Onibus da Viação Gato Preto com a pintura padronizada de São Paulo
Hoje, dia 20 de fevereiro, estava vendo com a minha namorada a novela Tempos Modernos da Tv Globo e vi uma cena pra lá de curiosa. Trata-se de uma cena em que dois personagens vão embarcar em um ônibus municipal de São Paulo para ir para escola. Sò que fato mais curioso nisso é que o ônibus não tinha as cores padronizadas de São Paulo e sim era um ônibus alugado da Viação Pavunense com sua pintura original e no lugar do logotipo da Pavunense se lia "Prefeitura de São Paulo", ja que a novela se passa em São Paulo. Se em São Paulo não existisse esta malfadada padronização das pinturas, tudo bem, ia passar em branco, o erro ia continuar, mas ia ser aceitavel. Mas lá ha lamentavelmente a padronização das pinturas das empresas de ônibus, logo o que poderia ser um erro sutil acabou virando um erro grosseiro, ou seja, eles utilizaram um ônibus da Cidade do Rio com pintura propria da empresa e nem se preocuparam em adesivar com as cores padrões de São Paulo. Era só adesivar ele de branco e escolher uma das cores padrões como amarelo, verde, azul e vermelho, e depois quando acabasem as filmagens, era só tirar os adesivos e a pintura da Pavunense voltava de novo. Isso é possível, pois várias empresas de fretamento como a Normandy, Top Rio, Uni Tour e etc, por exemplo usam seus ônibus como out-doors ambulantes e depois tiram os adesivos. Se estas empresas fazem isso, por que a Pavunense não pode fazer isso?
Diante desta situção há também um fortíssimo lado positivo nisso, o debate sobre a padronização das pinturas das empresas de ônibus, tanto do Rio, como de São Paulo. Isso mostra o quanto será ruim a padronização aqui e quanto isso é ruim lá. Como eu havia dito em uma postagem anterior, os busólogos de lá tem dificuldade de identificar a frota de uma empresa da outra, só identificando quando vão a garagens das mesmas, fora isso é um problema.
Viação ABC de São Bernado Do Campo antes e depois da padronização imposta pela EMTU. Nem todos os empresarios de la são favoraveis a isso, o dono da viação ABC de São Bernado do Campo, homônia da de São Gonçalo, relutou para aceitar a padronização que ele faz questão de mostrar isso no site da empresa(www.viacaoabc.com.br) e em fotos antigas e recentes. Esta empresa é intermunicipal como a ABC flumenese e teve de adotar as mesmas pinturas dos trens da CPTM, Metrô e da EMTU, o Detro de São Paulo. Em Brasilia ainda é pior, as pinturas dos onibus muda a cada quatro anos, de governo em governo. Quando era o Roriz, era uma pintura tipo taxi e com o desenho da ponte do Lago Paranoá. Hoje com Arruda, é uma pintura igual a viação Brasilia de Niteroi. E houve uma época em que era ciza e branco e só era ônibus monobloco Mercedes e Onibus comn carroceira da saudosa Thamco
Pintura dos onibus de Brasilia no governo Roris acima, e a de baixo a do governo Arruda, mostrando o uso politico das pinturas das empresas para fins politicos e pessoais.
Tal situação serve para nos refletimos os danos que padronização causa no Brasil em termos estéticos, locomoção, e nocaso carioca, o de segurança publica. Estéticos, pois limita a capacidade de criação das empresas de ônibus e fecha o mercado para os desenhistas. De locomoção, pois quem é dautônico, ou que só pega o onibus, através das cores da empresa como o é o caso dos analfabetos, acabam se prejudicando e pegando ônibus errado. De segurança, no caso aqui no Rio, a chance de alguém pegar um onibus errado e parar numa favela e ser assaltado e até morto aumenta consideravelmente com a padronização caso ela seja aplicada. Ou seja, é uma covardia em otodos os sentidos. E a Globo sem querer deu mais linha ao debate e serviu ainda que sem querer como bandeira de apoio contra a padronização e ao amplo debate sobre o tema não só no Rio como no Brasil inteiro. Portanto, parabenizo a Rede Globo por este erro não intencional, mas que servirá de bandeira contra a padronização das pinturas das empresas de ônibus no Brasil todo que serve´apenas para fazer propaganda politca de governos, que em sua maioria são corruptos, e que utilizam as pinturas padronizadas como uma das formas de fazer publicdade de seus corruptos governos, vide o caso de Brasilia. Parabens Rede Globo por este erro não intencional! Parabens mesmo! E só!
4 comentários:
Quando o sr.Leonel Brizola reativou a CTC-RJ em 1991 depois de ter tomado posse para o seu segundo mandato de Governador, desconfio que aqueles ônibus vermelhos era uma propaganda política disfarçada.
Sei lá... Se o sujeito pega um ônibus errado, é muito tapado se não saltar no primeiro ponto seguinte. Não vai esperar o ônibus chegar no ponto final. E só vai parar em favela SE o próximo ponto for mesmo numa favela. Aí não tem jeito.
Vale lembrar que já estive em Sampa várias vezes, e nunca peguei um ônibus errado, apesar de serem todos iguaizinhos. E eu nunca morei lá!
Marcelo, Voce não se perde porque ja conhece a cidade e teve alguem para lhe informar e se acostumou ao padrõnização. Agora e para quem viveu de um jeito e tem de se acostumar a este meio, é mais dificil, principalmente para quem é idosos, crianças, analfabetos e dautônicos. Para estes individuos isso vira um problema sério.
Marcelo,
Fala o que voce falou para os irmãos Pereira que são busólogos e eles dirão melhor sobre isso.
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