terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sobre o sistema viário de Copacabana e a inutilidade da padronização


       Hoje eu usei o novo sistema viário criado pela prefeitura, chamado de BRS (Bus Rapid Service). Para mim, que não ando de carro e nem pego determinadas linhas, não fez muita diferença, mas para quem tem carro, usa táxi ou pega linhas para o subúrbio, foi só transtornos. Muita gente penou para achar a linha de sua preferência e várias pessoas foram pegas de surpresa. Foi lastimável.

                                   Ponto de ônibus desativado no novo sistema.





     Ponto de ônibus próximo a Rua Siqueira Campos escolhido como ponto do novo sistema.








             Folheto explicativo explicando o novo sistema de transportes.
      Diante disso, a prefeitura contratou uma empresa de publicidade e começou a distribuir folhetos a população para poder usar o novo sistema, coisa que ela não fez quando resolveu padronizar os ônibus e quando decidiu mudar os números das linhas. Nestas situações a prefeitura foi taxativa, disse que as pessoas teriam que se virar para encontrar seus ônibus ou linhas. ao ver esta mancada, ela distribuiu panfletos em relação a este novo sistema, pois se assim não fizesse, se queimaria perante a opinião publica ( neste caso tanto imprensa como a população em geral, embora a impressa se autodenomina como tal) em definitivo.
 


      No mesmo cartaz, também  são mostrada as mudanças dos números das linhas.
       Outra mudança polêmica é com relação aos números das linhas. Linhas como 175,179,S20, S02, S07,S11, S14,571,572 e  suas variantes mudaram de número.
Veja as mudanças:
175=308.
179=309.
571=161.
572=162.
S03=804.
S11=358.
S14=366.
154=155.
S20=360.
S07=936.
S05=933.
       Variantes viraram linhas como a 175 via Linha Amarela que inicialmente virou 315 e agora é 316, a 484B que virou 487 e outa variante desta mesma linha que vai até Botafogo que agora é 481. Todas estas mudanças foram feitas sem qualquer aviso a população, tanto na mídia como em pontos de ônibus.  Uma outra mudança é com a questão do número de ordem, além da colocação de letras para identificar o consórcio, agora cada empresa pode ultrapassar o valor 500 de veículos, o que dá a entender que uma única empresa pode ter até 1000 ônibus em sua frota ou mais. Ontem mesmo eu vi três ônibus da linha 398 da Pégaso com os números 87511, 87512 e 87514, o que comprova que esta empresa pode pelo menos 600 carros em média ou mais. Isto também justifica o porquê da Algarve ter alterado seu número de ordem de 86500 para 90000, pois 86000 pertence a Jabour, e agora esta empresa também poderá ter mais de 500 carros. Neste ritmo, empresas como Bangu, Lourdes terão que mudar de números de ordem e empresas como Vila Real, Novacap, Estrela Azul, Redentor e todas as que começam com 500, terão que mudar para 000. Este é outro transtorno criado, pois pode criar verdadeiros monopólios, algo previsto pelo colaborador Marcelo Pierre, em que o mesmo chama "Rioitização" em alusão a Rio Ita, que até o final da década de 90 tinha mais de 50 linhas e mais de 1000 ônibus formando um verdadeiro monopólio nas regiões de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Rio Bonito.







      Uma coisa a ser ressaltada é com relação as pinturas padronizadas. Como já prevíamos, a população está reprovando e se voltando contra mesma. Até o apresentador Maurício Martins da CBN está fazendo campanha
 contra ela, onde o mesmo tem dado razão e criticado esta medida em seu programa, o  CBN Rio. Hoje mesmo, várias pessoas mandaram emais, twitters e telefonemas atacando não apenas estas mudanças repentinas no sistema de transporte, mas principalmente as cores padronizadas, no que se refere ao seu uso, a estética e o apresentador deu apoio ao dar razão a estes ouvintes, complementar o que os mesmos diziam e ainda por cima, o de não defender esta medida arbitrária da prefeitura. O outro absurdo com relação a mesma é o fato de que a PREFEITURA NÃO Á UTILIZA COMO MEIO IDENTIFICADOR NESTE NOVO SISTEMA, PREFERINDO COLOCAR CARTAZES NOS PARA-BRISAS DOS ÔNIBUS IDENTIFICANDO ONDE OS MESMOS PARAM. Não seria mais lógico utiliza-las associando as mesmas aos pontos de ônibus do sistema? Isto prova o uso politico da mesma, pois nem a prefeitura utiliza em seu sistema, o que mostra que seu objetivo é para fins de maquiagem, politico e para ocultar empresas corruptas. Tanto que nestes ônibus além de não ter qualquer cartaz explicando seu funcionamento, o seus interiores em geral são completamente mau conservados e sujos, vide os ônibus da Rio Rotas e da Alpha. Vale lembrar que até a Globo, no RJTV, atacou o novo sistema e padronização.
      Todas estas mudanças estão sendo feitas a revelia, sem qualquer aviso prévio ou quando avisam, fazem isso em cima da hora, causando verdadeiros transtornos na vida da população. Tudo isso, infelizmente, está sendo feito não para população, mas para estes eventos que ocorrerão no Rio e sobretudo, para fins políticos e eleitoreiros. São mudanças paliativas com fins marqueteiros e de maquiagem. Se estas mudanças nos transportes fossem de fato para a população, esta deveriam terem sido ouvidas, através de associações de moradores, audiências publicas na Câmara de Vereadores, enquetes na mídia e outras formas de consulta, onde ideias seriam discutidas e analisadas. Após isso é que se definiria um projeto de transporte que atendesse a todos e cujo o impacto no cotidiano geral fosse o mais positivo possível, minimizando os efeitos negativo que surgirem. Porém como se trata de um projeto eleitoreiro e corrupto, era de se esperar estes resultados. Cabe a nós lutarmos contra isso. E só!

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