Muitos ja devem ter se perguntado do porquê das emissoras ficarem quietas e não protestarem ou mesmo boicotarem sobre obrigatoriedade de executar o horário eleitoral gratuito em suas programações. De como elas aguentam ficar em torno de uma hora executando um programa que a maioria das pessoas detestam ver e ouvir e de não poderem faturar neste periodo.
A resposta é simples: elas recebem vários incentivos fiscais para ficarem bem quietinhas como dedução de imposto de renda e até mesmo o resarcimento de parte do imposto pago por elas através do calculo de insersões das propagandas politicas em suas respectivas programações. Com isso, elas em ano eleitoral pagam menos da metado do IR que pagariam em outros anos, ou seja, fazem a festa e ficam felizes da vida. Vejam este testo postado pelo blog da Associação das emissoras de Radio(http://aerjinforma.blogspot.com/2010/04/ressarcimento-fiscal.html) e TV do Rio de Janeiro - AERJ:
"RESSARCIMENTO FISCAL
Ressarcimento Fiscal da Propaganda Eleitoral referente a março de 2010
Enviamos, para o cálculo do Ressarcimento Fiscal da Propaganda Eleitoral, o calendário de inserções dos partidos políticos e o tempo por eles utilizado em março de 2010. Usar a tabela vigente no período para encontrar o valor a ser descontado no IR, de acordo com o Decreto-Lei 3516, de 20/06/00 que regulamentou o ressarcimento fiscal a partir do ano-calendário de 2000, às emissoras de Rádio e TV, obrigadas a divulgação da propaganda partidária gratuita.
01.03 – DEM (Democratas) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
02.03 – PSB (Partido Socialista Brasileiro) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
03.03 – DEM (Democratas) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
04.03 – PMN (Partido da Mobilização Nacional) - Rede Nacional de 10 minutos;
05.03 – DEM () - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
06.03 – PSB (Partido Socialista Brasileiro) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
08.03 – DEM (Democratas) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
09.03 – PSB (Partido Socialista Brasileiro) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
11.03 – PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) - Rede Nacional de 05 minutos;
13.03 – PSB (Partido Socialista Brasileiro) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
18.03 – PRB (Partido Republicano Brasileiro) - Rede Nacional de 05 minutos;
19.03 – PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
22.03 – PR (Partido Republicano) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
23.03 – PDT (Partido Democrático Trabalhista) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
24.03 – PR (Partido Republicano) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
25.03 – PCB (Partido Comunista Brasileiro) - Rede Nacional de 05 minutos;
25.03 – PDT (Partido Democrático Trabalhista) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
26.03 – PR (Partido Republicano) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
27.03 – PDT (Partido Democrático Trabalhista) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
29.03 – PR (Partido Republicano) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
30.03 – PDT (Partido Democrático Trabalhista) - Inserções nacionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
31.03 – PV (Partido Verde) - Inserções regionais de 30/60 seg. cada, total de 5 min. diários;
Rede Nacional: Foram 4 programas: 01 (um) dia com 10 minutos e 03 (três) dias com 05 minutos de duração. Totalizando – 25 minutos.
Inserções Nacionais: Foram 08 dias com inserção nacional de 5 minutos diários, perfazendo um total de 40 minutos.
Inserções Regionais: Foram 10 dias com inserção regional de 5 minutos diários, perfazendo um total de 50 minutos."
O mesmo não acontece com a Voz do Brasil, onde as emissoras de radio são obrigadas a executa-la sem receber nada por isso. E por conta disso muitas emissoras pelo Brasil a fora boicotam ou mesmo entram na justiça para não executarem o programa como acontece em São Paulo e Rio Grande do Sul, por exemplo.
Sendo que Voz do Brasil é muito mais importante e tem muito mais utilidade publica que o horário eleitoral gratuito mesmo em sua pior fase onde ela se tornou uma verdadeira chapa branca do governo, o que não acontecia em épocas anteriores, exceto a Era Vargas e a ditadura militar. Em cima disso devo escrever nas próximas semanas sobre a TV Brasil e o estrago feito pelo governo atual em relação a EBC, antiga Radiobras. Devo descrever com detalhes sobre isso em postagem especifica e terei de serr parcial em relação aos candidatos a presidente, pois neste caso especificamente ja adianto que na Era FHC, a Radiobras e a saudosa TVE viveram sua melhor fase, onde podiam criticar o governo abertamente mesmo pertencendo ao mesmo e tinham mais liberdade na criação de programas. Mais isso vou escrever em texto especifico.
O voltando a beneficios fiscais, com relação as empresas de onibus, elas também pararam de boicotar gratuidades. Sabe por que? Pelo mesmo motivo que a União faz com as emissoras de TV. A prefeitura e o governo do estado do Rio de Janeiro fazem dedução dos impostos do ICMS de cada gratuidade embarcada nos onibus laém de dar ganhos adicionais nos VTs eletronicos nos calculos de dedução de impostos dos mesmos. Por isso elas não reclamam mais e diminuiu por completo a proibição dos embarques de gratuidades.
Tais beneficios não deveriam ser dados de maneira nenhuma, pois são concessões publicas e devido a isso, elas tem de se submeter as regras da legislação e da licitação ao qual participaram quando ganharam tais concessões. Por outro lado, há também o prejuizo não só do radio difusor como do empresário de onibus que precisam não só lucrar como manter a estrutura que possuem para oferecer um serviço ou programação melhor, embora a maioria dos radiodifusores prestem um serviço hororoso ao arrendarem suas emissoras ou mesmo colocarem programações chulas no ar. O mesmo vale para os empresários de onibus que não investem na melhoria de seus serviços, na melhor remuneração e treinamento de seus funcionários e na renovação de sua frota. Até porque empresário nenhum vive só de isenção de impostos,ele tem de arrecadar não só para se satizfazer como para manter a estrutura que construiu, porém a isenção é um incentivo muito importante, mas no caso das emissoras de radio e Tv, é usada de forma ultra indevida. E só!
terça-feira, 20 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
As Chuvas dos dias 5 e 6 de Abril atingiram o parque de transmissão do Sumaré
A chuva dos dias 5 e 6 de abril não causou só transtornos e tragédias lá embaixo só não. Vale lembrar que foi o lugar onde mais choveu na cidade. No Parque Nacional da Tijuca também houve problemas sérios com quedas de barreiras no Alto da Boa Vista e principalmente no Sumaré no parque de transmissão lá existente, atingindo a Estrada do Sumaré o principal acesso as torres e ao parque de transmissão. Umas das quedas de barreira aconteceu embaixo das torres da Oi, Mix e 93FM. Os funcionários de todas as emissoras estão sem poder sair de la e os que iam rende-los não tem como irem para lá, pois todos os acessos ao Parque Nacional da Tijuca estão fechados. Para resolver parcialmente o problema, a Defesa Civil está tirando as barreiras na parte da torre da Embratel, mas ainda não é o suficiente. Não houve vítimas. Tomara que tudo volte ao normal lá e que os que estão lá consigam voltar para casa, afinal eles também estão cumprindo uma função social que é o de manter a estrutura de radiodifusão funcionando para que todos se mantenham informados. Que eles voltem e possam descansar em paz, porém voltando ao trabalho e suas rotinas pessoais o mais breve possível. E o que desejo. E só!
terça-feira, 6 de abril de 2010
Sobre as enchentes que assolam o Rio
Desde ontem, dia 5 de abril de 2010, venho acompanhando os acontecimentos desta enchente que assola o Rio desde as 16:00 deste dia. Quando começou a chover, eu estava na faculdade em Campo Grande. Fui andando para o centro de Campo Grande como sempre faço, e fui comprar peças para minha bicicleta. Nesta hora, decidi pegar o 1134 ao invés do S14 que sempre pego para ir para o Centro e de lá, pegar outra condução para Copacabana. Foi a decisão mais acertada que tive, pois a Avenida Brasil ja hávia alagado em diversos pontos e quando saí de Campo Grande ja estava chovendo bastante.
Durante a viagém num ônibus urbano com ar condicionado muito forte, a chuva só aumentou e passei por estradas perigosas como a Estrada da Grota Funda, mas felizmente tudo correu bem apesar da forte chuva. Não cheguei a enfrentar qualquer engarrafamento na Barra como acontece de costume, milagrosamente! Ao descer em Copacabana na Avenida Atlantica, na altura da Rua Santa Clara, enfrentei uma forte chuva com ventos muito fortes. E apesar de tudo cheguei em casa são e salvo, mas sem imaginar a extensão da tragédia que esta chuva causou. Quando acordei pela manhã de hoje, assisti e ouvi pelos noticiários televisivos e radiofônicos a tragédia que aquela chuva havia causado. Foi coisa de louco! Ainda sai de manhã para resolver problemas pessoais inadiáveis e passei pelas ruas como Figueiredo de Magalhães e pelo Tunel Rebolsas. Tudo deserto, sendo que no Humaitá estava uma lama tão forte que parecia que aquelas ruas daquela região eram de terra. Ninguém se arriscava sair nas ruas. O comércio praticamante não funcionou. Lojas que funcionam até meia noite ou até as 22:00 estavam fechadas as 20:00. Escolas e repatições publicas não funcionaram hoje e não funcionarão amanhã. Foi um feriado forçado.
Diante disso tudo, como o Rio quer sediar Olimpíadas e final de Copa do Mundo? Isso é cinco vezes pior do que violência urbana que tanto nos fez ser derrotado nas várias vezes em que competimos para trazer estes eventos para cá. Violência urbana é um mal menor diante desta catastrofe que ocorreu entre ontem e hoje. O que aconteceu hoje mostrou que o Rio não terá condições de realizar tais eventos se não fazer uma tremenda obra de saneamento urbano, remoção da maior parte das favelas, se não investir em habitação e transportes de massa como trens e metrô. Violência urbana é muito facil de ser controlada e até combatida, vide as UPPs, e os eventos como o Pan e a Eco 92, onde eles conseguem controlar de forma eficiente a violência urbana. Só que no caso de tragédias como essa o buraco é muito mais embaixo, pois mostra a fragilidade que a cidade se encontra, onde ela não se prepara para situações como essa e o custo de recuperação é muito mais alto. São vidas que se perdem, pessoas que perdem suas casas e familias, serviços publicos e privados que param, ou seja, o prejuíso é muito maior.
Em relação a tudo isso, como eu disse anteriomente que é preciso investir em saneamento básico, pois na maioria das favelas e mesmo no asfalto, o esgoto além de está a ceu aberto, ele está ligado a redes pluviais que não foram feitas para isso. Saneamento básico não dá voto porque não aparece diante dos olhos das pessoas, mas previne tragédias como essa assim como previne as pessoas de doenças esvaziando os hospitais e postos de saúde. A outra coisa a ser feita é a remoção de favelas. Favela não é e nunca foi moradia ja que são um amontoado de casas, mesmo de alvenaria, uma sobre as outras, sem planejamento algum. Tem que se investir em moradia com agua e esgoto em locais apropriados e com uma excelente rede de transporte, pois se houvesse transporte de massa decente nada disso aconteceria, ja ninguém teria de morar em favelas para ficar próximo aos locais de trabalho e lazer. A outra coisa a ser comentada é sobre a falta de educação do povo que joga lixo, no chão e nos rios jogam sofá, carros e até cadáveres humanos. Também tem que se investir em lazer ja que um dos motivos que fazem moradores de favelas resistirem a sair delas é o fato de que para onde vão não há opções de lazer. Um exemplo disso é a Zona Oeste que quase não tem teatros, biblotécas, cinemas e eventos de qualidade. Ja relatei esta situação aqui neste blog ha um ano atrás.
E terminando este assunto, vou fazer coro com o Alexandre Figueiredo do blog O Kylocyclo no que se refere ao Favela ou Carioca Bass. Como ele havia dito em seu blog, este ritmo musica só fala em desgraça quando a policia promove desgraça nas favelas. Quando catátrofes como esta acontecem, elas não viram letras em musicas de favela bass. Simplesmente silenciam-se e lamentam o ocorrido, o que dá uma impressão ainda que falsa,de que são a favor dos criminosos que lá vivem e são formados pelo mundo do crime nestes locais. Quando ha tragédias como essa, não viram música só lamentam e choram as perdas. Com o samba é diferente, tragédias como essa viram músicas e bandidagem e crimes passam longe das letras de samba. Em exemplo disso é a letra de um ilustre morador do Vidigal de nome Sergio Ricardo que se aplica muito bem aos dias de hoje. Leiam:
"Todo morro entendeu quando o Zelão chorou
Ninguém riu, ninguém brincou, e era Carnaval
No fogo de um barracão
Só se cozinha ilusão
Restos que a feira deixou
E ainda é pouco só
Mas assim mesmo o Zelão
Dizia sempre a sorrir
Que um pobre ajuda outro pobre até melhorar
Choveu, choveu
A chuva jogou seu barraco no chão
Nem foi possível salvar violão
Que acompanhou morro abaixo a canção
Das coisas todas que a chuva levou
Pedaços tristes do seu coração."
A primeira vez que tive contato com esta letra foi no primário em 1992, quando cursava a segunda série. Ele fazia parte divisão de português do livro "Integrando o Aprender", da Editora Scipione, hoje pertencente a Editora Abril. Era um dos textos do livro feitos para ser respondidos naquelas perguntas de interpretação de textos. Nele, havia junto ao texto uma ilustração em forma de caricatura do Zelão ao pé do morro chorando sua tragédia com o seu violão quebrado nas mãos. Este livro vinha com português, matemática, estudos sociaís e ciências juntos, economizando a compra de livros independentes por parte do governo e dos pais de alunos. Diante disso, posso dizer o quanto o samba representa o povo favelado em detrimento do favela bass que só idiotiza, estigmatiza e aliena estes povos como o Alexandre Figueiredo tanto enfatiza em seu blog. Esta música mostra muito bem isso. E só!
Durante a viagém num ônibus urbano com ar condicionado muito forte, a chuva só aumentou e passei por estradas perigosas como a Estrada da Grota Funda, mas felizmente tudo correu bem apesar da forte chuva. Não cheguei a enfrentar qualquer engarrafamento na Barra como acontece de costume, milagrosamente! Ao descer em Copacabana na Avenida Atlantica, na altura da Rua Santa Clara, enfrentei uma forte chuva com ventos muito fortes. E apesar de tudo cheguei em casa são e salvo, mas sem imaginar a extensão da tragédia que esta chuva causou. Quando acordei pela manhã de hoje, assisti e ouvi pelos noticiários televisivos e radiofônicos a tragédia que aquela chuva havia causado. Foi coisa de louco! Ainda sai de manhã para resolver problemas pessoais inadiáveis e passei pelas ruas como Figueiredo de Magalhães e pelo Tunel Rebolsas. Tudo deserto, sendo que no Humaitá estava uma lama tão forte que parecia que aquelas ruas daquela região eram de terra. Ninguém se arriscava sair nas ruas. O comércio praticamante não funcionou. Lojas que funcionam até meia noite ou até as 22:00 estavam fechadas as 20:00. Escolas e repatições publicas não funcionaram hoje e não funcionarão amanhã. Foi um feriado forçado.
Diante disso tudo, como o Rio quer sediar Olimpíadas e final de Copa do Mundo? Isso é cinco vezes pior do que violência urbana que tanto nos fez ser derrotado nas várias vezes em que competimos para trazer estes eventos para cá. Violência urbana é um mal menor diante desta catastrofe que ocorreu entre ontem e hoje. O que aconteceu hoje mostrou que o Rio não terá condições de realizar tais eventos se não fazer uma tremenda obra de saneamento urbano, remoção da maior parte das favelas, se não investir em habitação e transportes de massa como trens e metrô. Violência urbana é muito facil de ser controlada e até combatida, vide as UPPs, e os eventos como o Pan e a Eco 92, onde eles conseguem controlar de forma eficiente a violência urbana. Só que no caso de tragédias como essa o buraco é muito mais embaixo, pois mostra a fragilidade que a cidade se encontra, onde ela não se prepara para situações como essa e o custo de recuperação é muito mais alto. São vidas que se perdem, pessoas que perdem suas casas e familias, serviços publicos e privados que param, ou seja, o prejuíso é muito maior.
Em relação a tudo isso, como eu disse anteriomente que é preciso investir em saneamento básico, pois na maioria das favelas e mesmo no asfalto, o esgoto além de está a ceu aberto, ele está ligado a redes pluviais que não foram feitas para isso. Saneamento básico não dá voto porque não aparece diante dos olhos das pessoas, mas previne tragédias como essa assim como previne as pessoas de doenças esvaziando os hospitais e postos de saúde. A outra coisa a ser feita é a remoção de favelas. Favela não é e nunca foi moradia ja que são um amontoado de casas, mesmo de alvenaria, uma sobre as outras, sem planejamento algum. Tem que se investir em moradia com agua e esgoto em locais apropriados e com uma excelente rede de transporte, pois se houvesse transporte de massa decente nada disso aconteceria, ja ninguém teria de morar em favelas para ficar próximo aos locais de trabalho e lazer. A outra coisa a ser comentada é sobre a falta de educação do povo que joga lixo, no chão e nos rios jogam sofá, carros e até cadáveres humanos. Também tem que se investir em lazer ja que um dos motivos que fazem moradores de favelas resistirem a sair delas é o fato de que para onde vão não há opções de lazer. Um exemplo disso é a Zona Oeste que quase não tem teatros, biblotécas, cinemas e eventos de qualidade. Ja relatei esta situação aqui neste blog ha um ano atrás.
E terminando este assunto, vou fazer coro com o Alexandre Figueiredo do blog O Kylocyclo no que se refere ao Favela ou Carioca Bass. Como ele havia dito em seu blog, este ritmo musica só fala em desgraça quando a policia promove desgraça nas favelas. Quando catátrofes como esta acontecem, elas não viram letras em musicas de favela bass. Simplesmente silenciam-se e lamentam o ocorrido, o que dá uma impressão ainda que falsa,de que são a favor dos criminosos que lá vivem e são formados pelo mundo do crime nestes locais. Quando ha tragédias como essa, não viram música só lamentam e choram as perdas. Com o samba é diferente, tragédias como essa viram músicas e bandidagem e crimes passam longe das letras de samba. Em exemplo disso é a letra de um ilustre morador do Vidigal de nome Sergio Ricardo que se aplica muito bem aos dias de hoje. Leiam:
"Todo morro entendeu quando o Zelão chorou
Ninguém riu, ninguém brincou, e era Carnaval
No fogo de um barracão
Só se cozinha ilusão
Restos que a feira deixou
E ainda é pouco só
Mas assim mesmo o Zelão
Dizia sempre a sorrir
Que um pobre ajuda outro pobre até melhorar
Choveu, choveu
A chuva jogou seu barraco no chão
Nem foi possível salvar violão
Que acompanhou morro abaixo a canção
Das coisas todas que a chuva levou
Pedaços tristes do seu coração."
A primeira vez que tive contato com esta letra foi no primário em 1992, quando cursava a segunda série. Ele fazia parte divisão de português do livro "Integrando o Aprender", da Editora Scipione, hoje pertencente a Editora Abril. Era um dos textos do livro feitos para ser respondidos naquelas perguntas de interpretação de textos. Nele, havia junto ao texto uma ilustração em forma de caricatura do Zelão ao pé do morro chorando sua tragédia com o seu violão quebrado nas mãos. Este livro vinha com português, matemática, estudos sociaís e ciências juntos, economizando a compra de livros independentes por parte do governo e dos pais de alunos. Diante disso, posso dizer o quanto o samba representa o povo favelado em detrimento do favela bass que só idiotiza, estigmatiza e aliena estes povos como o Alexandre Figueiredo tanto enfatiza em seu blog. Esta música mostra muito bem isso. E só!
Linux, suas versões compactas e o meio ambiente
Como trabalho com análise de sistemas e já uso o Linux há quase dez anos, resolvi dar minha opinião sobre ele e descrever o funcionamento de determinadas distribuições do Linux. Já tive oportunidade de usar pelo menos as principais distribuições do Linux no mercado ou parte dele, pois existem milhares delas na internet. Como usuário básico deste sistema, ainda tenho algumas dificuldades com ele, mas nada que me impeça de usá-lo e de me movimentar por ele, até porque procuro tutoriais na internet para saber de seus comandos. Minha iniciação em Linux começou em 2001, quando ganhei de um colega um CD do Red Hat de revistas de informática. Depois disso, usei Debian (que uso até hoje nas minhas máquinas), Slackware, Knoppix e outras que não lembro agora. Destas versões, a que mais gostei para máquinas desktop foi o Kurumin, principalmente a versão 7. Foi a melhor versão de Linux feita para usuário final até agora.
O Kurumin era uma fusão do Debian com Knoppix e tinha como ambiente gráfico o KDE. Este sistema era fácil e intuitivo de usar e configurar. Era voltado principalmente para o usuário final e ainda tinha a vantagem de ser compativel com a maioria dos hardwares disponíveis do mercado. Este sistema foi criado por Carlos Morimoto, do site Guia do Hardware, e foi descontinuado no início de 2008. Não se sabe ao certo porquê ele foi descontinuado. Morimoto disse que havia briga entre os programadores do Kurumin e também falta de tempo disponível para se dedicar a ele. Assim, decidiu descontinuá-lo. Um grupo de programadores independentes tentou ressucitá-lo, sob o nome de Kurumin 8 NG, meses depois de Morimoto descontinuá-lo, porém acabou não indo adiante e o sistema foi definitivamente abandonado, o que é uma pena. Era uma das únicas versões de Linux voltadas para usuário final com condições reais de competir face a face com o Windows XP e o Vista na época do seu fim e que se estivesse de pé até hoje poderia ter plenas condições de competir com Windows 7 tranquilamente. Uma curiosidade sobre o Kurumin e o Morimoto: o Kurumin é carioca, foi criado aqui no Rio de Janeiro, na UFRJ, onde Morimoto leciona, mais precisamente no campus do Fundão, ao invés de Curitiba, onde todo mundo pensava que o sistema dele tivesse sido criado (inclusive eu). Morimoto é professor da UFRJ e ainda mantém o site Guia do Hardware e escreve diversos livros de informática. Esse é um dos motivos que o fizeram abandonar o Kurumin, pois não estava tendo tempo suficiente para se dedicar, além das brigas entre os programadores. Foi uma pena ele ter feito isso. Poderia ao menos terceirizá-lo ou mesmo criar uma instituição sem fins lucrativos e ali colocar estagiários de informática para gerir e atualizar o Kurumin constantemente, mas preferiu tomar esta atitude drástica.
Diante disso o Ubuntu, versão de Linux baseada no Debian e criado e mantido pela Canonical, vem crescendo ano a ano. É uma versão fácil e intuitiva de Linux, mas com algumas falhas no que se refere a recursos e drivers para máquinas antigas que até tem suporte, mas sua instalação é relativamente complicada e, às vezes, a habilitação dos dispositivos tem que ser feita manualmente cada vez que se entra no sistema. Outras duas falhas que percebi nele é no que se refere à detecção e gerenciamento de hardware: não há opções de detecção e localização de dispositivos como há, por exemplo, no Kurumin. E, além disso, em qualquer local que se entre no sistema é pedida uma senha de adminstrador. Do ponto de vista da segurança isso pode ser muito bom, mas do ponto de vista da praticidade e rapidez no acesso aos seus recursos, acaba sendo muito ruím e demorado, uma vez que se pede login e senha de adminstrador em setores do sistema que não precisam disso para serem acessados. É bom lembrar que estes problemas acontecem muito com versões que vêm com o ambiente gráfico Gnome (ambiente gráfico padrão do Ubuntu), coisa que não acontece quando ele vem com o ambiente gráfico KDE. Quando vem com ambiente gráfico KDE, ele passa a se chamar Kubuntu e em geral é muito mais fácil de usar, até porque lembra o Kurumin em seu uso, pois o mesmo também usava este mesmo ambiente gráfico. O Ubuntu é um ótimo sistema, mas precisa corrigir estas falhas para se tornar ainda melhor.
Mas o motivo deste texto não é descrever sobre estas distribuições de Linux que a maioira dos usuários conhece e usa, e sim descrever e incentivar o uso de versões minimalistas. Versões minimalistas são versões de Linux com kernel do mesmo atualizado e que são feitos para rodarem em máquinas antigas. São versões leves que não possuem aplicativos pesados em sua composição e que posuem ambientes gráficos também leves. Possuem tamanho geral máximo de até 200MB e assim como as versões mais pesadas do Linux, também rodam apartir de um CD e podem serem instalados em pendrives. Obviamente, seus boots são mais rápidos que as distribuições que citei anteriormente e, assim como as versões mais pesadas do Linux, fazem quase tudo o que elas fazem, com a diferença de serem mais leves e de não terem todos os recursos de detecção de hardware e de outros aplicativos como nas versões mais pesadas de Linux. Porém, é possivel editar textos e planilhas, acessar internet, reconhecem a maioria dos hardwares, sobretudo os antigos, lêem partição de Windows e, ainda, é possível ouvir MP3 e até assistir vídeos. Ou seja, faz o básico e o que o usuário precisa sem a necessidade de se usar uma máquina potente para isso. Com um simples 486 é possivel desfrutar disso tudo sem perdas e ainda fazer quase tudo o que faria numa máquina com processador Dual Core de maneira rápida e simples.
Há várias versões de sistemas minimalistas no mercado. A maioria roda a partir do Pentium 1, mas há versões que rodam a partir do 486, como o DSL e o Slitaz. As versões por mim pesquisadas e testadas são estas: DSL, Feather, Puppy e Slitaz. Todas rodam a partir de CD e pendrive e ocupam espaço de até 200MB, sendo que no caso do DSL e do Slitaz ocupam menos de 100MB.
Sobre o DSL, cuja sigla é Dann Small Linux, é uma distribuição minimalista baseada no Knoppix. Ocupa apenas 50MB de hd, CD, pendrive ou memória ram. Possui ambiente gráfico baseado no Fluxbox, que é o ambiente gráfico mais leve feito para Linux no mercado atualmente. Roda em máquinas a partir do Pentium 1 e com apenas 64MB de memória ram ou menos. Existe também uma versão mais aprimorada chamada N-DSL, mas que não foge muito da versão principal. Foi a primeira versão de Linux minimalista com que tive contato, em 2007. É uma versão muito estável e com um ambiente gráfico muito bom para um sistema tão pequeno. O único problema é no que se refere a sua instalação, pois é um pouco complicado instalá-lo juntamente com outros sistemas como o Windows, por exemplo. Ele não apaga a partição do Windows quando instalado, mas não cria menu de escolha de sistema, seja no Grub ou no Lilo, que são dois gereciadores de boot que vêm com ele. Já quando está carregado, reconhece a partição do Windows, lendo e escrevendo nele normalmente. E na versão antiga havia um menu de instalação mais amigável e mais fácil de usar. Na versão nova é um pouco mais complicado, mas ainda assim dá para instalá-lo sem sustos. Reconhece todos os periféricos da máquina, com excessão de placas de rede wireless, algo que ainda estou tentando fazer reconhcer no meu notebook. Tirando isso, ele é rápido, leve, vem com jogos, editor de texto, planilha e até software de banco de dados. Foi feito em inglês, mas o autor disponibilizou em outros idiomas como francês, alemão e espanhol, e em português ele disponibilizou um plugin que ainda não consegui instalar. Apesar destes contratempos, vale a pena instalá-lo.
Já o Feather Linux é baseado no Debian, o que é uma grande vantagem, pois o torna compatível com versões de Linux como o Ubunto e ainda se pode instalar uma série de aplicativos e drivers feitos para este tipo de distribuição de Linux (como Wine, por exemplo). Assim como o DSL, usa como ambiente gráfico o Fluxbox e vem com o navegador Firefox. Também assim como o DSL, vem com editor de texto, planilha eletrônica, sofware de banco de dados e reconhece a maior parte dos periféricos do micro, mas também não consegui configurar rede wireless nele, embora nas placas de rede comum eles funcionem muito bem. É mais fácil de instalar que o DSL e reconhe as partições de outros sistemas tanto no gerenciador de boot como no sistema já carregado, lendo e escrevendo em partições de Windows normalmente. Por ser um derivado do Debian é possivel turbiná-lo instalando, além do Wine, o Star Office e vários softwares voltados para o Debian. É bastante rápido e estável.
O Puppy Linux ou Linux do cachorro é uma versão que possui kernel de Linux próprio. Ele não é baseado no Debian, Red Hat ou Slackware, por exemplo. Foi criado do zero a partir do kernel básico do Linux. Tem um ambiente gráfico muito intuitivo e de fácil uso. Reconhece de forma fácil e rápida quase todos os periféricos do micro. Foi o único a reconhecer até agora placas de rede wireless e é o que apresenta mais facilidades de configuração de todos os periféricos. No caso da rede wirelles, ele acessa normalmente a rede caso não tenha qualquer tipo de bloqueio, porém caso queira colocar senhas ou WEPs para acessar redes bloqueadas, terá de acessar um script existente na pasta ETC existente no Linux, onde terá de incluir senhas e weps. Passarei tal arquivo e scripts em breve. Voltando ao assunto, as versões mais recentes deste sistema não rodam em máquinas muito antigas, como Pentium 1, por exemplo. Já existe uma versão em português deste sistema que vou disponibilizar no final do texto.
Por último, tem o Slitaz, ou Linux da aranha. Ele ocupa em HD e memória ram apenas 26 MB e as versões mais modernas, 50 MB. Foi criado na Suíça e era escrito em francês, porém já existe uma versão em português. Possui um ambiente gráfico muito bonito, quase tão bem definido quanto o KDE e o Gnome, por exemplo, porém é muito leve. É facíl de instalar, mas ainda não reconhece dispositivos wireless. É o mais indicado dos quatro para máquinas como 486, por ser o mais leve de todos. Vale lembrar que, dos quatro, é o único que possui site oficial em português.
Estou dando destaque aos sistemas minimalistas por vários motivos. O primeiro é que, para aplicações leves e normais, e até para aplicações relativamente pesadas, não é preciso usar um sistema pesado ou mesmo uma configuração de hardware cara e pesada para fazer a mesma coisa que pode ser feita numa máquina antiga e modesta e com um sistema relativamente leve. Em segundo lugar, ao utilizar estes sistemas, gera-se uma economia de custos quando se evita realizar trocas de máquinas e sistemas, pois além de serem gratuitos, com eles podem ser feitas as mesmas coisas que seriam realizadas numa máquina de grande capacidade de processamento, como acessar internet, fazer planilhas, acessar banco de dados, escrever textos, ouvir músicas e até mesmo jogar, dependendo do jogo. E ainda por cima diminui-se o prejuízo ao meio ambiente, pois evita-se que um micro em bom estado de conservação vá para os lixões e polua solos, ares, rios e mares com cádmio, chumbo, zinco, ácidos de toda natureza, etc. Vale lembrar que este é um dos grandes problema do planeta hoje: o descarte contínuo e desenfreado de equipamentos eletrônicos e a sua destinação, pois quase sempre não se sabe bem o que fazer com eles. E, para piorar, sempre estão lançando coisas novas no mercado em menos de seis meses, gerando mais lixo eletrônico e quinquilharias em residências e empresas de uma maneira geral. Há ainda mais um detalhe: é uma pena depenar ou destroçar um equipamento eletrônico em bom estado e funcionando perfeitamente. Eu mesmo fico com dó dos meus e não faço isso. E tem também o lado social a ser considerado, pois máquinas como estas podem ser usadas em escolas de informática de bairros pobres, favelas e zonas rurais, onde as pessoas, sejam crianças, adultos ou idosos, aprenderiam de fato informática. Aprender informática através do Windows não é necessariamente aprendê-la de fato, já que aprende-se apenas coisas e produtos da Microsoft, quando na verdade existe uma verdadeira gama de softwares além do que esta produz. E é em sistemas como o Linux que se aprende de fato informática, pois as pessoas conhecerão de verdade seus computadores e os verão funcionando por dentro. Por isso aderi à campanha dos sistemas minimalistas, pois está demais esta oferta excessiva de equipamentos eletrônicos no mercado sem se levar em consideração as consequências disso no meio ambiente. Essa iniciativa, além de gerar economia de custos com a compra de um novo computador, evita que mais computadores sejam jogados fora à toa quando ainda podem funcionar por muito mais tempo e de forma tão eficiente quanto um novo.
Sou a favor do Linux, pois não posso ser a favor de um monopólio cujo fundador não criou absolutamente nada, só roubou idéia dos outros, comprou as mesmas dos mais fracos e enriqueceu as custas disso e de intimidar fabricantes de computadores. Costumo comparar Bill Gates a Edir Macedo, pois em termos de caráter são bem parecidos. Por conta disso, sou defensor do Linux, por mais complicado que ainda seja seu uso, embora esta complicação venha desaparecendo ano após ano e em algumas versões, como o Kurumin, é até mais fácil de usar que o XP, por exemplo. Os sistemas da Microsoft felizmente não têm mais a mesma influência de antes, mesmo ainda dominando o mercado. Nós precisamos fazer com que o Linux cresça mais e mais. Temos que aproveitar o fracasso do Vista e a não penetração do Windows 7 no mercado para que o Linux ocupe este espaço o mais rápido possível. Vale lembrar que na maioria das máquinas montadas (montadas pelo próprio usuário), as pessoas ainda instalam o XP ao invés do Vista ou do 7, por mais turbinada que esta máquina possa ser, o que mostra o fracasso e o desinteresse do mercado nestes sistemas. Eles estão vindo apenas em computadores montados em fábrica como os da Positivo, HP, Dell e Toshiba, por exemplo e, ainda assim, muitas vezes incompletos. Na verdade, ainda falta alguma empresa grande acolher o Linux para que ele assuma seu lugar e destrone a Microsoft. O Google começou a fazer isso a partir do Crome OS, mas até agora não deu continuidade. Tomara que retome o mais rápido possível. De qualquer forma, deixarei os links dos sistemas minimalistas para vocês conferirem, baixarem e instalarem em suas máquinas. É só!
Links:
Feater Linux site: http://featherlinux.berlios.de/
Para Baixar: http://featherlinux.berlios.de/download.htm
DSL Linux (Dann Small Linux) site: http://www.damnsmalllinux.org
PAra Baixar: http://www.damnsmalllinux.org/download.html
Puppy Linux site: http://www.puppylinux.com/
Para baixar: http://puppylinux.org/main/index.php?file=How%20to%20download%20Puppy.htm
Versão em português para dowload: http://files.getdropbox.com/u/1189551/bigpupbr-beta1.iso
Slitaz Linux: site: http://www.slitaz.org/pt/index.html
Para baixar: http://www.slitaz.org/pt/get/index.html
DSl Linux-N site: http://www.damnsmalllinux.org/dsl-n/
Para baixar: http://www.damnsmalllinux.org/dsl-n/download.html
O Kurumin era uma fusão do Debian com Knoppix e tinha como ambiente gráfico o KDE. Este sistema era fácil e intuitivo de usar e configurar. Era voltado principalmente para o usuário final e ainda tinha a vantagem de ser compativel com a maioria dos hardwares disponíveis do mercado. Este sistema foi criado por Carlos Morimoto, do site Guia do Hardware, e foi descontinuado no início de 2008. Não se sabe ao certo porquê ele foi descontinuado. Morimoto disse que havia briga entre os programadores do Kurumin e também falta de tempo disponível para se dedicar a ele. Assim, decidiu descontinuá-lo. Um grupo de programadores independentes tentou ressucitá-lo, sob o nome de Kurumin 8 NG, meses depois de Morimoto descontinuá-lo, porém acabou não indo adiante e o sistema foi definitivamente abandonado, o que é uma pena. Era uma das únicas versões de Linux voltadas para usuário final com condições reais de competir face a face com o Windows XP e o Vista na época do seu fim e que se estivesse de pé até hoje poderia ter plenas condições de competir com Windows 7 tranquilamente. Uma curiosidade sobre o Kurumin e o Morimoto: o Kurumin é carioca, foi criado aqui no Rio de Janeiro, na UFRJ, onde Morimoto leciona, mais precisamente no campus do Fundão, ao invés de Curitiba, onde todo mundo pensava que o sistema dele tivesse sido criado (inclusive eu). Morimoto é professor da UFRJ e ainda mantém o site Guia do Hardware e escreve diversos livros de informática. Esse é um dos motivos que o fizeram abandonar o Kurumin, pois não estava tendo tempo suficiente para se dedicar, além das brigas entre os programadores. Foi uma pena ele ter feito isso. Poderia ao menos terceirizá-lo ou mesmo criar uma instituição sem fins lucrativos e ali colocar estagiários de informática para gerir e atualizar o Kurumin constantemente, mas preferiu tomar esta atitude drástica.
Diante disso o Ubuntu, versão de Linux baseada no Debian e criado e mantido pela Canonical, vem crescendo ano a ano. É uma versão fácil e intuitiva de Linux, mas com algumas falhas no que se refere a recursos e drivers para máquinas antigas que até tem suporte, mas sua instalação é relativamente complicada e, às vezes, a habilitação dos dispositivos tem que ser feita manualmente cada vez que se entra no sistema. Outras duas falhas que percebi nele é no que se refere à detecção e gerenciamento de hardware: não há opções de detecção e localização de dispositivos como há, por exemplo, no Kurumin. E, além disso, em qualquer local que se entre no sistema é pedida uma senha de adminstrador. Do ponto de vista da segurança isso pode ser muito bom, mas do ponto de vista da praticidade e rapidez no acesso aos seus recursos, acaba sendo muito ruím e demorado, uma vez que se pede login e senha de adminstrador em setores do sistema que não precisam disso para serem acessados. É bom lembrar que estes problemas acontecem muito com versões que vêm com o ambiente gráfico Gnome (ambiente gráfico padrão do Ubuntu), coisa que não acontece quando ele vem com o ambiente gráfico KDE. Quando vem com ambiente gráfico KDE, ele passa a se chamar Kubuntu e em geral é muito mais fácil de usar, até porque lembra o Kurumin em seu uso, pois o mesmo também usava este mesmo ambiente gráfico. O Ubuntu é um ótimo sistema, mas precisa corrigir estas falhas para se tornar ainda melhor.
Mas o motivo deste texto não é descrever sobre estas distribuições de Linux que a maioira dos usuários conhece e usa, e sim descrever e incentivar o uso de versões minimalistas. Versões minimalistas são versões de Linux com kernel do mesmo atualizado e que são feitos para rodarem em máquinas antigas. São versões leves que não possuem aplicativos pesados em sua composição e que posuem ambientes gráficos também leves. Possuem tamanho geral máximo de até 200MB e assim como as versões mais pesadas do Linux, também rodam apartir de um CD e podem serem instalados em pendrives. Obviamente, seus boots são mais rápidos que as distribuições que citei anteriormente e, assim como as versões mais pesadas do Linux, fazem quase tudo o que elas fazem, com a diferença de serem mais leves e de não terem todos os recursos de detecção de hardware e de outros aplicativos como nas versões mais pesadas de Linux. Porém, é possivel editar textos e planilhas, acessar internet, reconhecem a maioria dos hardwares, sobretudo os antigos, lêem partição de Windows e, ainda, é possível ouvir MP3 e até assistir vídeos. Ou seja, faz o básico e o que o usuário precisa sem a necessidade de se usar uma máquina potente para isso. Com um simples 486 é possivel desfrutar disso tudo sem perdas e ainda fazer quase tudo o que faria numa máquina com processador Dual Core de maneira rápida e simples.
Há várias versões de sistemas minimalistas no mercado. A maioria roda a partir do Pentium 1, mas há versões que rodam a partir do 486, como o DSL e o Slitaz. As versões por mim pesquisadas e testadas são estas: DSL, Feather, Puppy e Slitaz. Todas rodam a partir de CD e pendrive e ocupam espaço de até 200MB, sendo que no caso do DSL e do Slitaz ocupam menos de 100MB.
Sobre o DSL, cuja sigla é Dann Small Linux, é uma distribuição minimalista baseada no Knoppix. Ocupa apenas 50MB de hd, CD, pendrive ou memória ram. Possui ambiente gráfico baseado no Fluxbox, que é o ambiente gráfico mais leve feito para Linux no mercado atualmente. Roda em máquinas a partir do Pentium 1 e com apenas 64MB de memória ram ou menos. Existe também uma versão mais aprimorada chamada N-DSL, mas que não foge muito da versão principal. Foi a primeira versão de Linux minimalista com que tive contato, em 2007. É uma versão muito estável e com um ambiente gráfico muito bom para um sistema tão pequeno. O único problema é no que se refere a sua instalação, pois é um pouco complicado instalá-lo juntamente com outros sistemas como o Windows, por exemplo. Ele não apaga a partição do Windows quando instalado, mas não cria menu de escolha de sistema, seja no Grub ou no Lilo, que são dois gereciadores de boot que vêm com ele. Já quando está carregado, reconhece a partição do Windows, lendo e escrevendo nele normalmente. E na versão antiga havia um menu de instalação mais amigável e mais fácil de usar. Na versão nova é um pouco mais complicado, mas ainda assim dá para instalá-lo sem sustos. Reconhece todos os periféricos da máquina, com excessão de placas de rede wireless, algo que ainda estou tentando fazer reconhcer no meu notebook. Tirando isso, ele é rápido, leve, vem com jogos, editor de texto, planilha e até software de banco de dados. Foi feito em inglês, mas o autor disponibilizou em outros idiomas como francês, alemão e espanhol, e em português ele disponibilizou um plugin que ainda não consegui instalar. Apesar destes contratempos, vale a pena instalá-lo.
Já o Feather Linux é baseado no Debian, o que é uma grande vantagem, pois o torna compatível com versões de Linux como o Ubunto e ainda se pode instalar uma série de aplicativos e drivers feitos para este tipo de distribuição de Linux (como Wine, por exemplo). Assim como o DSL, usa como ambiente gráfico o Fluxbox e vem com o navegador Firefox. Também assim como o DSL, vem com editor de texto, planilha eletrônica, sofware de banco de dados e reconhece a maior parte dos periféricos do micro, mas também não consegui configurar rede wireless nele, embora nas placas de rede comum eles funcionem muito bem. É mais fácil de instalar que o DSL e reconhe as partições de outros sistemas tanto no gerenciador de boot como no sistema já carregado, lendo e escrevendo em partições de Windows normalmente. Por ser um derivado do Debian é possivel turbiná-lo instalando, além do Wine, o Star Office e vários softwares voltados para o Debian. É bastante rápido e estável.
O Puppy Linux ou Linux do cachorro é uma versão que possui kernel de Linux próprio. Ele não é baseado no Debian, Red Hat ou Slackware, por exemplo. Foi criado do zero a partir do kernel básico do Linux. Tem um ambiente gráfico muito intuitivo e de fácil uso. Reconhece de forma fácil e rápida quase todos os periféricos do micro. Foi o único a reconhecer até agora placas de rede wireless e é o que apresenta mais facilidades de configuração de todos os periféricos. No caso da rede wirelles, ele acessa normalmente a rede caso não tenha qualquer tipo de bloqueio, porém caso queira colocar senhas ou WEPs para acessar redes bloqueadas, terá de acessar um script existente na pasta ETC existente no Linux, onde terá de incluir senhas e weps. Passarei tal arquivo e scripts em breve. Voltando ao assunto, as versões mais recentes deste sistema não rodam em máquinas muito antigas, como Pentium 1, por exemplo. Já existe uma versão em português deste sistema que vou disponibilizar no final do texto.
Por último, tem o Slitaz, ou Linux da aranha. Ele ocupa em HD e memória ram apenas 26 MB e as versões mais modernas, 50 MB. Foi criado na Suíça e era escrito em francês, porém já existe uma versão em português. Possui um ambiente gráfico muito bonito, quase tão bem definido quanto o KDE e o Gnome, por exemplo, porém é muito leve. É facíl de instalar, mas ainda não reconhece dispositivos wireless. É o mais indicado dos quatro para máquinas como 486, por ser o mais leve de todos. Vale lembrar que, dos quatro, é o único que possui site oficial em português.
Estou dando destaque aos sistemas minimalistas por vários motivos. O primeiro é que, para aplicações leves e normais, e até para aplicações relativamente pesadas, não é preciso usar um sistema pesado ou mesmo uma configuração de hardware cara e pesada para fazer a mesma coisa que pode ser feita numa máquina antiga e modesta e com um sistema relativamente leve. Em segundo lugar, ao utilizar estes sistemas, gera-se uma economia de custos quando se evita realizar trocas de máquinas e sistemas, pois além de serem gratuitos, com eles podem ser feitas as mesmas coisas que seriam realizadas numa máquina de grande capacidade de processamento, como acessar internet, fazer planilhas, acessar banco de dados, escrever textos, ouvir músicas e até mesmo jogar, dependendo do jogo. E ainda por cima diminui-se o prejuízo ao meio ambiente, pois evita-se que um micro em bom estado de conservação vá para os lixões e polua solos, ares, rios e mares com cádmio, chumbo, zinco, ácidos de toda natureza, etc. Vale lembrar que este é um dos grandes problema do planeta hoje: o descarte contínuo e desenfreado de equipamentos eletrônicos e a sua destinação, pois quase sempre não se sabe bem o que fazer com eles. E, para piorar, sempre estão lançando coisas novas no mercado em menos de seis meses, gerando mais lixo eletrônico e quinquilharias em residências e empresas de uma maneira geral. Há ainda mais um detalhe: é uma pena depenar ou destroçar um equipamento eletrônico em bom estado e funcionando perfeitamente. Eu mesmo fico com dó dos meus e não faço isso. E tem também o lado social a ser considerado, pois máquinas como estas podem ser usadas em escolas de informática de bairros pobres, favelas e zonas rurais, onde as pessoas, sejam crianças, adultos ou idosos, aprenderiam de fato informática. Aprender informática através do Windows não é necessariamente aprendê-la de fato, já que aprende-se apenas coisas e produtos da Microsoft, quando na verdade existe uma verdadeira gama de softwares além do que esta produz. E é em sistemas como o Linux que se aprende de fato informática, pois as pessoas conhecerão de verdade seus computadores e os verão funcionando por dentro. Por isso aderi à campanha dos sistemas minimalistas, pois está demais esta oferta excessiva de equipamentos eletrônicos no mercado sem se levar em consideração as consequências disso no meio ambiente. Essa iniciativa, além de gerar economia de custos com a compra de um novo computador, evita que mais computadores sejam jogados fora à toa quando ainda podem funcionar por muito mais tempo e de forma tão eficiente quanto um novo.
Sou a favor do Linux, pois não posso ser a favor de um monopólio cujo fundador não criou absolutamente nada, só roubou idéia dos outros, comprou as mesmas dos mais fracos e enriqueceu as custas disso e de intimidar fabricantes de computadores. Costumo comparar Bill Gates a Edir Macedo, pois em termos de caráter são bem parecidos. Por conta disso, sou defensor do Linux, por mais complicado que ainda seja seu uso, embora esta complicação venha desaparecendo ano após ano e em algumas versões, como o Kurumin, é até mais fácil de usar que o XP, por exemplo. Os sistemas da Microsoft felizmente não têm mais a mesma influência de antes, mesmo ainda dominando o mercado. Nós precisamos fazer com que o Linux cresça mais e mais. Temos que aproveitar o fracasso do Vista e a não penetração do Windows 7 no mercado para que o Linux ocupe este espaço o mais rápido possível. Vale lembrar que na maioria das máquinas montadas (montadas pelo próprio usuário), as pessoas ainda instalam o XP ao invés do Vista ou do 7, por mais turbinada que esta máquina possa ser, o que mostra o fracasso e o desinteresse do mercado nestes sistemas. Eles estão vindo apenas em computadores montados em fábrica como os da Positivo, HP, Dell e Toshiba, por exemplo e, ainda assim, muitas vezes incompletos. Na verdade, ainda falta alguma empresa grande acolher o Linux para que ele assuma seu lugar e destrone a Microsoft. O Google começou a fazer isso a partir do Crome OS, mas até agora não deu continuidade. Tomara que retome o mais rápido possível. De qualquer forma, deixarei os links dos sistemas minimalistas para vocês conferirem, baixarem e instalarem em suas máquinas. É só!
Links:
Feater Linux site: http://featherlinux.berlios.de/
Para Baixar: http://featherlinux.berlios.de/download.htm
DSL Linux (Dann Small Linux) site: http://www.damnsmalllinux.org
PAra Baixar: http://www.damnsmalllinux.org/download.html
Puppy Linux site: http://www.puppylinux.com/
Para baixar: http://puppylinux.org/main/index.php?file=How%20to%20download%20Puppy.htm
Versão em português para dowload: http://files.getdropbox.com/u/1189551/bigpupbr-beta1.iso
Slitaz Linux: site: http://www.slitaz.org/pt/index.html
Para baixar: http://www.slitaz.org/pt/get/index.html
DSl Linux-N site: http://www.damnsmalllinux.org/dsl-n/
Para baixar: http://www.damnsmalllinux.org/dsl-n/download.html
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