segunda-feira, 29 de abril de 2013
Ritalina está em falta nas principais farmácias do país
O remédio Ritalina está em falta na maior parte das farmácias do país desde meados de março. Desde o dia 20 de março já não se encontrava Ritalina nas farmacias. Em abril o problema se agravou.
São duas as causas deste problema. O primeiro é que houve um incêndio numa unidade da Novartis no município de Taboão da Serra em São Paulo. É nesta unidade que é fabricada a Ritalina e de onde é feita a distribuição da medicação para todo Brasil. A outra causa, é que a Novartis tem tido dificuldade para importar o metilfenidato, que é o princípio ativo da Ritalina. Este não é produzido no país pela Novartis, o que faz a mesma importa-lo do exterior. A causa da difuculdade é a burocracia promovida pelo governo federal para que a mesma possa importar o metilfenidato.
Apesar destes problemas, a Novartis tem mantido a fabricação da versão LA da Ritalina, versão de efeito duradoura, porém cinco vezes mais cara que a versão convencional da Ritalina. Enquanto a Ritalina normal custa R$19,00, a LA custa R$200,00. Isso tem causado estranheza e até uma certa revolta por parte dos portadores de TDAH, uma vez que nem todos tem condições de comprar a versão mais cara da Ritalina. Outro problema que agrava isso é o fato de que apenas a Novartis produz a Ritalina, uma vez que não há genérico desta e a mesma é a dona da patente desta medicação, dificultando que outros fabricantes possam produzir o mesmo medicamento. E para complicar, este não é coberto pelas redes de farmácias populares mantidas pelos governos federais, estaduais e municipais pelo Brasil a fora.
A Ritalina é a principal medicação consumida pelos portadores do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, o TDAH. Ela controla o transtorno, permitindo que os portadores do mesmo possam ter uma vida normal. Sem ela, a vida de um portador de TDAH vira um tremendo transtorno, pois mesmo fica com a sua capacidade de concentração e autocontrole comprometidas, ou seja, fica aéreo. E como um computador que perde a conexão com uma rede. Vale lembrar que a Ritalina causa dependência e por conta disso, sua ausência triplica os efeitos do TDAH nos portadores deste transtorno.
A Ritalina é um remédio cuja a venda é super controlada por conta dos fortes efeitos colaterais que provoca. E ainda causa dependência. Infelizmente muitas pessoas para reforçar a concentração e poder estudar ou produzir melhor, tomam este remédio de forma ilegal e indevida, adquirindo de forma ilícita. Por isso sua venda é extremamente controlada.
Cabe agora a Novartis retomar o quanto antes a fabricação e a distribuição da Ritalina e prestar os devidos esclarecimentos, coisa que ela não tem feito por motivos desconhecidos. E quanto a União, de tomar vergonha na cara e liberar a autorização de metilfenidato o mais rapido possivél. Ha milhões de pessoas que dependem desta medicação para levar uma vida normal e sua ausência causa transtornos sérios, sobretudo no trabalho e nos estudo, ainda mais que são épocas de provas em escolas e universidades, o que causa prejuízo sérios para os portadores de TDAH. A Novartis prometeu retomar a venda na virada deste mês para maio. Há farmácias que dizem que até o final desta semana, a Ritalina já estará a venda novamente. Cabe a Novartis e a o governo federal se entenderem e resolver isso logo. E quanto aos portadores de TDAH, pedir para que os psiquiatras receitem remédios equivalentes, como o Concerta e similares, por exemplo ou fazer exercícios de concentração e disciplina. E que isso seja resolvido logo.
sábado, 27 de abril de 2013
FIFA proíbe o São João em Salvador
Essa Copa 2014 terá um recorde de lambanças como nuncaantesnahistóriadestepaís. Segundo reportagem da Tribuna da Bahia, a FIFA fez um acordo com a Prefeitura de Salvador (provavelmente os prefeitos, o atual e o anterior) para proibir qualquer evento na cidade no próximo mês de junho, em que haverá disputa de partidas da Copa das Confederações na cidade. O que atinge em cheio os festejos em homenagem a São João Batista, cuja data natalícia é 24 de junho. Duas festas de São João tiveram o alvará negado pelos órgãos municipais responsáveis pelo licenciamento.
Não demora muito, essa gente proibirá também eventos de outras naturezas, tipo Marcha para Jesus, Parada do Orgulho Gay e, provavelmente, protestos sindicais e de outros movimentos. Tudo em nome da Copa. Tudo em nome da politicagem. Tudo em nome dos altos lucros para poucos.
Que tal cancelar as eleições do ano que vem e entronizar Joseph Blatter como presidente do Brasil? Chega de intermediários!
Não demora muito, essa gente proibirá também eventos de outras naturezas, tipo Marcha para Jesus, Parada do Orgulho Gay e, provavelmente, protestos sindicais e de outros movimentos. Tudo em nome da Copa. Tudo em nome da politicagem. Tudo em nome dos altos lucros para poucos.
Que tal cancelar as eleições do ano que vem e entronizar Joseph Blatter como presidente do Brasil? Chega de intermediários!
Assinantes debatem a TV paga, comparando-a com a TV aberta
Resposta para TV Magazine:
Em 24/04/2013, JoaoMB escreveu:
Isso é simples de explicar:
1 - Os telejornais da TV por assinatura não tem a mesma qualidade do Jornal Nacional
2 - As novelas da TV por assinatura não tem a mesma qualidade das novelas da Globo
3 - As imagens das partidas transmitidas pela TV por assinatura (HD porco e alta taxa de compressão) não são perfeitas como as da TV digital aberta
4 - A TV por assinatura ainda tem muitos enlatados. Ainda trata muito da cultura norte americana.
5 - A TV por assinatura não tem programação local, ou seja, você precisa da TV aberta para saber o que acontece na sua cidade.
Isso só para citar alguns itens!
Mais ou menos.
O que o Jornal Nacional menos tem é qualidade. É um jornal feito especialmente para pessoas que acreditam em tudo que aparece na telinha. Não é à toa que o chamam de "o jornal pro Homer Simpson". Embora os canais de notícias fechados sejam editorialmente ligados aos grupos aos quais pertencem, eles aprofundam mais as notícias. Vide a própria Globo News, mais próxima do Jornal da Globo que do JN. O público desses canais (incluindo também Band News, Record News e os canais gringos) é mais crítico.
Praticamente não há novelas na TV paga. No Brasil, novela é um formato tipicamente de TV aberta. A ficção na TV paga é dominada por filmes e seriados. Só há novelas no Canal Viva, que já é um canal de reprises da Globo.
O espaço para os enlatados gringos está diminuindo. A nova lei da TV paga está obrigando os canais a correrem atrás de enlatados nacionais. Na falta deles, vários canais estão recorrendo a filmes nacionais com curto intervalo de exibição.
E, realmente, pouco há de telejornalismo local na TV paga. A não ser na Globo News, que carrega seu jornalismo com notícias locais do Rio e de São Paulo, com matérias rigorosamente iguais às exibidas no RJ TV, no SP TV, no Bom Dia Rio e no Bom Dia São Paulo. A Globo News chega a levar ao ar informes ao vivo do trânsito das duas cidades, recorrendo ao Globocop, moto linques, carros de reportagens e imagens dos centros de operações das prefeituras. Há também os debates e entrevistas nas TVs das assembleias estaduais e das câmaras de vereadores, tratando de temas locais.
Em 24/04/2013, JoaoMB escreveu:
Isso é simples de explicar:
1 - Os telejornais da TV por assinatura não tem a mesma qualidade do Jornal Nacional
2 - As novelas da TV por assinatura não tem a mesma qualidade das novelas da Globo
3 - As imagens das partidas transmitidas pela TV por assinatura (HD porco e alta taxa de compressão) não são perfeitas como as da TV digital aberta
4 - A TV por assinatura ainda tem muitos enlatados. Ainda trata muito da cultura norte americana.
5 - A TV por assinatura não tem programação local, ou seja, você precisa da TV aberta para saber o que acontece na sua cidade.
Isso só para citar alguns itens!
Mais ou menos.
O que o Jornal Nacional menos tem é qualidade. É um jornal feito especialmente para pessoas que acreditam em tudo que aparece na telinha. Não é à toa que o chamam de "o jornal pro Homer Simpson". Embora os canais de notícias fechados sejam editorialmente ligados aos grupos aos quais pertencem, eles aprofundam mais as notícias. Vide a própria Globo News, mais próxima do Jornal da Globo que do JN. O público desses canais (incluindo também Band News, Record News e os canais gringos) é mais crítico.
Praticamente não há novelas na TV paga. No Brasil, novela é um formato tipicamente de TV aberta. A ficção na TV paga é dominada por filmes e seriados. Só há novelas no Canal Viva, que já é um canal de reprises da Globo.
O espaço para os enlatados gringos está diminuindo. A nova lei da TV paga está obrigando os canais a correrem atrás de enlatados nacionais. Na falta deles, vários canais estão recorrendo a filmes nacionais com curto intervalo de exibição.
E, realmente, pouco há de telejornalismo local na TV paga. A não ser na Globo News, que carrega seu jornalismo com notícias locais do Rio e de São Paulo, com matérias rigorosamente iguais às exibidas no RJ TV, no SP TV, no Bom Dia Rio e no Bom Dia São Paulo. A Globo News chega a levar ao ar informes ao vivo do trânsito das duas cidades, recorrendo ao Globocop, moto linques, carros de reportagens e imagens dos centros de operações das prefeituras. Há também os debates e entrevistas nas TVs das assembleias estaduais e das câmaras de vereadores, tratando de temas locais.
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Vidas Secas 2013
Fonte: ANON H4.
Protesto na sede do Banco do Nordeste em Campina Grande. Funeral simbólico do rebanho dizimado na Paraíba. Mais de 600 mil animais mortos. E o grito de perdão pela dívida dos pequenos agricultores do Nordeste. A imagem é forte, mas necessária. Não falta dinheiro para construir os Estádios da Copa, mas falta para concluir a Transposição do São Francisco. Não queremos migalhas nem esmolas. Queremos obras estruturantes.
P.S: Se nem os amigos do Nordeste chegaram a um consenso sobre essa transposição, eu é que não me meto nessa conversa. Mas quanto a reclamações sobre perdão de dívida de pequenos agricultores ou pequenos pecuaristas e sobre Copa do Mundo, compartilho da indignação da página do Facebook.
Protesto na sede do Banco do Nordeste em Campina Grande. Funeral simbólico do rebanho dizimado na Paraíba. Mais de 600 mil animais mortos. E o grito de perdão pela dívida dos pequenos agricultores do Nordeste. A imagem é forte, mas necessária. Não falta dinheiro para construir os Estádios da Copa, mas falta para concluir a Transposição do São Francisco. Não queremos migalhas nem esmolas. Queremos obras estruturantes.
P.S: Se nem os amigos do Nordeste chegaram a um consenso sobre essa transposição, eu é que não me meto nessa conversa. Mas quanto a reclamações sobre perdão de dívida de pequenos agricultores ou pequenos pecuaristas e sobre Copa do Mundo, compartilho da indignação da página do Facebook.
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terça-feira, 23 de abril de 2013
Feriado de São Jorge serve mais para umbandistas que para católicos
Muito esquisito, esse feriado de hoje dedicado a São Jorge em algumas localidades brasileiras. Evangélicos, ateus e laicistas em geral reclamam que há muitos feriados municipais, estaduais e federais dedicados a santos e outros elementos da liturgia católica. Afirmam que deveria haver então feriados para todas os milhares de confissões existentes no país, ou então para nenhuma.
Enquanto a pendenga não acaba (e nada indica que acabe um dia), alguns grupos tratam de garantir os feriados para expressarem suas devoções à vontade. No Distrito Federal o dia 30 de novembro é feriado do Dia do Evangélico. No Rio de Janeiro, o dia de hoje é feriado de São Jorge, não por conquista de devotos católicos do santo, mas por conquista dos devotos umbandistas de Ogum, tido como São Jorge no sincretismo daquele culto. No estado do Rio de Janeiro e na cidade homônima, o feriado nasceu inicialmente na cidade, por iniciativa do vereador petista Jorge Babu, e depois no estado pelo mesmo político, quando ele havia se tornado deputado estadual.
A grade verdade é que a devoção a São Jorge e o aproveitamento desse feriado por esses devotos se tornou muito maior entre umbandistas que entre católicos. Noves fora os fiéis dos templos católicos dedicados diretamente a São Jorge, os católicos tem preferido devoções sem qualquer aproveitamento sincrético por parte dos fiéis de outros credos. Ainda mais depois do levante da renovação carismática, surgida após o Vaticano II.
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segunda-feira, 22 de abril de 2013
Graça Foster dando pretexto para a defesa de demo-tucanos
Alguns integrantes do Governo Lula-Dilma adoram criar pretexto para que as campanhas eleitorais dos candidatos governistas não possam usar a tática (até agora) vitoriosa de vincular o demo-tucanato às privatizações. Outro dia, ao defender a política de reajustes de preços dos combustíveis adotada pela Petrobrás e descartar qualquer interferência do governo para segurar novos aumentos de combustível e evitar impacto na inflação, a presidente Graça Foster disse que nenhum governo "de esquerda, de direita nem de centro" fará "qualquer mal" à companhia, "extremamente importante para a economia do país".
Graça Foster deu um pretexto para os marqueteiros demo-tucanos defenderem seus candidatos presidenciais das acusações de que demo-tucanos só sabem privatizar. Basta usarem o discurso de Graça Foster.
Se bem que os atuais governistas estão privatizando aeroportos e querendo leiloar bacias de petróleo e gás. Fazer concessões é privatizar, conforme definição do Houaiss. Mas coerência e a observação da lexicografia não são comuns em governos brasileiros. Sejam eles de esquerda, de direita, de centro, de cima, de baixo, de frente ou de trás.
Graça Foster deu um pretexto para os marqueteiros demo-tucanos defenderem seus candidatos presidenciais das acusações de que demo-tucanos só sabem privatizar. Basta usarem o discurso de Graça Foster.
Se bem que os atuais governistas estão privatizando aeroportos e querendo leiloar bacias de petróleo e gás. Fazer concessões é privatizar, conforme definição do Houaiss. Mas coerência e a observação da lexicografia não são comuns em governos brasileiros. Sejam eles de esquerda, de direita, de centro, de cima, de baixo, de frente ou de trás.
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sábado, 20 de abril de 2013
Lambanças do governo americano fazem Marvel mudar perfil de itens da franquia Vingadores
Hoje às 22h o canal Telecine Premium lançará na programação da TV paga (sem ser nos sistemas sob demanda ou PPV) o filme The Avengers - Os Vingadores, praticamente um ano depois do lançamento do filme nos cinemas. Há de se anotar que o filme Homem de Ferro 3 (cronologicamente uma continuação de The Avengers - Os Vingadores) estreará nos cinemas na próxima sexta-feira. Analisando a história dessa franquia desde as revistas em quadrinhos (sua mídia original), fica flagrante a mudança que os personagens sofreram ao longo do tempo, mudanças que ficaram maiores nas últimas décadas. Quase todas destinadas a retirar de alguns desses itens seu caráter evidentemente americanista, explorado à exaustão desde a Segunda Guerra Mundial até o fim da Guerra Fria, e para tornar os personagens palatáveis a um mundo cansado das lambanças do governo americano ao longo das décadas.
O personagem mais antigo de todos os Vingadores é o Capitão América, que integrou, segundo a Wikipedia, "uma onda de super-heróis que surgiram sob a bandeira do patriotismo norte-americano e que foram apresentados ao mundo pelas companhias de Histórias em Quadrinhos, durante os anos da Segunda Guerra Mundial. Ao lado de seu parceiro Bucky, o Capitão América enfrentou as hordas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, mas caiu na obscuridade após o fim do conflito". O personagem (cujo nome de batismo é Steve Rogers) é o típico soldado americano padrão, excelentemente treinado e disciplinado. Como na maior parte da existência nos quadrinhos o personagem estava submetido às ordens de autoridades nomeadas pelo governo americano e na maior parte do tempo ele aparece com um traje e um escudo estilizados que imitam a bandeira americana, o personagem acabou virando um ícone ufanista para os americanos e um ícone do imperialismo americano para qualquer estrangeiro que se sinta minimamente prejudicado pelos interesses e ações dos governos americanos. Só que nem sempre a obediência do capitão Rogers ao governo americano foi incondicional ou correspondida pelo governo. Alguns anos depois da Segunda Guerra, as histórias em quadrinhos mostraram as primeiras divergências do capitão com as autoridades. Rogers chegou a ser proibido de usar o uniforme e o escudo típicos de Capitão América, entregues a outros personagens, fazendo com que Rogers passasse a usar outro uniforme, predominante preto, e passasse a usar a simples alcunha de "O Capitão". Na década de 1970, Steve Rogers se desilude tanto com o governo que abandona o trabalho de capitão e torna-se um nômade. No filme de 2011, a origem do personagem foi recontada. Ele chegou a afirmar ainda no recrutamento em Nova York que não gostava de valentões, sejam de onde forem, e ao longo do filme demonstrou não temer a morte para salvar a vida de outros. Pelo que tenho visto, os fãs mais ferrenhos do personagem reclamam que o uniforme dele para o filme Captain America: The Winter Soldier lembra cada vez menos o uniforme original dos quadrinhos. Menos ainda que o uniforme usado em The Avengers - Os Vingadores.
Outro vingador que passou por mudanças para torna-lo palatável fora do mercado americano é o Homem de Ferro. Devido à longevidade do personagem, sua origem foi contada e recontada várias vezes. Em todas essas versões, Tony Stark é um bilionário da indústria armamentista e maior fornecedor das forças armadas americanas. Só que na atual versão cinematográfica, o personagem viu que as armas criadas por sua indústria estavam sendo desviadas para guerras civis no exterior, o que o convenceu a fechar a divisão de armas de suas indústrias e o fez mudar para o ramo da energia sustentável, em voga na atualidade. O que acaba atraindo a definição irônica do vilão Ivan Vanko de Homem de Ferro 2: "Vem de uma família de ladrões e carniceiros. E agora, como todo culpado, tenta reescrever sua própria história. E esquece todas as vidas que a família Stark destruiu".
Há ainda uma pequena mudança cosmética na estética da organização fictícia S.H.I.E.L.D, que desde as origens nos quadrinhos em 1966 é um organismo fundado pela ONU e bancado pela OTAN. Obviamente os interesses do governo americano jamais são contrariados pela S.H.I.E.L.D, mas na atual versão cinematográfica a Marvel resolveu tirar um vestígio de americanismo da logomarca da organização: um miniescudo que lembrava a bandeira americana, com suas cores, listras e bandeiras. Restou apenas uma ave estilizada (aves integram e integraram brasões de diversos países, até mesmo da Alemanha) e as letras, tudo em cor preta.
Junte-se a tudo isso um último item de internacionalização da franquia Vingadores: a Viúva Negra, que nas origens quadrinescas era uma super-espiã soviética inimiga do Homem de Ferro e que teve um romance com o Gavião Arqueiro e aceitou ingressar na S.H.I.E.L.D.
Parece que essa sanha da Marvel em desamericanizar a franquia dos Vingadores repercutiu nas bilheterias pelo mundo afora. The Avengers - Os Vingadores teve uma receita mundial de US$ 1.511.757.910. O resultado cinematográfico dessa sanha pode ser conferido daqui a pouco no Telecine. Só que não tem bilheteria ou diplomacia que nos faça esquecer que esse filme é um típico arrasa-quarteirão americano, com todos os pontos positivos e negativos possíveis. Mas vale como entretenimento.
O personagem mais antigo de todos os Vingadores é o Capitão América, que integrou, segundo a Wikipedia, "uma onda de super-heróis que surgiram sob a bandeira do patriotismo norte-americano e que foram apresentados ao mundo pelas companhias de Histórias em Quadrinhos, durante os anos da Segunda Guerra Mundial. Ao lado de seu parceiro Bucky, o Capitão América enfrentou as hordas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, mas caiu na obscuridade após o fim do conflito". O personagem (cujo nome de batismo é Steve Rogers) é o típico soldado americano padrão, excelentemente treinado e disciplinado. Como na maior parte da existência nos quadrinhos o personagem estava submetido às ordens de autoridades nomeadas pelo governo americano e na maior parte do tempo ele aparece com um traje e um escudo estilizados que imitam a bandeira americana, o personagem acabou virando um ícone ufanista para os americanos e um ícone do imperialismo americano para qualquer estrangeiro que se sinta minimamente prejudicado pelos interesses e ações dos governos americanos. Só que nem sempre a obediência do capitão Rogers ao governo americano foi incondicional ou correspondida pelo governo. Alguns anos depois da Segunda Guerra, as histórias em quadrinhos mostraram as primeiras divergências do capitão com as autoridades. Rogers chegou a ser proibido de usar o uniforme e o escudo típicos de Capitão América, entregues a outros personagens, fazendo com que Rogers passasse a usar outro uniforme, predominante preto, e passasse a usar a simples alcunha de "O Capitão". Na década de 1970, Steve Rogers se desilude tanto com o governo que abandona o trabalho de capitão e torna-se um nômade. No filme de 2011, a origem do personagem foi recontada. Ele chegou a afirmar ainda no recrutamento em Nova York que não gostava de valentões, sejam de onde forem, e ao longo do filme demonstrou não temer a morte para salvar a vida de outros. Pelo que tenho visto, os fãs mais ferrenhos do personagem reclamam que o uniforme dele para o filme Captain America: The Winter Soldier lembra cada vez menos o uniforme original dos quadrinhos. Menos ainda que o uniforme usado em The Avengers - Os Vingadores.
Outro vingador que passou por mudanças para torna-lo palatável fora do mercado americano é o Homem de Ferro. Devido à longevidade do personagem, sua origem foi contada e recontada várias vezes. Em todas essas versões, Tony Stark é um bilionário da indústria armamentista e maior fornecedor das forças armadas americanas. Só que na atual versão cinematográfica, o personagem viu que as armas criadas por sua indústria estavam sendo desviadas para guerras civis no exterior, o que o convenceu a fechar a divisão de armas de suas indústrias e o fez mudar para o ramo da energia sustentável, em voga na atualidade. O que acaba atraindo a definição irônica do vilão Ivan Vanko de Homem de Ferro 2: "Vem de uma família de ladrões e carniceiros. E agora, como todo culpado, tenta reescrever sua própria história. E esquece todas as vidas que a família Stark destruiu".
Há ainda uma pequena mudança cosmética na estética da organização fictícia S.H.I.E.L.D, que desde as origens nos quadrinhos em 1966 é um organismo fundado pela ONU e bancado pela OTAN. Obviamente os interesses do governo americano jamais são contrariados pela S.H.I.E.L.D, mas na atual versão cinematográfica a Marvel resolveu tirar um vestígio de americanismo da logomarca da organização: um miniescudo que lembrava a bandeira americana, com suas cores, listras e bandeiras. Restou apenas uma ave estilizada (aves integram e integraram brasões de diversos países, até mesmo da Alemanha) e as letras, tudo em cor preta.
Junte-se a tudo isso um último item de internacionalização da franquia Vingadores: a Viúva Negra, que nas origens quadrinescas era uma super-espiã soviética inimiga do Homem de Ferro e que teve um romance com o Gavião Arqueiro e aceitou ingressar na S.H.I.E.L.D.
Parece que essa sanha da Marvel em desamericanizar a franquia dos Vingadores repercutiu nas bilheterias pelo mundo afora. The Avengers - Os Vingadores teve uma receita mundial de US$ 1.511.757.910. O resultado cinematográfico dessa sanha pode ser conferido daqui a pouco no Telecine. Só que não tem bilheteria ou diplomacia que nos faça esquecer que esse filme é um típico arrasa-quarteirão americano, com todos os pontos positivos e negativos possíveis. Mas vale como entretenimento.
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Está no Houaiss: pôr sob responsabilidade de empresa particular a gestão de (bem público) = privatizar
Em tempos de privatização do Maracanã, lembrei que Paulo Henrique Amorim costuma dizer que as privatizações dos governos lulo-dilmistas não são privatizações. Segundo ele, privatização só ocorre quando há venda de ativos de patrimônio público, como fez o presidente FHC com estatais como a Vale, o sistema Telebrás e várias empresas de energia elétrica. Para o homem da Conversa Afiada, o que Dilma e seus aliados fazem é concessão, com o patrimônio em questão permanecendo como propriedade da União. Como está acontecendo agora com os aeroportos. E está para acontecer com o Maracanã.
Ontem mandei um recado para Paulo Henrique Amorim através do Twitter:
Está no dicionário Houaiss: pôr sob responsabilidade de empresa particular a gestão de (bem público) = privatizar
Pra bom entendedor, 140 caracteres (ou menos) bastam.
No dicionário também está escrita a segunda definição de privatização: realizar (empresa privada) a aquisição ou incorporação de (empresa pública). Como aconteceu na Era FHC.
Tem jornalistas que deveriam voltar para a escola. Não voltam porque querem continuar no engano ou querem enganar os outros.
Ontem mandei um recado para Paulo Henrique Amorim através do Twitter:
Está no dicionário Houaiss: pôr sob responsabilidade de empresa particular a gestão de (bem público) = privatizar
Pra bom entendedor, 140 caracteres (ou menos) bastam.
No dicionário também está escrita a segunda definição de privatização: realizar (empresa privada) a aquisição ou incorporação de (empresa pública). Como aconteceu na Era FHC.
Tem jornalistas que deveriam voltar para a escola. Não voltam porque querem continuar no engano ou querem enganar os outros.
domingo, 14 de abril de 2013
Faroeste Caboclo - Trailer Oficial
30 de maio está chegando!
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Jabá no Domingão? Eu quero é novidade!
Eu quero é novidade! Até o reino mineral sabe que os estilos de música popularesca só tem a visibilidade que tem (desde bem antes de haver Faustão ou Rede Globo) à custa de muito jabá, a quantia que responsáveis por programações de rádio e de televisão cobram de artistas e produtores para reservarem espaço para artistas na programação. Aliás, o jabá é anterior até mesmo à existência do rádio e da televisão. Nos teatros do século XIX, era comum os produtores e artistas jabazeiros colocarem plateias pagas nos espetáculos teatrais e musicais para aplaudirem os artistas, pois os aplausos eram a medida de popularidade dos artistas da época. Hoje em dia o jabá permanece firme e forte na televisão. Fausto Silva finge uma ingenuidade há muito perdida, ao se comportar como se não houvesse jabá em seu próprio programa. Desde a estreia de seu programa dominical em 1989 ele privilegia a música popularesca. Antes do Domingão do Faustão, a grande plataforma jabazeira da Rede Globo era o Cassino do Chacrinha, onde os produtores reservavam espaço para os artistas à custa de eles se apresentarem sem cachê nos clubes do subúrbio carioca em eventos de playback que eram uma espécie de 'Cassino do Chacrinha' itinerante. Esse esquema de jabá foi denunciado pela banda Capital Inicial, que na época ainda não flertava com os artistas da música popularesca, mesmo se apresentando nos mesmos programas de TV.
Embora ainda seja forte na TV, o jabá musical diminuiu drasticamente no rádio, que hoje está entregue ao jabá político-ideológico, esportivo e religioso. O jabá se deslocou para a Internet. Ou alguém ainda é ingênuo o suficiente para acreditar que as listas de músicas mais baixadas, clipes mais visualizados e itens mais curtidos são determinadas só por popularidade?
Está no Houaiss: pôr sob responsabilidade de empresa particular a gestão de (bem público) = privatizar
Em tempos de privatização do Maracanã, lembrei que Paulo Henrique Amorim costuma dizer que as privatizações dos governos lulo-dilmistas não são privatizações. Segundo ele, privatização só ocorre quando há venda de ativos de patrimônio público, como fez o presidente FHC com estatais como a Vale, o sistema Telebrás e várias empresas de energia elétrica. Para o homem da Conversa Afiada, o que Dilma e seus aliados fazem é concessão, com o patrimônio em questão permanecendo como propriedade da União. Como está acontecendo agora com os aeroportos. E está para acontecer com o Maracanã.
No último dia 11 mandei um recado para Paulo Henrique Amorim através do Twitter:
Está no dicionário Houaiss: pôr sob responsabilidade de empresa particular a gestão de (bem público) = privatizar
Pra bom entendedor, 140 caracteres (ou menos) bastam.
No dicionário também está escrita a segunda definição de privatização: realizar (empresa privada) a aquisição ou incorporação de (empresa pública). Como aconteceu na Era FHC.
Tem jornalistas que deveriam voltar para a escola. Não voltam porque querem continuar no engano ou querem enganar os outros.
No último dia 11 mandei um recado para Paulo Henrique Amorim através do Twitter:
Está no dicionário Houaiss: pôr sob responsabilidade de empresa particular a gestão de (bem público) = privatizar
Pra bom entendedor, 140 caracteres (ou menos) bastam.
No dicionário também está escrita a segunda definição de privatização: realizar (empresa privada) a aquisição ou incorporação de (empresa pública). Como aconteceu na Era FHC.
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segunda-feira, 1 de abril de 2013
Regime militar de 1964 é indefensável até sob uma ótica neoliberal
São pouquíssimas as correntes ideológicas que defendem aquele malfadado regime militar de 1964, que completa hoje 49 anos de início (a um ano do cinquentenário, portanto). Por razões óbvias, todas as correntes de esquerda condenam aquele regime. Alguns condenam o regime integralmente, outros condenam apenas a ideologia de direita, mas não o fato de ter sido um regime fechado, já que até hoje apoiam regimes fechados esquerdistas em outras partes do planeta. Conservadores moderados e direitistas moderados também condenaram aquela quartelada. Os daquela época condenaram o golpismo pelo menos a partir do endurecimento do regime. A ponto de Carlos Lacerda (um dos golpistas de 1964, dos mais radicais) ter passado para a oposição (a partir do fim do sonho de uma candidatura presidencial dele) e ter tido seus direitos políticos cassados e Ulysses Guimarães (outro golpista de 1964) ter passado rapidamente para a oposição logo no início do regime e ter se transformado no maior nome da direita moderada na redemocratização do país.
Os que até hoje aprovam e celebram aquela quartelada de 1964 são os da extrema direita. Há os ultraconservadores (que os esquerdistas e os liberais malandramente chamam de conservadores, sem fazer distinção entre conservadores moderados e os ultraconservadores) não envolvidos na repressão armada, como os antigos servidores da Censura Federal que vetaram a divulgação de inúmeras obras durante o regime. E há também os reacionários da extrema direita propriamente dita. Aquela que celebra com os militares golpistas ainda vivos aquela quartelada todo dia 31 de março, fugindo do dia 1º de abril, por ser o Dia da Mentira e o Dia dos Bobos.
Por outro lado, há hoje neoliberais que não se manifestam favoráveis a qualquer aspecto daquela quartelada de 1964. Há pelo menos duas razões. Uma é que o regime militar criou alguma infraestrutura nacional a partir de empresas estatais, algumas delas privatizadas pelos neoliberais desde os anos 90. Neoliberais chamam qualquer criação de infraestrutura estatal de estatismo, em tom bastante pejorativo. Razão pela qual neoliberais não contestam a privataria de Augusto Pinochet, líder daquela outra quartelada: a de 1º de setembro de 1973. Outro ponto que leva neoliberais de hoje a não celebrarem a quartelada brasileira de 1964 é que neoliberais dizem prezar, sobretudo, a eficiência. Tudo sob uma ótica tipicamente capitalista. Não tem nada de interesse público nessa ótica dos neoliberais. Os golpistas de 1964 dizem até hoje terem vindo para livrar o Brasil do comunismo, que é como eles chamam qualquer coisa que lhes lembre esquerda. Sob uma ótica neoliberal, aqueles golpistas não foram totalmente eficientes, pois se foram vitoriosos na quartelada, exterminaram vidas humanas e deixaram sequelas presentes até hoje, eles não eliminaram a esquerda do cenário nacional. Tanto que hoje vemos esquerdistas no poder (entre eles, ex-presos, ex-torturados e ex-exilados) tendo como coadjuvantes alguns apoiadores da quartelada de 1964 e alguns antigos e novos oposicionistas a aquele regime, numa espécie de ecumenismo do mal. Pra não falar em fisiologismo. Ex-presos, ex-torturados, ex-exilados e ex-golpistas de 1964 se tornaram hoje os maiores escroques da política brasileira. Junto com os neoliberais ainda presentes nas três esferas dos poderes executivo e legislativo.
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Marcelo Delfino
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segunda-feira, abril 01, 2013
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