quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Radio Antena 1 e Guarujá Am de Santa Catarina poderão dar lugar a projetos do grupo Record/IURD



Infelizmente a Radio Antena 1 poderá morrer mais uma vez, dessa vez em Santa Catarina. E ela não vai morrer sozinha, morrerá também junto com uma AM, a Guarujá AM 1420. Tal morte poderá ser ocasionada por conta de a IURD arrendar ou comprar estes dois canais para colocar a IURD Tv ou na melhor das hipóteses, montar ŕadios ecléticas como a Rede Guaíba. Ha rumores de que eles queiram criar um grupo de comunicação espelho da Rede RBS para concorrer com esta. De qualquer forma, este grupo de comunicação é bem controverso, pois vem tomando decisões bem inusitadas, como acabar com as Radios Record AM RJ e SP e com a Rede Aleluia, de forma bem confusa e sem motivo aparente. Quando a Antena 1, agora chegou a vez de os catarinenses lutarem por ela, antes que seja tarde de mais. Leiam a reportagem do Tudo Radio e adiantado em primeira mão pelo forum do site Radio Escuta.

Exclusivo: Antena 1 e Guarujá devem deixar Florianópolis

Duas das mais tradicionais emissoras de rádio de Santa Catarina serão fechadas em dezembro, segundo informações locais. A Rádio Guarujá AM 1420 e a Antena 1 FM 92.1, ambas do Grupo Hoepcke de Rádio, serão arrendadas para a Igreja Universal do Reino de Deus que passa a contar com pelo menos três emissoras de rádio na capital catarinense, sendo uma AMs e duas FMs.


O fato se manteve sob sigilo desde o fim da semana passada. Funcionários da Rádio Guarujá, tradicional na cobertura esportiva e uma das pioneiras de Santa Catarina, foram surpreendidos pelo aviso prévio nesta semana. A Guarujá foi a terceira emissora a ser criada em Santa Catarina. Sua fundação deu-se no dia 14 de maio de 1943. Antes dela, vieram apenas a Rádio Clube de Blumenau e a Difusora de Joinville.

Já a 92.1 FM começou sua história em 1977, com o nome de Guarujá FM, com uma programação essencialmente musical, voltada para o público adulto.No início da década de 80, a Guarujá FM passa a se denominar Antena 1 e passa a operar a sua programação, que continua local, com DJ, tocando todos os gêneros. No ano de 1996, a rádio se afilia a rede Antena 1, transmitindo sua programação via-satélite, diretamente de São Paulo, tendo a mesma programação em toda a Rede Antena 1 de todo o Brasil.

A Igreja Universal do Reino de Deus já dispõe da Rede Aleluia FM 99.3 na capital catarinense, além de outras repetidoras dessa rede em Criciúma (96.3 FM) e Blumenau / Indaial (106.3 FM). Já a Antena 1 segue no ar em Santa Catarina através das emissoras 96.5 FM de Blumenau, 107.1 FM de Chapecó e 95.3 FM de Porto União. Em Florianópolis a Antena 1 detém a liderança no segmento adulto-contemporâneo segundo medição do Instituto Ibope, superando a concorrente Itapema FM 95.3 da RBS.

Em breve mais detalhes sobre esse caso, entre outras novidades que deverão atingir o rádio da capital catarinense.

Extra! Direção não confirma saída da Guarujá e Antena 1 em Santa Catarina

Ontem, 16 de novembro, a redação do Tudo Rádio noticiou o possível encerramento das atividades das rádios Guarujá AM 1420 e Antena 1 FM 92.1 de Florianópolis, estações controladas pelo Grupo Hoepcke de Rádio que possivelmente estariam passando para o controle operacional da Igreja Universal do Reino de Deus. Em contato com a direção da empresa catarinense, o grupo afirma mudanças internas, mas não confirma a saída das duas estações do mercado de Florianópolis.


Segundo Anderson Silva, gerente executivo das duas estações, as rádios Guarujá AM e Antena 1 estão passando por uma reformulação completa em todos os departamentos, porém informa que a saída das duas marcas no mercado de Florianópolis não foi confirmada pelo grupo, não havendo decisão tomada relativa aos fatos publicados na matéria veiculada ontem pelo Tudo Rádio. A manutenção das duas estações poderá ser um sinal importante para o fortalecimento do rádio catarinense, que aguarda mudanças através das estréias de novos projetos no FM local.

A Rádio Guarujá é uma importante marca de rádio no sul do país e foi a terceira emissora a ser criada em Santa Catarina. Sua fundação deu-se no dia 14 de maio de 1943. Antes dela, vieram apenas a Rádio Clube de Blumenau e a Difusora de Joinville. Já a 92.1 FM começou sua história em 1977, com o nome de Guarujá FM. No ano de 1996, a rádio se afilia a rede Antena 1, transmitindo sua programação via-satélite, diretamente de São Paulo, sendo uma das principais retransmissoras da rede paulista.

A manutenção da Antena 1 em Florianópolis é de grande importância para a cobertura da marca da Antena 1 no sul do país, tendo Santa Catarina como um dos estados de maior presença da rede paulista. A Antena 1 teve um ano positivo no quesito expansão de rede, chegando a novos mercados no Rio Grande do Sul e também a possibilidade de iniciar os trabalhos em São José dos Campos (São Paulo), um dos principais centros econômicos e populacionais do país.

Já a Igreja Universal do Reino de Deus já dispõe da Rede Aleluia FM 99.3 na capital catarinense.

Em breve mais detalhes sobre esse caso que repercute no mercado de rádio do sul do país.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Religiosidade e Cidadania: A dificíl vida dos ateus num país cada vez neopentecostal

    O Brasil caminha a passos largos para uma situação inimaginável, a intolerância religiosa intensiva, onde quem é católico é chamado de idólatra, espirita de feiticeiro, ateu como canalha e praticante de religiões de matriz africana, de satanista. Tudo isso graças as igrejas neopentecostais que não podem nem mesmo serem consideradas como igrejas evangélicas de fato, já que as verdadeiras como a Batista, Presbiteriana e as ramificações originais das Assembleias de Deus, por exemplo, sempre respeitaram á fé dos outros, porem como estes foram coniventes com a entrada de aventureiros e estelionatários em seu seio, agora colhem as consequências de seus atos, que não atinge apenas a reputação destes, mas afeta o estado de direito. O Brasil trilha um caminho perigoso. Temos que fazer alguma coisa antes que seja tarde demais. O Islâ ainda não desembarcou com força no país e o dia que isso acontecer, ele terá todo cenário preparado para isso e se estabelecerá com mais força que os católicos e evangélicos, se aproveitando da falha de ambos.
    Quero deixar claro que não sou contra evangélicos( já fui um) e islâmicos, mas contra as correntes radicais dos mesmos que oprimem as pessoas, sobretudo este último em relação as mulheres. O defendo aqui é que cada um tenha a liberdade de fazer o que bem entende da vida e não seja julgado  e condenado por isso, e que nenhuma religião, ditadura ou sistemas sócio económicos, ponham em risco o nosso direito a liberdade individual. Temos que dar um basta nisso antes que seja tarde de mais. Leiam esta reportagem da Época.

A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico

A parábola do taxista e a intolerância. Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. A expansão da fé evangélica está mudando “o homem cordial”?

ELIANE BRUM

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Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA) 
ELIANE BRUM Jornalista, escritora e
documentarista. Ganhou mais
de 40 prêmios nacionais e
internacionais de reportagem.
É autora de um romance -
Uma Duas (LeYa) - e de três
livros de reportagem: Coluna
Prestes – O Avesso da Lenda
(Artes e Ofícios), A Vida Que
Ninguém Vê
(Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007)
e O Olho da Rua (Globo).
E codiretora de dois
documentários: Uma História
Severina e Gretchen Filme
Estrada.
elianebrum@uol.com.br
@brumelianebrum 
O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada...”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.
 - Você é evangélico? – ela perguntou.
 - Sou! – ele respondeu, animado.
 - De que igreja?
 - Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.
- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?
- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.
- Legal.
- De que religião você é?
- Eu não tenho religião. Sou ateia.
- Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.
- Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.
- Deus me livre!
- Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.
- (riso nervoso).
- Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?
- Por que as boas ações não salvam.
- Não?
- Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.
- Mas eu não quero ser salva.
- Deus me livre!
- Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.
- Acho que você é espírita.
- Não, já disse a você. Sou ateia.
- É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.
- Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?
- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto...
O taxista estava confuso. A passageira era ateia, mas parecia do bem. Era tranquila, doce e divertida. Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Satanás. Como resolver esse impasse? (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se convencer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)
Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a corrida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:
- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.
- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.
Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa.
    A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem condena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizinhos. Ou entre taxistas e passageiros.
Já com os evangélicos neopentecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazônica, o caso é diferente. E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreender como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.
Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.
É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser ameaçada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois mil anos, mas ao mesmo tempo estimular sua versão de mercado, encarnada pelos carismáticos. Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integridade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.
Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais frequente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de religião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.
Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apresentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.
Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os íntimos”, como diz o seu site), mas nunca tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca: “Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”. Deus me livre!, um ateu talvez tenha vontade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta.
Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.
Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.
Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras)
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/11/dura-vida-dos-ateus-em-um-brasil-cada-vez-mais-evangelico.html

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mobilidade & Transportes: Ramal ferroviário Santa Cruz - Itaguaí poderá voltar em breve

     Excelente noticia que tive ontem do blog Cidadania do Porto, do nosso amigo Danilo Aguiar, colaborador do site parceiro Tvs do RJ. O Ramal Santa Cruz Itaguaí poderá voltar em breve. Porém ha uma novidade na volta deste ramal, ele será eletrificado até Itaguaí e poderá ter duas linhas. A outra novidade é com relação ao trajeto. Ele reaproveitará o trecho de linha dupla até o Matadouro, e de lá um novo leito ou viaduto será construído até o trecho da Rua João XVIII, pouco depois da Rua do Império, continuando seu trajeto normal até Itaguaí, ou seja, este ramal não mais passará atrás do hospital Pedro II e não terá mais passagem de nível no centro de Santa Cruz. O governo do estado já iniciou o processo de desapropriação e desocupação de imóveis na região de Santa Cruz, porém tem feito isso de forma lenta.
        O ramal Santa Cruz - Itaguaí foi desativado em 1993 por conta de danos em uma ponte no Rio Guandu, que nunca foi consertada. Após isso, este ramal nunca mais voltou a funcionar e teve vários trechos invadidos e trilhos roubados. Nele, também operou os trens de primeira e segunda classe, as Litorinas e os trens populares com carros de madeira, os lendários Macaquinhos. Ambos iam até Mangaratiba e foram extintos pela RFFSA em 1982, permanecendo apenas a linha Santa Cruz - Itaguaí, com carros de aço carbono e com roletas internas, onde eram cobradas as passagens, como nos ônibus.
         A volta deste ramal só está sendo possível, pois a CSA está financiando parte do projeto e também porque a cidade de Itaguaí e arredores tem tido um gigantesco crescimento demográfico, por conta dos diversos investimentos feitos naquela região que será coberta pelo renascente ramal Santa Cruz - Itaguaí. E também porque o transporte rodoviário, seja ele o individual, coletivo, alternativo e os de fretamento já começam á não dá conta da crescente demanda, que tende a crescer cada vez mais, em função de mais investimentos que poderão vir para aquele local, como a construção de mais dois portos e um aeroporto. Por conta de tudo isso, a volta deste ramal torna-se inevitável.  Soma-se a isso o fato de que além da Supervia ser obrigada a operar este ramal, por força de clausulas do contrato de concessão,  também o fato de que Supervia fôra comprada pela Odebrecht, que tem procurado restruturar a empresa, com objetivo de torna-la séria e rentável.
     Torço imensamente pela volta deste ramal. Ramal este que nunca deveria ter sido desativado e que ao invés disso, era para ter sido duplicado e eletrificado. Cabe agora, a nós contribuintes e eleitores, torcer para que este ramal volte de verdade e cobrar do estado e da Supervia a aceleração nas desapropriações e na obra, e não deixar que ele vire obra inacabada, como ocorre em muitas obras pelo Brasil afora. Este ramal é de grande importância para aquela região e não pode continuar fora de operação, por motivos citados anteriormente. Temos de lutar com todas as forças pela volta deste ramal, já modernizado, eletrificado e com duas linhas. Os povos do Rio e de Itaguaí, a economia local e estadual, a mobilidade e o meio ambiente merecem e agradecem! Pensem nisso! Leiam o texto do nosso amigo Danilo Aguiar.
Tudo leva a crer que o novo ramal de Itaguaí seguirá os mesmos moldes do ramal de Paracambí

O Blog Cidadania do Porto após contato com a assessoria de imprensa da SUPERVIA, confirmou através de nota que a empresa aguarda a posição do estado em relação a remoção das casas e desocupação dos terrenos para a reconstrução da linha férrea que ligará a estação de Santa Cruz a nova estação de Itaguaí.
Após o governo do estado proceder a desocupação total do leito aonde passará a linha férrea, a empresa concessionária Supervia iniciará a implantação do trecho, espera-se que as antigas estações, que eram 3 (Arrozal, Cristo Redentor e Distrito Industrial) também sejam reabertas.
Tudo leva a crer que esse novo ramal será operada por linha simples eletrificada a exemplo do ramal de Paracambí. Pela primeira vez, a Supervia comunica oficialmente que o único impecílio ao início do projeto está nas mãos do estado (que é a desocupação do espaço da linha).

Prof. Danilo Aguiar

Blog Cidadania do Porto

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Radio&TV: Grupo Bandeirantes está realizando campanha em defesa das Ondas Médias (AM)



    Felizmente alguém descobriu que o AM ainde existe e que ainda tem fôlego. O grupo Bandeirantes está fazendo uma campanha em defesa do AM. Parabenizo eles por dois motivo: primeiro, por ainda acreditar no AM mesmo transmitindo a mesma programação do primeiro no FM. Segundo, porque ainda mantém as transmissões em Ondas Curtas, uma vez que suas concorrentes diretas como a Globo, por exemplo, infelizmente se desfizeram de seus canais de OC. E também o fato de tantar conscientizar os fabricantes e concorrentes sobre a importância do AM
Por outro lado, ela também comete seus erros ao não reabilitar ou valorizar sua filial carioca 1360AM. De qualquer forma, parabens a Bandeirantes.

Bandeirantes AM cria campanha a favor do rádio AM
Publicidade
Mais uma campanha que coloca o rádio em evidencia estampa páginas da mídia impressa e outros veículos de comunicação. O Grupo Bandeirantes, principalmente através de sua emissora Bandeirantes AM 840 de São Paulo, criou e está divulgando uma campanha publicitária a favor do rádio AM. Sem relacionar a peça a uma determinada rádio, a campanha favorece todas as estações que operam na faixa AM brasileira.
Trata-se de uma peça simples que dispõe de uma frase curta: ”Rádio AM. Essa onda vai longe”. Esses dizeres estão presentes nos intervalos comerciais da Rádio Bandeirantes AM, interpretados na voz de Walker Blaz. Na peça voltada a mídia impressa, a frase possui um complemento: “A maior cobertura e as maiores audiências do Brasil”. Além de veiculação na rádio Bandeirantes, o Grupo Bandeirantes também está utilizando outros veículos para promover a campanha, como o Jornal Metro.
Recentemente o Tudo Rádio destacou a melhora no desempenho de audiência na pesquisa do Instituto Ibope por parte das principais representantes do rádio AM de São Paulo, incluindo a Bandeirantes AM (emissora que retomou o desempenho de audiência que possuía nos anos anteriores, sem contar com a medição em sua faixa FM). Também foram destaques os desempenhos de rádios como Rádio Globo AM 1100 (que nos finais de semana também chega a alcançar picos de 250 mil ouvintes por minuto na capital paulista) e Capital AM 1040 (novamente com média acima dos 100 mil ouvintes por minuto na medição comercial).
Apesar do rádio AM brasileiro enfrentar muitas dificuldades em vários mercados do país, a campanha é baseada nos exemplos de sucesso no meio (alguns deles citados logo acima), tendo também a finalidade de auxiliar os mercados AM que estão em baixa. A Jovem Pan AM 620, outra representante de retorno positivo no raio AM, segue recebendo premiações importantes no meio, além de também ganhar destaque em peças publicitárias que homenagearam seu presidente, o Tuta. A Jovem Pan também foi escolhida como melhor rádio jornalística através de uma enquete realizada pelo Tudo Rádio durante os meses de outubro e agosto (veja mais detalhes clicando aqui).
Tudo Radio

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O novo endereço do funk e do soul music: Grã Bretanha

Para quem pensa que local do verdadeiro funk é o Brasil ou os EUA, está muito enganado. O novo local do verdadeiro funk ( o disco, charm, funk melody ou frestyle e até alguns tipos de rock) é a Inglaterra. E lá que existem as melhores bandas deste gênero e do soul, como Jamiroquai, Simply Red ( que foi extinto no ano passado, porém seu vocalista, Mick Hucknall, continua cantando os sucessos do grupo até hoje). E no caso do Soul, o talento da saudosa Amy Winehouse. E reforçando aqui o esclarecimento e campanha de desmisticação do verdadeiro funk, FUNK NÃO É FAVELA BASS E NEM O MIAMI BASS DERIVA DO VERDADEIRO FUNK! Não se esqueçam!
Quanto aos amigos que mantém blogs de funk da antiga ou mesmo do verdadeiro funk e apoiam a Apafunk e suas diretrizes, um alerta: vocês estão trilhando um caminho perigoso. Apoiar o Favela Bass é colocar todo um trabalho de moralização e esclarecimento a favor do Funk em risco. Favela Bass não é funk! A Apafunk não dá apoio apenas ao funk da antiga ( o verdadeiro) ou ao rap (que eu por convenção pessoal, chamo de pré-hiphop em função das suas caracteristicas), ela apoia massivamento o Favela Bass. Basta ver que o DJ Malboro faz parte dela, e isso influencia na direção da entidade, uma vez que ela dá mais destaque ao Favela Bass do que aos outras vertentes do movimento Funk. Apoiar quem promove o Favela Bass, colocará em risco toda sua campanha a favor da descriminalização do verdadeiro funk e ainda perpetuará por muitos anos o preconceito que se tem contra ele, e mais ainda, fará com que o verdadeiro funk seja esquecido, como tem ocorrido. Não promovam um ritmo ou quem executa este ritmo, que faz apologia ao crime, a pedofilia, ao uso de drogas e alienação popular, sobretudo da população de baixa renda, negra, e que ainda por cima denigre esta e as mulheres. Se vocês gostam de musica de qualidade, considerem isso, antes que seja tarde demais. Se já não é. Leiam o texto do meu amigo Marcelo Pereira do blog Planeta Laranja.

Soul Britânico: Funk bom é o da Inglaterra

Muita gente não sabe, mas o funk (não esse troço horrível que o governo do RJ e a mídia querem nos empurrar goela abaixo e que na verdade deveria ter outro rótulo e sim o ritmo consagrado por James Brown, versão mais suingada da soul-music) legítimo tem os seus representantes na terra da Rainha Elizabeth II.

E não são poucos. Nos anos 80 surgiram Central Line, Second Image, Freeeze, ABC, UK Players, os mais conhecidos Junior Giscombe, Imagination, Delegation, The Funk Master e até um representante de Liverpool, a famosa cidade dos Beatles e do Echo & The Bunnymen, chamado The Real Thing. Até Malcolm MCLaren, o criador dos Sex Pistols, teve uma banda funk para chamar de sua, A Famous Supreme Team. Na década seguinte apareceu uma banda, a Londonbeat, que deixava evidente no nome a sua proposta musical. E são esses que me lembro. A lista pode ser maior.

E como inglês sabe fazer música, o funk britânico tem muita qualidade, mesmo sendo limitada ao universo do entretenimento puro. São muito melódicos, muitas vezes com boas harmonias vocais e, acreditem, bastante suingadas. É uma surpresa saber que ingleses sabem fazer algo suingado.

Uma curiosidade: no projeto britânico Band Aid, surgido no final de 1984 para ajudar pessoas carentes na África, que, no ano seguinte inspirou o USA for África, convidou a banda americana de funk legítimo Kool & The Gang para se unir aos ingleses no projeto. Se tinha até português no USA for África e francês na versão canadense, nada fica estranho.

Com vocês, uma seleção de músicas do mais autêntico funk (mesmo!) britânico. E que os MCS de canto agressivo e suas meretrizes de rabo empinado parem de enganar os britânicos. Funk, para os ingleses é o que está abaixo. O resto é putaria.























   E complementando o texto do MArcelo, isto é o verdadeiro Funk! E só!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Humor: Para quem não pode ter os produtos da Apple, existe uma alternativa





Finalmente: chegou o iPobre!

para facilitar a vida dos pobres


A banana mordida é o símbolo do iPobre. O criador explica o motivo: “Maçã é fruta de rico; pobre come banana dÁgua. Nada mais justo que a logomarca seja um objeto que represente bem o seu público”

Tablet brasileiro feito para o povo pobre vem com aplicativo do Bolsa Família, Recebimento de Doações, compra de Vale-Transporte, Farmacia Popular e outros


Lançado o iPobre - primeiro tablet brasileiro para o povo pobre - chega ao mercado custando apenas R$ 9,99. Com o slogan “porque tecnologia também é para pobre”, o iPobre promete facilitar a vida do brasileiro, com vários recursos tecnológicos que vão, desde aplicativos do Bolsa Família à programas para receber doações online, o aparelho promete ser uma inovação para mudar o Brasil e a forma do povo pensar.


O iPobre também mantém o usuário informado com as manches do “Pobre News”. Além disso, conta com um aplicativo que permite ao dono do tablete, fazer a compra de créditos para a carteirinha do vale transporte, tudo online sem sair de casa.