou qualquer tipo de mudança essencial.
A farra política que está por trás dessa medida supostamente técnica, mas que não passa de uma propaganda política de prefeituras ou órgãos governamentais - no caso de linhas intermunicipais - , estaria irritando empresários de ônibus, rodoviários e passageiros, tamanha a concentração de poder que as secretarias de transporte atribuem para si.
As secretarias, a partir do caso da SMTR - cujo titular, Carlos Roberto Osório, usa um tom de voz parecido ao de um sargento do Exército - , estariam confundindo poder regulador, dedicado somente a fiscalizar o sistema, com poder controlador, expresso já a partir do vínculo de imagem das frotas de ônibus à Prefeitura do Rio, o que sugere que a prefeitura carioca é "dona" dos ônibus.
A pintura padronizada seria, portanto, uma linguagem que indica que a prefeitura teria realizado a licitação dos ônibus cariocas, mas estaria privando a população de reconhecer a identidade visual de cada empresa, enquanto a prefeitura, sob o pretexto dos consórcios, estaria exercendo monopólio de imagem nos ônibus cariocas, que agora também exibem o anúncio publicitário da prefeitura.
Sem poder exibir as respectivas identidades visuais, as empresas entendem que a prefeitura, através da pintura padronizada, atribuiu para si a responsabilidade e a tutela das frotas de ônibus em circulação no Rio de Janeiro, o que faz as empresas deixarem de fazer a manutenção adequada das empresas já que as frotas, no entender de seus donos, "são da Prefeitura".
Com isso, o sistema de ônibus carioca estaria decaindo por conta dessa distorção de atribuições, em que um órgão regulador na verdade estaria exercendo abuso de poder e criando problemas para a sociedade, através de um modelo de mobilidade urbana antiquado que só fazia sentido (e olhe lá) nos tempos da ditadura militar.
Em se tratando de um grupo político como o de Eduardo Paes e Sérgio Cabral Filho, que demonstraram que são surdos à vontade popular e cegos às leis, a prepotência da SMTR faz muito sentido, o que faz ela ser também responsável pela decadência do sistema de ônibus carioca.
Blog Anti Padronização Bus
terça-feira, 7 de maio de 2013
'Anos 80' estreará hoje no Nat Geo
Hoje estreará uma série de documentários no canal National Geographic. Ao que tudo indica, Anos 80 trará uma análise da célebre década do século XX sob vários aspectos importantes, como avanços tecnológicos, acontecimentos culturais e eventos esportivos. Pode haver também abordagem de transformações sociais, já que elas são citadas em enquete na página oficial da série.
Serão exibidos dois episódios inéditos às terças-feiras, em sequência, com reprises em outros dias e horários. O primeiro episódio será exibido hoje às 22:15. Vale conferir.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Laboratório Novartis vai a público esclarecer sobre o desaperecimento da Ritalina do mercado
O Laboratório Novartis veio á público esclarecer o motivo do desaparecimento da Ritalina do mercado. Segundo eles, a Ritalina volta no final deste mês. Já nas drogarias, a distribuição do remédio só ficará normalizada mesmo a partir de meados do mês que vem para julho. Leiam a nota:
Comunicado – Ritalina 10 mg
A
Novartis esclarece que, apesar de todos seus esforços, o medicamento Ritalina®
10mg (cloridrato de metilfenidato), nas apresentações de 20 e 60 comprimidos,
enfrenta um período temporário de desabastecimento no mercado brasileiro devido
a circunstâncias operacionais que afetaram o processo produtivo. Vale ressaltar
que este desabastecimento não atinge o medicamento Ritalina® LA em
nenhuma de suas apresentações (10, 20, 30 e 40mg).
A
empresa está tomando todas as providências que estão ao seu alcance para
regularizar a comercialização do medicamento o mais rápido possível, pois
sabemos de sua importância para a continuidade do tratamento dos pacientes.
A
expectativa da Novartis é conseguir normalizar esta distribuição, em todo o
mercado nacional, até o final do mês de maio de 2013.
Orientamos
os pacientes e cuidadores a procurarem seus médicos para avaliação sobre a
continuidade do tratamento.
Novartis Biociências SA
Serviço de Informações ao Cliente (SIC)
0800 888 3003
Novartis Biociências SA
Serviço de Informações ao Cliente (SIC)
0800 888 3003
Uma explicação parcial sobre a decadência cultural do Brasil
Este texto endossa o que os irmãos Alexandre e Marcelo há muito denunciam. Neste texto do blog Rock Brasilia Desde 64, eles tratam da decadência do Rock. Mais não foi só o Rock que decaiu, mas TODO TIPO DE MÚSICA NACIONAL. Não é só o metal-farofa que recebe apoio, mas também o Favela Bass (fanqui carioca), o Breganejo, o Caribrega (chamado erroenamente de forro), o Sambrega (pagode) e toda sorte de música de alienação em geral, em detrimento da verdadeira cultura nacional. Este brilhante texto dá uma amostra de como está a cultura de nosso país. Leiam.
Os últimos grandes hits do rock brasileiro foram Mulher de Fases e Ana Júlia. Músicas que ultrapassaram e muito a barreira das AM, FM e dos elevadores, no Brasil inteiro. Isso foi em 1999, no século passado.
Vários fatores contribuíram para isso. As novidades digitais, ou seja, as inúmeras plataformas e formatos que subverteram de forma inédita o nosso acesso à música e quebraram a perna das gravadoras. Empresas cujos executivos, acomodados em suas fórmulas viciadas, somente se deram conta de sua incompetência quando o novo mundo já havia chegado, metendo o pé na porta.
Banda de rock, que sempre foi um investimento de risco, se tornou inviável. Mas, o que muita gente se esquece é de que eram essas mesmas corporações que faziam o trabalho sujo, de enfiar a mão e os ouvidos na lama, o da triagem.
Paralelamente a isso, começava a tomar forma a rede de festivais independentes, a finada Abrafin. Ora, que maravilha! As malditas gravadoras capitalistas imundas foram finalmente derrotadas. Prenunciava-se, inclusive, o fim do inescrupuloso jabá nas rádios. Um marco na história da música brasileira. Só que não.
Estes festivais, custeados com dinheiro público, tomaram o lugar das gravadoras, que investiam seu próprio dinheiro. A triagem, que antes tinha que buscar algo com potencial para gerar retorno financeiro e compensar o investimento, passou para a mão das curadorias dos festivais. Função remunerada que era rateada entre os próprios produtores da patota, um dava a curadoria pro outro. O público passou a ser mero detalhe dentro de uma alardeada Cadeia Produtiva. Surgia o indie estatal.
O jabá? Sumiu nada. Tomou uma nova forma, ainda mais mesquinha, mais amadora. Era o jabá da conveniência. Os festivais viraram as vitrines para as bandas dos produtores associados da entidade, de amigos de produtores, de irmão de produtor, do amigo do estagiário que vai cobrir o festival pelo jornal X. Tudo isso com muita empada, kibe, cerveja liberada pra todo mundo nos backstages. A festa era mais animada nos bastidores que na frente do palco. Pura alegria, todo mundo bêbado e feliz. O Atacadão das Gravadoras fora substituído pelo Feirão Indie e nós levamos as tomatadas na cabeça. Festivais que deveriam ser meio, passam a ser fim.
E esse pessoal recebia antecipadamente os cachês de produtor ou de curador, não precisavam nem encher seus festivais. Um empreendedorismo risco zero. Pegavam o dinheiro público e garantiam sua parte antes mesmo de vender ingresso. Sem compromisso com nada além de si mesmos, uma infinidade de bandas e artistas ruins, arrogantes, presunçosos, foram repetidamente superestimados pela rede de comunicação cooptada, espécie de puxadinho das editorias de cultura de alguns jornais.
Nessa vala comum, da qualidade duvidosa e da completa falta de critérios, bandas realmente diferenciadas como Charme Chulo ou Superguidis acabaram não recebendo o devido reconhecimento. Outras, como Los Porongas, Móveis Coloniais de Acaju e Lucy and the Popsonics conseguiram pavimentar um caminho próprio, paralelo ao da estrutura indie oficial. E a principal banda do período foi o Autoramas, self-made e independente até os ossos.
Mas, foi pouco. O prejuízo causado pela confraria da boca-livre, ou seja, os produtores e jornalistas agregados da finada Abrafin (e, posteriormente, do Fora do Eixo), foi enorme, irremediável.
A década que matou o rock brasileiro
por
Renato Nunes
em
10,
R64 Brasil
Vários fatores contribuíram para isso. As novidades digitais, ou seja, as inúmeras plataformas e formatos que subverteram de forma inédita o nosso acesso à música e quebraram a perna das gravadoras. Empresas cujos executivos, acomodados em suas fórmulas viciadas, somente se deram conta de sua incompetência quando o novo mundo já havia chegado, metendo o pé na porta.
Banda de rock, que sempre foi um investimento de risco, se tornou inviável. Mas, o que muita gente se esquece é de que eram essas mesmas corporações que faziam o trabalho sujo, de enfiar a mão e os ouvidos na lama, o da triagem.
Paralelamente a isso, começava a tomar forma a rede de festivais independentes, a finada Abrafin. Ora, que maravilha! As malditas gravadoras capitalistas imundas foram finalmente derrotadas. Prenunciava-se, inclusive, o fim do inescrupuloso jabá nas rádios. Um marco na história da música brasileira. Só que não.
Estes festivais, custeados com dinheiro público, tomaram o lugar das gravadoras, que investiam seu próprio dinheiro. A triagem, que antes tinha que buscar algo com potencial para gerar retorno financeiro e compensar o investimento, passou para a mão das curadorias dos festivais. Função remunerada que era rateada entre os próprios produtores da patota, um dava a curadoria pro outro. O público passou a ser mero detalhe dentro de uma alardeada Cadeia Produtiva. Surgia o indie estatal.
O jabá? Sumiu nada. Tomou uma nova forma, ainda mais mesquinha, mais amadora. Era o jabá da conveniência. Os festivais viraram as vitrines para as bandas dos produtores associados da entidade, de amigos de produtores, de irmão de produtor, do amigo do estagiário que vai cobrir o festival pelo jornal X. Tudo isso com muita empada, kibe, cerveja liberada pra todo mundo nos backstages. A festa era mais animada nos bastidores que na frente do palco. Pura alegria, todo mundo bêbado e feliz. O Atacadão das Gravadoras fora substituído pelo Feirão Indie e nós levamos as tomatadas na cabeça. Festivais que deveriam ser meio, passam a ser fim.
E esse pessoal recebia antecipadamente os cachês de produtor ou de curador, não precisavam nem encher seus festivais. Um empreendedorismo risco zero. Pegavam o dinheiro público e garantiam sua parte antes mesmo de vender ingresso. Sem compromisso com nada além de si mesmos, uma infinidade de bandas e artistas ruins, arrogantes, presunçosos, foram repetidamente superestimados pela rede de comunicação cooptada, espécie de puxadinho das editorias de cultura de alguns jornais.
Nessa vala comum, da qualidade duvidosa e da completa falta de critérios, bandas realmente diferenciadas como Charme Chulo ou Superguidis acabaram não recebendo o devido reconhecimento. Outras, como Los Porongas, Móveis Coloniais de Acaju e Lucy and the Popsonics conseguiram pavimentar um caminho próprio, paralelo ao da estrutura indie oficial. E a principal banda do período foi o Autoramas, self-made e independente até os ossos.
Mas, foi pouco. O prejuízo causado pela confraria da boca-livre, ou seja, os produtores e jornalistas agregados da finada Abrafin (e, posteriormente, do Fora do Eixo), foi enorme, irremediável.
Esse bando conseguiu quebrar o vínculo afetivo de toda uma geração com um gênero musical. Aqueles últimos hits nacionais, do Raimundos e Los Hermanos, tem quase 15 anos de idade. Se hoje, esse tal de sertanejo universitário está na boca da garotada, 95% da culpa foi dessa estrutura viciada, incompetente e cega pela própria arrogância. Que conseguiu reunir em si, o que existe de pior no sindicalismo e o que há de mais podre na política. E mais, estão aí até hoje. Mais fracos, irrelevantes, mas ainda estão comendo quietos, farejando oportunidades.
Apesar disso ou até por isso, não deixa de ser interessante observar que a banda que vem lotando seus shows Brasil afora, com público formado em esmagadora maioria pela molecada, seja o Raimundos. Shows cheios, musicas cantadas em coro pela plateia, do começo ao fim. Provavelmente, será a última a consegui-lo. O rock nacional está clinicamente morto.
Apesar disso ou até por isso, não deixa de ser interessante observar que a banda que vem lotando seus shows Brasil afora, com público formado em esmagadora maioria pela molecada, seja o Raimundos. Shows cheios, musicas cantadas em coro pela plateia, do começo ao fim. Provavelmente, será a última a consegui-lo. O rock nacional está clinicamente morto.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Mestrado sobre funqueiras não é elogioso sobre seu suposto "feminismo"
MARIANA GOMES, autora de tese que contesta o suposto "feminismo" das "musas" do "funk carioca".
Os defensores do "funk carioca" ficaram eufóricos quando a aluna da Universidade Federal Fluminense, Mariana Gomes, escolheu como tema de mestrado as "musas" do "funk carioca", sob o título My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural.
No entanto, o que poucos conseguiram perceber é que o trabalho não é elogioso em relação às chamadas "popozudas", já que o trabalho questiona a aparente "sensualidade" das funqueiras como expressão de feminismo e libertação feminina.
Até mesmo a funqueira Valesca Popozuda, achando se tratar da mesma homenagem feita por formandos da UFF, que a escolheram como patronesse para a cerimônia, havia comentado no Twitter: "Acordei MUITO FELIZ com a melhor notícia de todas!!! Sem palavras!!!".
É como se alguém ficasse feliz recebendo uma carta-bomba. Nem um senador norte-americano que havia recebido uma carta contendo ricina, um tipo de veneno, reagiria dessa maneira. Pois Mariana Gomes, em seu trabalho, não traz comentários positivos à própria Valesca, julgando seu tipo "sensual" bastante perigoso.
"A relação entre feminismo e erotismo é perigosa, inclusive para a Valesca. Ela se diz feminista, mas será que é mesmo? (...) A cantora afirma o corpo como espaço de liberdade, mas ele pode ser uma prisão, neste caso, porque o objetivo é conseguir bens materiais. Não chega a ser uma prostituição, mas é um jogo perigoso", diz a mestranda.
O "funk carioca", que diz lutar pela "ruptura de preconceitos", vive se alimentando de mal-entendidos, o que é uma atitude bastante preconceituosa, por ser uma incompreensão de boatos ou factoides interpretados de forma tendenciosa para a promoção forçada da popularidade do ritmo carioca.
Além do caso acima, outros exemplos desses mal-entendidos podem ser lembrados:
1) Em 2009, a imprensa popularesca, que vive de sensacionalismo e "mundo cão", noticiou que o "funk carioca" teria virado "patrimônio cultural". A notícia é falsa, porque o que o "funk carioca" obteve foi o título de "movimento cultural de caráter popular" obtido não de forma técnica por especialistas do IPHAN (que nem sequer receberam a proposta), mas por parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
2) Durante um ensaio de estúdio, o roqueiro inglês Paul McCartney havia escutado uma música da banda curitibana Bonde do Rolê, que mistura rock com "funk carioca", e perguntou como faria para obter a mesma energia desta banda, talvez levando em conta seu senso de humor. No entanto, a imprensa interpretou mal e disse que Paul estava falando em "bailes funk", e houve quem lhe sugerisse ouvir o "Passinho do Volante".
Portanto, o "funk carioca" é tendencioso, sensacionalista, e vive de jabaculê. O ritmo desenvolveu um grande lobby de intelectuais, celebridades e músicos apoiando. Até mesmo Tom Zé, antes um crítico mordaz da "cultura de massa", andou suavizando no tom e foi apoiar até mesmo o mega "baile funk" anual Rio Parada Funk.
Enquanto isso, nossos ouvidos continuam ameaçados. Houve até um "baile funk" perto de minha casa ontem de madrugada, com sua habitual poluição sonora.
Os defensores do "funk carioca" ficaram eufóricos quando a aluna da Universidade Federal Fluminense, Mariana Gomes, escolheu como tema de mestrado as "musas" do "funk carioca", sob o título My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural.
No entanto, o que poucos conseguiram perceber é que o trabalho não é elogioso em relação às chamadas "popozudas", já que o trabalho questiona a aparente "sensualidade" das funqueiras como expressão de feminismo e libertação feminina.
Até mesmo a funqueira Valesca Popozuda, achando se tratar da mesma homenagem feita por formandos da UFF, que a escolheram como patronesse para a cerimônia, havia comentado no Twitter: "Acordei MUITO FELIZ com a melhor notícia de todas!!! Sem palavras!!!".
É como se alguém ficasse feliz recebendo uma carta-bomba. Nem um senador norte-americano que havia recebido uma carta contendo ricina, um tipo de veneno, reagiria dessa maneira. Pois Mariana Gomes, em seu trabalho, não traz comentários positivos à própria Valesca, julgando seu tipo "sensual" bastante perigoso.
"A relação entre feminismo e erotismo é perigosa, inclusive para a Valesca. Ela se diz feminista, mas será que é mesmo? (...) A cantora afirma o corpo como espaço de liberdade, mas ele pode ser uma prisão, neste caso, porque o objetivo é conseguir bens materiais. Não chega a ser uma prostituição, mas é um jogo perigoso", diz a mestranda.
O "funk carioca", que diz lutar pela "ruptura de preconceitos", vive se alimentando de mal-entendidos, o que é uma atitude bastante preconceituosa, por ser uma incompreensão de boatos ou factoides interpretados de forma tendenciosa para a promoção forçada da popularidade do ritmo carioca.
Além do caso acima, outros exemplos desses mal-entendidos podem ser lembrados:
1) Em 2009, a imprensa popularesca, que vive de sensacionalismo e "mundo cão", noticiou que o "funk carioca" teria virado "patrimônio cultural". A notícia é falsa, porque o que o "funk carioca" obteve foi o título de "movimento cultural de caráter popular" obtido não de forma técnica por especialistas do IPHAN (que nem sequer receberam a proposta), mas por parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
2) Durante um ensaio de estúdio, o roqueiro inglês Paul McCartney havia escutado uma música da banda curitibana Bonde do Rolê, que mistura rock com "funk carioca", e perguntou como faria para obter a mesma energia desta banda, talvez levando em conta seu senso de humor. No entanto, a imprensa interpretou mal e disse que Paul estava falando em "bailes funk", e houve quem lhe sugerisse ouvir o "Passinho do Volante".
Portanto, o "funk carioca" é tendencioso, sensacionalista, e vive de jabaculê. O ritmo desenvolveu um grande lobby de intelectuais, celebridades e músicos apoiando. Até mesmo Tom Zé, antes um crítico mordaz da "cultura de massa", andou suavizando no tom e foi apoiar até mesmo o mega "baile funk" anual Rio Parada Funk.
Enquanto isso, nossos ouvidos continuam ameaçados. Houve até um "baile funk" perto de minha casa ontem de madrugada, com sua habitual poluição sonora.
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