quinta-feira, 28 de março de 2013
A dança dos números nos ônibus cariocas
Continua a dança dos números nas linhas de ônibus municipais cariocas. Várias delas trocaram de número depois do início do fardamento dos ônibus: todos eles pintados com o mesmo padrão, com detalhes mínimos por cores diferenciando os ônibus que operam linhas de um dos quatro consórcios existentes na cidade. A dança é muito cômoda para os politiqueiros tecnocratas do município do Rio de Janeiro e dá um nó na cabeça dos distintos passageiros. Depois da mudança de linhas do consórcio Transcarioca como Praça 15 - Vila Valqueire (de 260 para 363, operada pela Transportes Estrela) e Praça da República - Praça Seca (de 284 para 371, operada pela Viação Novacap), linhas do consórcio Internorte começaram a mudar seus números também. O ônibus da foto é da Pavunense. Ele aparece na frente do Norte Shopping, operando numa linha do consórcio Internorte: a antiga linha 687 (Méier - Pavuna), que está mudando para 615. Na verdade, a maioria dos ônibus dessa linha continua circulando com o número 687, sem qualquer referência ao 615, que é um número bem baixo da casa dos 600. Os números mais próximos são de linhas da região da Barra e de Jacarepaguá, todas de outro consórcio: o Transcarioca, não do Internorte.
Deve ter politiqueiro tecnocrata da área de transportes do município do Rio de Janeiro com números demais na cabeça, querendo enfia-los na cabeça dos passageiros de ônibus. Se ao menos algum deles fosse um compositor talentoso como Raul Seixas (autor da música Os Números, juntamente com Paulo Coelho), poderia até fazer uma música.
terça-feira, 26 de março de 2013
Deveria cair o céu na cabeça da cartolagem e da politicagem carioca
Menos mal que o prefeito Eduardo Paes interditou hoje o Engenhão, antes que aquela cobertura desabasse na cabeça do distinto público.
O que deveria cair é o céu na cabeça da cartolagem e da politicagem carioca. O Engenhão foi projetado pela Delta (fonte: matéria de O Globo) e construído pela Prefeitura ainda na gestão de Cesar Maia para aquele evento mambembe dos Jogos Pan-Americanos de 2007, que juntou um bando de universitários americanos e atletas cucarachos de diversos países. E alguns atletas brasileiros ditos "de ponta" se achando muito, porque em algumas disputas derrotaram esses atletas do escalões inferiores dos esportes olímpicos e/ou pan-americanos.
O Engenhão custou R$ 380 milhões. Quem concluiu a construção foi o consórcio formado pelas empreiteiras baianas Odebrecht e OAS. Cheguei a ver a obra por dentro, na época em que trabalhei no serviço de combate à dengue. Isso foi entre 2006 e 2007, alguns meses antes de concluírem o estádio. Passei vários meses trabalhando exclusivamente no estádio e no espaço em volta ocupado pelas empreiteiras. Eu logo vi que tinha alguma coisa errada com aquele projeto de cobertura do estádio. Aquela estrutura apoiada em quatro gigantescos tubos de aço sustentados por quatro torres de alvenaria não poderia jamais ter sido feita às pressas, como foi feita, para cumprir os prazos do Pan 2007. Esse tipo de obra tem que ser feito com cuidado, e sem correria.
O prefeito atual disse que a obra de construção dos anéis superiores das alas Norte e Sul (previstas apenas para a Olimpíada 2016) não seria mais feita, devido ao alto custo. O prefeito disse que deverão ser feitas "estruturas provisórias", seja lá o que ele quis dizer com isso. O estádio foi arrendado pelo Botafogo, mas continua sendo propriedade da Prefeitura, apesar da negativa de alguns alvinegros paspalhões. Mas agora a municipalidade terá que desembolsar o que gastaria na obra das novas arquibancadas na recuperação ou na reconstrução da cobertura. Devia aproveitar para tirar recursos de obras questionáveis tipo derrubada da Perimetral, BRTrem e o escambau, para consertar essa cobertura (já que o estádio está aí, pior seria fecha-lo definitivamente) e realizar obras ainda mais urgentes, como a reconstrução do Elevado do Joá, que ao meu ver já está prontinho para desabar. Como a cobertura do Engenhão.
Quanto à cartolagem carioca, agora ficaram sem estádio para os jogos do Botafogo, do Flamengo e do Fluminense. A guerra se instalou dentro da torcida vascaína, que se divide entre ceder o Estádio de São Januário para todos os quatro supostos "times grandes" do Rio, ceder só para jogos envolvendo um deles e um "time pequeno" ou de fora do Rio, ou simplesmente continuar usando o estádio só em jogos do Vasco com "times pequenos" ou de fora do Rio. Alguns vascaínos sonham em ver o Vasco recebendo os times rivais em São Januário nos jogos em que o Vasco for mandante. Com o futebolzinho podre que esses quatro "times grandes" estão jogando, o Aterro do Flamengo é o melhor local para transferir as partidas deles todos.
O que deveria cair é o céu na cabeça da cartolagem e da politicagem carioca. O Engenhão foi projetado pela Delta (fonte: matéria de O Globo) e construído pela Prefeitura ainda na gestão de Cesar Maia para aquele evento mambembe dos Jogos Pan-Americanos de 2007, que juntou um bando de universitários americanos e atletas cucarachos de diversos países. E alguns atletas brasileiros ditos "de ponta" se achando muito, porque em algumas disputas derrotaram esses atletas do escalões inferiores dos esportes olímpicos e/ou pan-americanos.
O Engenhão custou R$ 380 milhões. Quem concluiu a construção foi o consórcio formado pelas empreiteiras baianas Odebrecht e OAS. Cheguei a ver a obra por dentro, na época em que trabalhei no serviço de combate à dengue. Isso foi entre 2006 e 2007, alguns meses antes de concluírem o estádio. Passei vários meses trabalhando exclusivamente no estádio e no espaço em volta ocupado pelas empreiteiras. Eu logo vi que tinha alguma coisa errada com aquele projeto de cobertura do estádio. Aquela estrutura apoiada em quatro gigantescos tubos de aço sustentados por quatro torres de alvenaria não poderia jamais ter sido feita às pressas, como foi feita, para cumprir os prazos do Pan 2007. Esse tipo de obra tem que ser feito com cuidado, e sem correria.
O prefeito atual disse que a obra de construção dos anéis superiores das alas Norte e Sul (previstas apenas para a Olimpíada 2016) não seria mais feita, devido ao alto custo. O prefeito disse que deverão ser feitas "estruturas provisórias", seja lá o que ele quis dizer com isso. O estádio foi arrendado pelo Botafogo, mas continua sendo propriedade da Prefeitura, apesar da negativa de alguns alvinegros paspalhões. Mas agora a municipalidade terá que desembolsar o que gastaria na obra das novas arquibancadas na recuperação ou na reconstrução da cobertura. Devia aproveitar para tirar recursos de obras questionáveis tipo derrubada da Perimetral, BRTrem e o escambau, para consertar essa cobertura (já que o estádio está aí, pior seria fecha-lo definitivamente) e realizar obras ainda mais urgentes, como a reconstrução do Elevado do Joá, que ao meu ver já está prontinho para desabar. Como a cobertura do Engenhão.
Quanto à cartolagem carioca, agora ficaram sem estádio para os jogos do Botafogo, do Flamengo e do Fluminense. A guerra se instalou dentro da torcida vascaína, que se divide entre ceder o Estádio de São Januário para todos os quatro supostos "times grandes" do Rio, ceder só para jogos envolvendo um deles e um "time pequeno" ou de fora do Rio, ou simplesmente continuar usando o estádio só em jogos do Vasco com "times pequenos" ou de fora do Rio. Alguns vascaínos sonham em ver o Vasco recebendo os times rivais em São Januário nos jogos em que o Vasco for mandante. Com o futebolzinho podre que esses quatro "times grandes" estão jogando, o Aterro do Flamengo é o melhor local para transferir as partidas deles todos.
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Marcelo Delfino
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terça-feira, março 26, 2013
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Gafe de apresentador da afiliada do SBT no Maranhão
Fonte: TV Magazine.
Bellneri
Data: 15/03/2013 00:32
Olhem a gafe mítica do apresentador Zé Cirilo (TV Difusora, afiliada do SBT no Maranhão), que não só anunciou a morte de Chorão chamando-o de "Chales Brown", como achou estar falando de Carlinhos Brown! E ao som de Benito di Paula. Assistam.
E ainda tentou se redimir:
Nada surpreendente, vindo da TV do senador Lobão Filho. Qualquer dia desses, Zé Cirilo confundirá o patrão com aquele cantor egresso do rock oitentista. Se já não o fez.
Bellneri
Data: 15/03/2013 00:32
Olhem a gafe mítica do apresentador Zé Cirilo (TV Difusora, afiliada do SBT no Maranhão), que não só anunciou a morte de Chorão chamando-o de "Chales Brown", como achou estar falando de Carlinhos Brown! E ao som de Benito di Paula. Assistam.
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Nada surpreendente, vindo da TV do senador Lobão Filho. Qualquer dia desses, Zé Cirilo confundirá o patrão com aquele cantor egresso do rock oitentista. Se já não o fez.
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sexta-feira, 22 de março de 2013
É assim que se faz uma Copa do Mundo?
COMENTÁRIO DESTE BLOGUE: Infelizmente, o grupo político de Sérgio Cabral Filho e Eduardo Paes são dotados de decisões autoritárias. Eles acham que, agindo assim, estão promovendo o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro e sua capital, enfrentando oposições aos seus projetos "progressistas". Mas num momento ou em outro eles mostram que não têm a menor sensibilidade com o interesse público, parecendo que estão governando para turistas. E hoje eles realizaram a expulsão das tribos indígenas da Aldeia Maracanã, mesmo com todos os clamores de juristas e ativistas sociais em defesa dos índios.
É assim que se faz uma Copa do Mundo?
Por Fernanda Sánchez* - Reproduzido do blogue Maria da Penha Neles e do blogue de Raquel Rolnik
Nesta sexta-feira, o Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu a Aldeia Maracanã, antigo Museu do Índio, e agiu com extraordinária truculência. Os policiais jogaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, gás pimenta, bateram nos manifestantes e prenderam ativistas e estudantes. A Aldeia estava ocupada desde o ano de 2006 por grupos representativos de diferentes nações indígenas que, nos últimos tempos, diante do projeto de demolição do prédio (para aumentar a área de dispersão do Estádio do Maracanã, estacionamento e shopping), vinham resistindo.
As lideranças indígenas são apoiadas por diversos movimentos sociais, estudantes, pesquisadores, universidades, comitês populares, organizações nacionais e internacionais de defesa dos Direitos Humanos, redes internacionais e outras organizações da sociedade civil. A luta dos índios e o conflito estabelecido entre o governo e o movimento resultaram num importante recuo do governo, que diante da pressão social desistiu da demolição do prédio e passou a defender a sua “preservação”. A desocupação do prédio foi decretada, com hora marcada. Os índios, no entanto, continuaram a resistir, apoiados por diversas organizações.
Certamente essa posição política ensina muito mais aos cidadãos cariocas e ao mundo sobre preservação, direitos e cidades do que as violentas ações que vêm sendo mostradas nos diversos meios. Para os índios e para as organizações sociais que os apoiam, preservar o prédio vai muito além de preservar sua materialidade. A essência da preservação, neste caso como em muitos outros, está na preservação das relações sociais, usos e apropriações que lhe dão sentido e conteúdo. Seria um exemplo para o Brasil e para o mundo a preservação da Aldeia Maracanã, o reconhecimento de seu uso social e a pactuação democrática acerca da reabilitação arquitetônica do edifício.
Cada vez que se comete um ato de violência que coloca em risco a integridade de um grupo social indígena, se esfacela sua cultura, seu modo de vida, suas possibilidades de expressão. É uma porta que se fecha para o conhecimento da humanidade, como dizia Levi-Strauss. É essa a Copa do Mundo que o governo quer fazer? É esse espetáculo da violência, a lição civilizatória que o Rio de Janeiro tem para mostrar ao mundo? A política-espetáculo tem um efeito simbólico: mostrar que o avanço do projeto de cidade, rumo aos megaeventos esportivos, far-se-á a qualquer custo.
Direitos humanos, democracia e pactuação estão fora da agenda deste projeto de cidade. Os manifestantes, em absoluta condição de desigualdade frente à força policial e seu aparato de violência, lançaram mão de instrumentos bem diferentes daqueles utilizados pelo Batalhão de Choque: ocuparam o prédio para apoiar os índios, resistiram à sua desocupação e manifestaram, no espaço público, nas ruas e avenidas do entorno do complexo do Maracanã, sua reprovação e indignação frente à marcha violenta desta política.
*Fernanda Sánchez é professora da UFF e pesquisadora sobre megaeventos e as cidades.
Supervia e governo do estado do Rio de Janeiro prometem reativar o ramal ferroviário Santa Cruz - Itaguaí
Tomara mesmo que volte, pois aquela região está em crescimento acelerado, tanto em Itaguaí como em Santa Cruz. No ano passado, a Supervia no Twitter estava mostrando seu programa de investimento em seu site e nele nem sequer mostrava o ramal de Itaguaí no seu programa de investimentos. Diante disso, nós do Fatos Gerais questionamos sobre ele e a mesma havia dito que não tinha planos naquele momento de reativa-lo. Todavia, nós comentamos que o presidente da Supervia prometeu em audiência na Alerj reativa-lo até 2015. Após isso, eles apagaram a postagem no Twitter em que dizia que não havia planos para reativação do supracitado ramal e em seguida disseram que estão estudando reativa-lo.
Diante deste fato e da noticia veiculada pelo O Dia e pela Revista Ferroviária, nós torcemos para que o mesmo seja de fato reativado. Que ele não seja promessa eleitoreira, visto que o vice governador é pré-candidato ao governo do estado. Tomara que de fato ele volte de verdade. Aquela região carece dele e a Rio - Santos já está ficando saturada.
Ramal de trens de Santa Cruz pode voltar a Itaguaí
22/03/2013 - O Dia (RJ)
De olho no crescimento da Baixada Fluminense nos próximos 15 anos, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, anunciou nesta quinta-feira, durante seminário promovido pela Firjan sobre o futuro da região, a extensão do ramal ferroviário de Santa Cruz até Itaguaí.
Outros investimentos de melhoria na mobilidade urbana, como a ampliação da Via Light até Madureira, com licitação marcada para o mês que vem, devem sair do papel ainda este ano.
O projeto de reativação da linha férrea do ramal Itaguaí, desativada desde a década de 1980, tem prazo até 2015 para ser concluído pela SuperVia. No entanto, a concessionária aguarda a atuação do Estado, para desapropriar centenas de imóveis que tomam a via férrea irregularmente. A partir de 2016, Itaguaí deve abrigar uma enorme base offshore da Petrobras.
No relatório de nove páginas, mais de mil profissionais ligados à Firjan, criaram dezenas de ações para preparar a Baixada nos próximos anos. As sugestões foram desde a melhoria no abastecimento de água e gás natural até a construção de uma nova rodovia ligando a Baixada até a capital, na tentativa de desafogar a Rodovia Presidente Dutra.
Os 70 quilômetros do Arco Metropolitano, que ligará o Porto de Itaguaí ao Complexo Petroquímico em Itaboraí foi o investimento apontado como “essencial” no seminário. As obras, que começaram com dois anos de atraso, serão concluídas até dezembro.
Participaram os prefeitos de Mangaratiba, Itaguaí, Seropédica, Queimados, Japeri, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis e Paracambi.
Pedido de UPP na região
De todos os desafios apontados no relatório da Firjan, a segurança foi um dos temas mais preocupantes. Antes de iniciar o seminário, o presidente regional da Baixada da Fundação, Carlos Erane de Aguiar, pediu ao vice-governador, a chegada da UPP na Baixada.
“A insegurança afasta investidores e rebaixa a atratividade de capital para região”, explicou. Na defensiva, Pezão ressaltou que vai abrir concurso para seis mil policiais neste ano, mas não revelou quando a Baixada receberá uma UPP.
Outros investimentos de melhoria na mobilidade urbana, como a ampliação da Via Light até Madureira, com licitação marcada para o mês que vem, devem sair do papel ainda este ano.
O projeto de reativação da linha férrea do ramal Itaguaí, desativada desde a década de 1980, tem prazo até 2015 para ser concluído pela SuperVia. No entanto, a concessionária aguarda a atuação do Estado, para desapropriar centenas de imóveis que tomam a via férrea irregularmente. A partir de 2016, Itaguaí deve abrigar uma enorme base offshore da Petrobras.
No relatório de nove páginas, mais de mil profissionais ligados à Firjan, criaram dezenas de ações para preparar a Baixada nos próximos anos. As sugestões foram desde a melhoria no abastecimento de água e gás natural até a construção de uma nova rodovia ligando a Baixada até a capital, na tentativa de desafogar a Rodovia Presidente Dutra.
Os 70 quilômetros do Arco Metropolitano, que ligará o Porto de Itaguaí ao Complexo Petroquímico em Itaboraí foi o investimento apontado como “essencial” no seminário. As obras, que começaram com dois anos de atraso, serão concluídas até dezembro.
Participaram os prefeitos de Mangaratiba, Itaguaí, Seropédica, Queimados, Japeri, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis e Paracambi.
Pedido de UPP na região
De todos os desafios apontados no relatório da Firjan, a segurança foi um dos temas mais preocupantes. Antes de iniciar o seminário, o presidente regional da Baixada da Fundação, Carlos Erane de Aguiar, pediu ao vice-governador, a chegada da UPP na Baixada.
“A insegurança afasta investidores e rebaixa a atratividade de capital para região”, explicou. Na defensiva, Pezão ressaltou que vai abrir concurso para seis mil policiais neste ano, mas não revelou quando a Baixada receberá uma UPP.
RF – Leia na íntegra a nota enviada pela SuperVia à imprensa:
“A SuperVia, que atua no Rio de Janeiro e em mais 11 municípios da região metropolitana, investe, em parceria com o Governo do Estado, R$ 2,4 bilhões na revitalização de todo o sistema ferroviário. Entre as intervenções previstas está a reativação do trecho entre Santa Cruz e Itaguaí, que contemplará a substituição de trilhos e dormentes, aquisição de novas composições e construção de estações e plataformas. Para dar início ao projeto, serão necessárias desapropriações na região e obtenção de licenças ambientais, que são de responsabilidade do Governo Estadual.”
Fonte: O Dia e Revista Ferroviária
quinta-feira, 21 de março de 2013
Combat 18 ou CCC? Não importa. São igualmente extremistas
Algumas pessoas que não tem inteligência nem sabedoria para arrumar uma boa ideia nem para rebater ideias das quais discordam partem para a agressão física ou injuriosa, muitas vezes se aproveitando do anonimato. Em pleno Rio de Janeiro, uma cidade formada por descendentes de habitantes das mais variadas origens (fora as tribos originais cariocas há muito tempo extintas), surge um grupo neonazista autointitulado Combat 18, fazendo sua propaganda de ódio contra desafetos, ameaçando-os de morte e tudo mais. Os caras espalharam cartazes na Lapa, bairro boêmio da cidade. O alvo de agora são os comunistas. Mas pode ser também qualquer pessoa que eles classifiquem como comunista, mesmo sem ser de fato.
Segundo relatos publicados no Facebook, o 18 do nome Combat 18 faz referência às iniciais do nome de Adolf Hitler. A é a primeira letra do alfabeto e H é a oitava letra no alfabeto latino. o grupo surgiu na Inglaterra e já se espalhou por vários países.
É melhor a sociedade carioca reagir contra esses caras. Inclusive cidadãos não alvos dessa corja (mas que poderão se-lo no futuro) e, principalmente, as autoridades. Como os covardões são anônimos, eles devem estar infiltrados por aí. Assim como os caras do CCC estão por aí até hoje.
sábado, 16 de março de 2013
A ligação dos donos da UOL 89 FM com a ditadura militar
Acima, da esq., os empresários José Camargo, José Camargo Jr. e Neneto Camargo, da 89, e Otávio Frias Filho, da Folha de São Paulo, donos da atual UOL 89 FM. Abaixo, Paulo Maluf, uma viatura da Folha incendiada por manifestantes e o general Mário Andreazza.
Um fato sombrio está nos registros da imprensa e da História e que colocam em xeque o caráter supostamente "vanguardista" da suposta "rádio rock" UOL 89 FM, no ar desde dezembro passado, como continuidade da famigerada 89 FM.
Sabe-se que, como rádio de rock, a conduta da 89 FM sempre foi bastante duvidosa para o segmento. Apesar do logotipo impactuante, a rádio nunca teve o estado de espírito necessário nem adotava uma linguagem apropriada que a colocasse como rádio de rock de verdade, sendo mais bem-sucedida pelo poderio político de seus donos e pelo marketing em torno da rádio.
Evidentemente, quando a 89 FM voltou ao ar, muita gente falou besteira. Diziam que ela era "rádio rock de verdade", que São Paulo estava órfã de uma grande rádio de rock - e continua estando, apesar dos esforços da Kiss FM (mas ela ainda está longe de ser uma 97 Rock dos tempos áureos) - , que a 89 era "a única e verdadeira rádio rock", "a melhor rádio rock do mundo", entre outros adjetivos delirantes.
Ouvindo a emissora, vi que nada disso valiam os adjetivos exagerados. A programação é meramente hit-parade. A rádio adota um estilo de locução de rádio pop das mais imbecis. As músicas se repetem constantemente e não há criatividade na escolha de músicas a serem tocadas, e a grade de programação inclui programas de besteirol, game shows inócuos e até programas de piadas e futebol (?!).
Pior é aguentar o fanatismo de internautas adeptos da 89 FM, conhecidos pelo seu temperamentalismo e reacionarismo altos. É como se o jornalista de Veja, Reinaldo Azevedo, fosse um punk adolescente. Eles pensam a cultura rock com o umbigo e desprezam completamente a realidade da cultura rock em volta. "Que o mundo se dane!! Só vale o que a gente pensa!!", esta é sua "filosofia".
Se compararmos o oba-oba da volta da 89 FM e todos os eventos de recordação da antiga Fluminense FM - cuja exposição eu pude conferir com meus amigos Leonardo Ivo, Marcelo Delfino e meu irmão Marcelo Pereira, no ano passado - , dá para ver uma grande diferença.
A celebração da Fluminense FM e seus trinta anos de aparecimento era um evento humano, onde se recordava não apenas uma rádio que tocava rock, mas uma trajetória de vida, um trabalho profissional que não foi muito fácil, que gerou uma grande credibilidade mas não permitiu que o formato da antiga Maldita fosse ampliado para o resto do país.
A festa de relançamento da 89 FM era apenas uma festinha de convidados vip associados à rádio. Uma badalação digna de aparecer na revista Caras, que por sinal já publicou várias notas em favor dos acionistas majoritários da rádio, José Camargo, José Camargo Jr. e Neneto Camargo, do Grupo Camargo de Comunicação, dono não só da 89 mas também da rádio brega-popularesca Nativa FM.
Numa pesquisa cuidadosa, vi que José Camargo já era conhecido como deputado federal pelo PDS e PFL, mas com carreira política surgida na ARENA. Ele tinha fortes ligações com Paulo Maluf e havia apoiado também Mário Andreazza, um dos generais da ditadura militar.
Vendo que os donos da 89 FM cederam uma parte das ações para o Universo On Line, isso significa que o empresário Otávio Frias Filho também se tornou dono da 89 FM, já que o UOL é ligado ao jornal Folha de São Paulo, conhecido por suas posturas reacionárias em favor do PSDB.
Só que a Folha, tal qual o Grupo Camargo de Comunicação, também tem como pano de fundo o apoio à ditadura militar, tendo oferecido suas viaturas para o transporte de presos políticos para as prisões do DOI-CODI, na capital paulista.
Conhecendo esse ponto sombrio, dá para perceber o quanto a cultura rock, associada a um processo social de rebelião cultural e política, entra em sério conflito com a 89 FM, com seus donos ligados a um pano de fundo político ideológico nada agradável aos verdadeiros apreciadores do rock.
Chega a ser estranho que músicos de Rock Brasil, inclusive punks, de relevância como Clemente e Philippe Seabra aprovem a volta da 89 FM, quando os músicos e os donos da rádio andavam em caminhos ideológicos diferentes. Mas, infelizmente, em nome da visibilidade e outras vantagens, joga-se os princípios na lata de lixo. Vide o PT...
Espera-se que as pessoas se atentem por esse aspecto sombrio que explica o quanto a 89 FM nunca esteve comprometida com um perfil de rádio de rock autêntico, como eram as antigas Fluminense e 97 FM. Seus interesses não eram apenas comerciais, mas politiqueiros, e o temor é que o Grupo Folha utilize a UOL 89 FM para reciclar seu poderio sobre a sociedade paulista.
Esse é o perigo que poucos percebem. O de que os grandes senhores do poder midiático, indiferentes ao interesse público, usem uma "rádio rock" para criar uma base de apoio juvenil, o que poderá gerar, no futuro, adultos bastante reacionários e autoritários.
quinta-feira, 7 de março de 2013
Industria de celulares quer barrar celulares xing-lings para poder voltar a praticar o Lucro Brasil
Celulares Xing-lings
Eles querem penalizar a população pelo fato de esta se recusar a pagar pelo preço superfaturado dos celulares que vendem. Como eles não conseguem convencer a população do contrário, agora eles estão pressionando a Anatel e as operadoras para barrar os xing-lings. Em 2009, o Fatos Gerais tratou deste assunto.
Antes da chegada dos xing-lings, um simples celular dual chip custava em torno de R$1000,00. Com a chegada deles, os fabricantes tiveram que colocar o preço real do equipamento, ou seja, o preço de mercado, que é o preço que ele custa de verdade. Uma vez que aqui eles vendiam o mesmo aparelho com preços três vezes mais caros que os que eles vendem lá fora. Tal situação assim como o caso dos automóveis, denuncia o Lucro Brasil, onde uma mercadoria custa três vezes mais no Brasil do que em qualquer lugar do mundo, sem os impostos embutidos. Diante disso, o argumento de que a carga tributária era culpa de tudo cai por terra, e no caso dos celulares, os xing-lings desmistificaram isso.
Quando os xing-lings chegaram no Brasil, eles tinham os mesmos recursos ou até o dobro dos celulares legalizados, porém sendo vendidos pela metade do preço destes últimos. Isso forçou os fabricantes a baixarem os preços dos celulares que fabrica assim como aperfeiçou os mesmos. Pode-se comparar isso indiretamente, a abertura econômica feita pelo ex-presidente Fernando Collor, onde antes se vendia equipamentos de baixa qualidade e defasados tecnológicamente a peso de ouro e que com a entrada dos importados, a industria foi obrigada a se reinventar para sobreviver.
Siemens CF75
Sony Ericsson R306
Quanto a qualidade, isso é discutível, uma vez que os celulares fabricados pelas marcas oficiais também apresentam os mesmos problemas ou até piores. Já houve casos de um celular de uma marca famosa explodir nas mãos de um usuário.Isso sem contar os erros de projetos, onde eles lançam um celular no mercado e ele acaba dando tanto defeito que eles são obrigados a tira-los do mercado, como foi o caso do R306 da Sony Ericsson, que após dar um monte de defeito, eles tiveram que trocar junto aos clientes estes celulares por outros similares ( este foi o meu caso). Isso quando tal fato não provoca a saída do próprio fabricante do mercado, como foi o caso da Siemens que fabricou um modelo de celular, o CF75, que causou uma reputação tão ruim para ela que a mesma se viu obrigada a sair do mercado de celulares. E tem também o caso das assistência técnicas cujo o serviço é sofrível. Pelo menos quem compra um xing-ling sabe que ele é descartável e que vai durar pouco, sendo que muitas vezes se surpreende positivamente com ele, uma vez que ele pode durar até mais de três anos. E o caso do celular que eu dei para minha mãe.
Com esta medida corporativista e elitista quem se prejudica é o pobre que fica impedido de comprar um celular relativamente bom e que vai atender as expectativas dele, justamente para que os fabricantes possam voltar a praticar o Lucro Brasil. Isso sem contar que lhe tiram uma opção e o seu direito de escolha, pois tais questões de decisão pessoal pertence exclusivamente ao individuo e isso eles querem suprimir de nós. Portanto, não deixemos isso acontecer. Vamos lutar contra isso.
Chamados de piratas, estes aparelhos costumam chegar ao Brasil por meio de contrabando e geralmente são vendidos em camelôs e sites. O comércio paralelo levanta polêmica e há anos incomoda os fabricantes legalmente instalados por aqui.
O documento cobra uma "solução tecnológica para coibir o uso de estações móveis não certificadas, com IMEI adulterado, clonado ou outras formas de fraude nas redes do SMP". A sigla para 'International Mobile Equipment Identity" vem grafada em todos os celulares e dentro dela há um número que os identifica. No caso dos não-homologados, este registro é clonado para enganar as operadoras.
A operação deverá ser conduzida com cautela para não prejudicar os donos das milhões de unidades piratas em serviço no Brasil. O desligamento da base destes aparelhos será gradual "de modo a minimizar os impactos sobre a população", esclarece o texto. Depois de instaurado o sistema, novos terminais piratas terão o acesso negado.
Para garantir sucesso ao plano, o documento prevê que as operadoras façam campanhas públicas de conscientização. Além disso, há preocupação em preservar os celulares estrangeiros em atividade no país - já que muitos deles não são homologados - e uma solução deverá ser encontrada para minimizar transtornos a este respeito.
De acordo com o Mobile Time, o assunto está sendo coordenado pelo SindiTeleBrasil, representante das operadoras, e o prazo para que o sitema entre em vigor é janeiro de 2014. Procurada pelo Olhar Digital, a Anatel não comenta o assunto.
Olhar Digital
Eles querem penalizar a população pelo fato de esta se recusar a pagar pelo preço superfaturado dos celulares que vendem. Como eles não conseguem convencer a população do contrário, agora eles estão pressionando a Anatel e as operadoras para barrar os xing-lings. Em 2009, o Fatos Gerais tratou deste assunto.
Antes da chegada dos xing-lings, um simples celular dual chip custava em torno de R$1000,00. Com a chegada deles, os fabricantes tiveram que colocar o preço real do equipamento, ou seja, o preço de mercado, que é o preço que ele custa de verdade. Uma vez que aqui eles vendiam o mesmo aparelho com preços três vezes mais caros que os que eles vendem lá fora. Tal situação assim como o caso dos automóveis, denuncia o Lucro Brasil, onde uma mercadoria custa três vezes mais no Brasil do que em qualquer lugar do mundo, sem os impostos embutidos. Diante disso, o argumento de que a carga tributária era culpa de tudo cai por terra, e no caso dos celulares, os xing-lings desmistificaram isso.
Quando os xing-lings chegaram no Brasil, eles tinham os mesmos recursos ou até o dobro dos celulares legalizados, porém sendo vendidos pela metade do preço destes últimos. Isso forçou os fabricantes a baixarem os preços dos celulares que fabrica assim como aperfeiçou os mesmos. Pode-se comparar isso indiretamente, a abertura econômica feita pelo ex-presidente Fernando Collor, onde antes se vendia equipamentos de baixa qualidade e defasados tecnológicamente a peso de ouro e que com a entrada dos importados, a industria foi obrigada a se reinventar para sobreviver.
Siemens CF75
Sony Ericsson R306
Quanto a qualidade, isso é discutível, uma vez que os celulares fabricados pelas marcas oficiais também apresentam os mesmos problemas ou até piores. Já houve casos de um celular de uma marca famosa explodir nas mãos de um usuário.Isso sem contar os erros de projetos, onde eles lançam um celular no mercado e ele acaba dando tanto defeito que eles são obrigados a tira-los do mercado, como foi o caso do R306 da Sony Ericsson, que após dar um monte de defeito, eles tiveram que trocar junto aos clientes estes celulares por outros similares ( este foi o meu caso). Isso quando tal fato não provoca a saída do próprio fabricante do mercado, como foi o caso da Siemens que fabricou um modelo de celular, o CF75, que causou uma reputação tão ruim para ela que a mesma se viu obrigada a sair do mercado de celulares. E tem também o caso das assistência técnicas cujo o serviço é sofrível. Pelo menos quem compra um xing-ling sabe que ele é descartável e que vai durar pouco, sendo que muitas vezes se surpreende positivamente com ele, uma vez que ele pode durar até mais de três anos. E o caso do celular que eu dei para minha mãe.
Com esta medida corporativista e elitista quem se prejudica é o pobre que fica impedido de comprar um celular relativamente bom e que vai atender as expectativas dele, justamente para que os fabricantes possam voltar a praticar o Lucro Brasil. Isso sem contar que lhe tiram uma opção e o seu direito de escolha, pois tais questões de decisão pessoal pertence exclusivamente ao individuo e isso eles querem suprimir de nós. Portanto, não deixemos isso acontecer. Vamos lutar contra isso.
Celulares piratas com os dias contados no Brasil
Anatel cobra das operadoras um sistema de combate aos aparelhos não-homologados Ofício enviado em 16 de janeiro pela Anatel às operadoras determina que elas construam em um ano um sistema para identificar e bloquear o uso de celulares não-homologados no país. A informação foi obtida pelo Mobile Time, que teve acesso ao documento.Chamados de piratas, estes aparelhos costumam chegar ao Brasil por meio de contrabando e geralmente são vendidos em camelôs e sites. O comércio paralelo levanta polêmica e há anos incomoda os fabricantes legalmente instalados por aqui.
O documento cobra uma "solução tecnológica para coibir o uso de estações móveis não certificadas, com IMEI adulterado, clonado ou outras formas de fraude nas redes do SMP". A sigla para 'International Mobile Equipment Identity" vem grafada em todos os celulares e dentro dela há um número que os identifica. No caso dos não-homologados, este registro é clonado para enganar as operadoras.
A operação deverá ser conduzida com cautela para não prejudicar os donos das milhões de unidades piratas em serviço no Brasil. O desligamento da base destes aparelhos será gradual "de modo a minimizar os impactos sobre a população", esclarece o texto. Depois de instaurado o sistema, novos terminais piratas terão o acesso negado.
Para garantir sucesso ao plano, o documento prevê que as operadoras façam campanhas públicas de conscientização. Além disso, há preocupação em preservar os celulares estrangeiros em atividade no país - já que muitos deles não são homologados - e uma solução deverá ser encontrada para minimizar transtornos a este respeito.
De acordo com o Mobile Time, o assunto está sendo coordenado pelo SindiTeleBrasil, representante das operadoras, e o prazo para que o sitema entre em vigor é janeiro de 2014. Procurada pelo Olhar Digital, a Anatel não comenta o assunto.
Olhar Digital
terça-feira, 5 de março de 2013
ICMBIO libera desmatamento criminoso no Corcovado para atender a industria hoteleira
Enquanto emissoras como Kiss FM e Senado FM sofrem para instalar seus equipamentos no Sumaré sem derrubar uma única árvore sequer, este órgão maldito libera um desmatamento gigantesco na região do Corcovado para atender a interesses particulares da industria hoteleira. Enquanto isso, quem quer promover o interesse público com cultura de qualidade ou informação, é boicotado pelo órgão supracitado pela reportagem. Leiam:
Corte de árvores no Hotel das Paineiras gera indignação
Pio de pássaros e canto de cigarras foram substituídos pelo som agressivo das motosseras
Caio Lima*
De acordo com trecho da nota oficial emitida pela direção do Parque Nacional da Tijuca ao Jornal do Brasil, “a supressão de vegetação foi autorizada pelo Instituto Chico Mendes para implantação do Complexo Paineiras, projeto selecionado em concurso público nacional de arquitetura organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil e previsto no plano de manejo do Parque Nacional da Tijuca”.
Há 15 anos fazendo diariamente o trajeto de subida e descida ao morro do Corcovado, o taxista Rubens Júnior diz que já denunciou o desmatamento na região.
“Uma vez até falei diretamente com um guarda da polícia florestal que passava por aqui e denunciei os cortes de árvores. Ele disse para eu procurar outros órgãos ambientais e que não podia fazer nada. Como isso? Ele não é um guarda para coibir qualquer tipo de crime ambiental?”, indaga indignado o taxista.
Ainda segundo Rubens Júnior, os cortes das árvores estão sendo feitos sem nenhuma segurança e para quem quiser ver: “é de dia e de noite e sem nenhum tipo de isolamento da área. Outro dia pessoas que vinham visitar o Cristo passavam embaixo de uma árvore enquanto seus galhos iam caindo”.
Para a deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ), a lei de uso de solo do Rio de Janeiro permite esse tipo de coisa, que requer compensações", comentou. Outro dia uma amiga quis remover duas árvores de seu terreno, com o compromisso de plantar outras duas, e não conseguiu autorização. Mas para este tipo de situação as normas parecem ser outras", ironizou.
Falta de transparência
Para os trabalhadores da região das Paineiras, além do problema da derrubada de árvores, que segundo eles já está mudando o ecossistema local, a revolta é por conta da falta de informação sobre a prática, autorizada pelo ICMBio.
“Eles fazem às escondidas, sem dizer nada para ninguém. Está claro que não se prontificaram em proteger a natureza. Pelo que sei, não existe pretensão de remanejar a vegetação. O grande problema é o ecossistema. Antes era comum vermos, por exemplo, tucanos se alimentando nas árvores vizinhas”, ressalta um trabalhador do local, que também não se identificou, temendo represálias.
Parque dá sua versão
Procurada pelo Jornal do Brasil, a administração do Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo ICMBio, enviou uma nota oficial para esclarecer a situação. Confira abaixo a íntegra:
A supressão de vegetação foi autorizada pelo Instituto Chico Mendes para implantação do Complexo Paineiras, projeto selecionado em concurso publico nacional de arquitetura organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil e previsto no plano de manejo do Parque Nacional da Tijuca.
A revitalização do antigo Hotel das Paineiras incluirá estacionamento subterrâneo, exposição educativa, café, restaurante panorâmico, loja de souvenir e mini centro de convenções, proporcionando maior conforto para os visitantes que procuram o Corcovado e ordenando a visitação, o que reduzirá o impacto do turismo no Parque.
É importante destacar que a área de intervenção já foi objeto de diversas obras e aterros para construção do próprio hotel e da estrada, mas mesmo assim foram tomados todos os cuidados ambientais, com realização de sondagem no solo e inventário completo das árvores.
As árvores que estão sendo retiradas são, em sua maioria, exóticas, ou seja de espécies que não ocorrem na Mata Atlântica, e sua retirada também já estava prevista no plano de manejo. As árvores nativas serão compensadas com plantio de 3 vezes o número de indivíduos em outras áreas do Parque.
O processo de ordenamento da visitação do Corcovado já apresenta bons resultados na recuperação da vegetação na estrada entre as paineiras e o Corcovado, após a proibição de acesso e estacionamento de veículos particulares.
*Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil
JB
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