Nádia Guerlenda (Folha)
O Tribunal Superior Eleitoral aprovou a criação do 30º partido político do Brasil, o PEN (Partido Ecológico Nacional).
O partido não poderá participar das eleições municipais desse ano, já
que é necessário que sua criação seja aprovada um ano antes das
eleições que pretende disputar.
O presidente da sigla, Adilson Barroso, afirmou que o partido defende
“várias causas, mas sempre com o foco na sustentabilidade”. Ele disse
que não haverá, a princípio, um alinhamento da sigla com a oposição ou
com o governo, e que isso dependerá das propostas de cada lado.
“Foi uma luta de cinco anos [para a aprovação]. Fiquei muito feliz
porque a decisão veio exatamente na semana em que se discute,
mundialmente, a questão ambiental”, afirmou, referindo-se à Rio+20.
De acordo com o Barroso, devem migrar para o PEN entre 10 e 15
deputados federais, o que já garantiria uma liderança na Câmara e
colocaria o partido entre os 12 maiores do país. Ele não informou os
nomes dos deputados, mas disse que entre eles estão integrantes do
recém-criado PSD.
“Seremos muito assediados, porque há um descontentamento muito grande
de alguns deputados com seus partidos”, afirmou o advogado da sigla,
Paulo Fernando Melo.
Outro nome que receberá convite é a ex-candidata à presidência Marina
Silva, ex-PV. “Ela será convidada e, se aceitar, eu passarei a
presidência do partido a ela, que se quiser pode se candidatar à
Presidência da República pelo PEN”, afirmou Barroso.
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“BOA IDEIA”
O número dado ao PEN será o 51, nome de uma famosa cachaça. O
ministro do TSE e do STF, Marco Aurélio de Mello, percebeu a
coincidência e brincou, ao final da sessão que deliberou a criação do
PEN, que o partido seria então “uma boa ideia”.
Possibilidade de slogan para o recém-criado partido? “Não, o nosso é ainda melhor: uma grande ideia”, respondeu o advogado Melo.
Tribuna da Imprensa
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